domingo, 28 de agosto de 2011

Concordância com os verbos haver, fazer e ser

Português para concurso - Concordância com os verbos haver, fazer e ser
O verbo haver indicando existência
Usado com o sentido de existir, o verbo haver nunca deve ser usado no plural. Também quando é sinônimo de acontecer ou ocorrer, o verbo haver não sai do singular. Nesses casos, o verbo haver é impessoal, ou seja, não tem sujeito. Muitas pessoas ficam confusas quando empregam o verbo haver, talvez por causa do que ocorre com os sinônimos (existir, ocorrer, acontecer), que sempre concordam com o sujeito. Observe:
Existem/Há muitas pessoas na sala
Existiam/Havia muitas pessoas na sala
Ocorrem/Acontecem/Há muitos acidentes naquela rodovia
Ocorriam/Aconteciam/Havia muitos acidentes naquela rodovia
Ocorreram/Aconteceram/Houve muitos acidentes naquela rodovia
Portanto faça sempre a concordância com os verbos existir, acontecer e ocorrer, mas deixe o verbo haver no singular quando empregado como sinônimo de algum dos três verbos citados. Isso também vale para os verbos que atuarem como auxiliares do verbo haver, sempre quando este for empregado como sinônimo de existir, ocorrer ou acontecer:
Deve haver/Devem existir muitas pessoas na sala.
Em junho, vai haver/vão ocorrer muitas festas naquela cidade.
Pode haver/Podem ocorrer fortes pancadas de chuva à tarde.
Verbos haver e fazer indicando tempo
O verbo haver fica no singular quando indica idéia de tempo decorrido:
Há anos não o vejo.
Havia meses que não o visitava.

Tudo sobre o pronome TODO -

O pronome "todo"
Algumas particularidades referentes à ortografia de certas expressões estão relacionadas ao sentido semântico por elas representado. Às vezes, a presença de um determinado elemento morfológico, como é o caso do artigo, muda sua relação de significância.

Tal ocorrência condiciona-se a uma infinidade de regras postuladas pela gramática, que, mesmo sendo complexas, requer certa habilidade por parte do emissor em apreendê-las, e, consequentemente, torná-las práticas, sempre que conveniente.

Assim sendo, enfatizaremos sobre o caso do pronome “todo”, uma vez que, dependendo do contexto, o mesmo pode ou não ser precedido do artigo definido (o, a). Como demonstram os exemplos em evidência:

O estudante lia toda obra de autoajuda.
O estudante leu toda a obra de Paulo Coelho.

Ao analisá-los, podemos chegar à seguinte conclusão: Na primeira oração, na qual o pronome se isenta do artigo, a relação de significância se refere a um sentido generalizado, ou seja, o estudante sentia necessidade de ler qualquer obra que fosse de autoajuda.

Já na segunda, o sentido já denota “completude”, isto é, o estudante leu toda a criação artística referente ao escritor Paulo Coelho.

Fato semelhante ocorre neste outro exemplo:

Todo mundo contava com sua participação no evento.

O contexto revela-nos que se trata das pessoas em geral, constituintes de um grupo específico.

A violência está espalhada por todo o mundo.

Aqui nos revela que o problema assola o mundo inteiro.

Partindo-se de tais referenciais, a distinção é clara. Entretanto, devemos nos ater a certas particularidades. Entre elas podemos destacar:

- O pronome todo, quando no plural, será usado sem o artigo quando seu antecedente for um numeral.

Todos dez alunos participaram das Olimpíadas de matemática.

- Quando o numeral estiver seguido de um substantivo, é obrigatório o uso do artigo.

Todas as duas garotas foram vencedoras do concurso.
Todas as duas garotas foram vencedoras do concurso.

- Quando o pronome todo significar “completamente”, funcionando, portanto, como advérbio de modo, ele será flexionado de acordo com o sujeito antecedente:

O chão estava todo molhado.
Os garotos pareciam todos felizes.

Os casos de sujeito simples de Concordância verbal

Concordância verbal
A concordância verbal é uma das particularidades pertinentes à gramática passível de questionamentos, em função de determinadas regras específicas.

Tal ocorrência é muito requisitada não só no ambiente escolar, como também na maioria dos concursos e provas de vestibulares.

Em função disto, torna-se necessário aprimorarmos nossa competência linguística a fim de que possamos colocá-la em prática sempre que necessário.

Sendo assim, analisaremos alguns casos em que a ocorrência se dá com o sujeito simples, atentando-nos para os mesmos:


- Expressões partitivas – Quando o sujeito forma-se por uma expressão partitiva (parte de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de), seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou pode ser flexionado.

A maioria dos alunos obteve/obtiveram boa nota.

- Quantidade aproximada – Quando o sujeito se caracteriza por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de) seguidas de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo.

Cerca de mil candidatos fizeram a prova do Enem.
Mais de um atleta participou da competição.

- Nomes próprios – Quando se trata dos mesmos, a concordância deverá ocorrer levando em consideração a ausência ou a presença do artigo. Sem ele, o verbo permanece no singular; com ele, fica no plural.

Goiás é um estado acolhedor.
Os Estados Unidos ainda determinam o fluxo da economia mundial.

- Pronome interrogativo ou indefinido plural – Quando o sujeito compuser-se de um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, quaisquer), seguido de “nós” ou de “vós”, o verbo pode concordar com o primeiro pronome ou com o pronome pessoal.

Vários de nós reivindicaram/reivindicamos nossos direitos.

- Pronome relativo que – a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.

Fui eu que trouxe o presente.
Fomos nós que fizemos a oferta.
Com a expressão “um dos que” – Quando o sujeito se caracterizar pela mesma, o verbo permanece no plural.

Carlos foi um dos alunos que mais se destacaram durante o ano.

- Pronome relativo quem – Pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou o mesmo poderá concordar com o antecedente do pronome.

Fui eu quem realizou a pesquisa.
Fomos nós quem organizamos o evento.

Tudo sobre sujeito indeterminado

Como diferentes idiomas lidam com a indeterminação do agente na frase

Uma das noções que mais causam dificuldade no estudo da gramática é a de sujeito indeterminado, que muitos confundem com as orações sem sujeito, isto é, as que expressam existência (“Há leões na África”), tempo transcorrido (“Faz dias que não o vejo”) e fenômenos atmosféricos (“Choveu muito ontem”).
Diz-se que o sujeito é indeterminado quando não é possível determinar que elemento da oração funciona como sujeito (pelo menos essa é a definição dada pelas gramáticas escolares). Não vou comentar aqui a adequação ou não de tal definição, o que daria margem a outro artigo, mas apenas utilizá-la como ponto de partida para discutir como as línguas expressam essa noção.

O latim clássico já dispunha de três construções para dar conta de uma ação sem mencionar quem a praticou. A primeira era o uso da terceira pessoa do plural com sujeito oculto (dicunt, “dizem”), a segunda era o uso da voz passiva (dicitur, “é dito”) e a terceira era o emprego de um pronome indefinido (aliquis dicit, “alguém diz”).

As línguas europeias herdaram esses processos, mas também desenvolveram outros que, na verdade, são derivações deles.

Por isso, podemos dizer que hoje há quatro modos básicos de indicar o sujeito indeterminado: “uma pessoa”, “as pessoas, a gente”, “eles, elas” e o uso da voz passiva.

Vamos analisar cada um desses modos, separadamente.

Formas de indeterminação

No latim vulgar, “diz-se” se expressava como dicunt (tal qual o latim clássico) ou como homo dicit, literalmente, “uma pessoa diz” (note-se que homo significa “homem” no sentido de “ser humano, pessoa, indivíduo”, distinguindo-se de vir, que é o macho da espécie humana).

Essa é a origem do francês on dit. O fato de o pronome indefinido on ter-se originado de um substantivo é o que permite que também seja usado com artigo definido: l’on dit.
Essa construção do latim vulgar foi seguida pelo antigo alemão, cujo pronome indefinido man tem a mesma etimologia de Mann (“homem”) e Mensch (“ser humano”). Em alemão moderno, “diz-se” é man sagt. A mesma construção existe nas demais línguas germânicas, à exceção do inglês.

Aliás, o pronome indefinido sueco man (de man säger, “diz-se”) é cognato do substantivo man, “homem” (de en man säger, “um homem diz”). Da redução de “um indivíduo” para “um”, temos o italiano e o espanhol uno dice, bem como o inglês one says.

Outro modo de indeterminar o sujeito é referir-se a um vago “as pessoas, a gente em geral”. É daí que veio a nossa cada vez mais popular construção “a gente diz”.

Em holandês, o plural de man, “pessoa”, passou com o tempo a funcionar como pronome indefinido: men zagen, “pessoas dizem”. Depois, quando men perdeu o sentido de “pessoas” e tornou-se mera palavra gramatical, surgiu a construção no singular men zaagt.

O terceiro modo de expressar a indeterminação do agente é substituir “as pessoas” por “elas”, podendo nas línguas românicas esse pronome vir oculto. Trata-se do mesmo processo encontrado no latim dicunt, isto é, uma terceira pessoa do plural com sujeito elíptico.

Essa construção corresponde ao português dizem, ao espanhol dicen, ao italiano dicono e ao inglês they say, este com pronome pessoal explícito, já que o inglês não admite pronome oculto.

Voz passiva

Finalmente, a construção com voz passiva (latim dicitur) continuou a ser usada nas línguas modernas. Algumas delas só conhecem a passiva analítica (“é dito”). Exemplo disso é o inglês it is said.
Já as línguas que admitem voz passiva sintética têm ambas as formas: em português, “diz-se” ou “é dito”, em espanhol se dice ou es dicho, em italiano si dice, è detto, viene detto ou ainda va detto.Quando o verbo é reflexivo ou pronominal, o português, o espanhol e o italiano substituem a partícula apassivadora se/si por “a gente”,: port. “a gente se lembra”, esp. uno se acuerda, it. ci si ricorda.

Explicando o que é linguística

Quanto à linguística, ela não é essa disciplina permissiva que “defende os erros gramaticais”, como diziam os gramáticos mais tradicionalistas. Nenhum linguista, em sã consciência, propugnaria o uso de palavras e expressões erradas — do ponto de vista da gramática normativa, bem entendido — na imprensa ou em textos formais em geral.
Mas a linguística parte do princípio de que a norma culta, embora seja importantíssima, não é o único padrão linguístico existente, e na verdade a maior parte da população se comunica a maior parte do tempo em outras normas que não a norma culta. (Pense, por exemplo, que se você usar a norma culta, com todas as suas regras rígidas, para falar com o pipoqueiro ou com o varredor de ruas, eles provavelmente não o entenderão, ou, no mínimo, pensarão que você está querendo “botar banca” para cima deles.)

Por isso, é preciso que exista uma ciência que estude a “língua real” e não apenas a “língua oficial”, caso contrário, estaríamos nos recusando a conhecer e a entender nossa própria realidade linguística e social.

Além disso, o chamado “erro” gramatical é, na verdade, a prova da evolução da língua: foi graças aos “erros” gramaticais e de pronúncia cometidos pelo povo romano ao longo dos séculos que o latim se transformou no que hoje é o português, o espanhol, o francês, o italiano, etc. Assim, o estudo da linguagem popular nos ajuda a compreender a própria evolução das línguas com o tempo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Separação Silábica - Assunto para o Enem

Separação Silábica - Assunto que cai na prova do Enem
translineação
Separação Silábica
A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, cada uma de uma vez.

Usa-se o hífen para marcar a separação silábica.

Normas para a divisão silábica:
Não se separam os ditongos e tritongos: Como ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba, e tritongo, o encontro de uma vogal com duas semivogais também na mesma sílaba, é evidente que eles não se separam silabicamente. Por exemplo:

Ex.
Au-las / au = ditongo decrescente oral.
Guar-da / ua = ditongo crescente oral.
A-güei / uei = tritongo oral.

Separam-se as vogais dos hiatos: Como hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes, obviamente as vogais se separam silabicamente. Cuidado, porém, com a sinérese ee e uu, conforme estudamos em encontros vocálicos. Por exemplo:

Ex.
Pi-a-da / ia = hiato
Ca-ir / ai = hiato
Ci-ú-me / iú = hiato
Com-pre-en-der ou com-preen-der (sinérese)

Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu:

Ex. Cho-ca-lho / ch, lh = dígrafos inseparáveis.
Qui-nhão / qu, nh = dígrafos inseparáveis.
Gui-sa-do / gu = dígrafo inseparável.

Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs:

Ex. Ex-ces-so / xc, ss = dígrafos separáveis.
Flo-res-cer / sc = dígrafo separável.
Car-ro-ça / rr = dígrafo separável.
Des-ço / sç = dígrafo separável.

Separam-se os encontros consonantais impuros: Encontros consonantais impuros, ou disjuntos, são consoantes em sílabas diferentes.

Ex.
Es-co-la
E-ner-gi-a
Res-to

Separam-se as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç: Lembre-se de que há autores que classificam ee e uu como sinérese, ou seja, aceitam como hiato ou como ditongo essas vogais idênticas.

Ex.
Ca-a-tin-ga
Re-es-tru-tu-rar
Ni-i-lis-mo
Vô-o
Du-un-vi-ra-to

Prefixos terminados em consoante:

Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de encontro consonantal impuro.
Ex.
Des-te-mi-do
Trans-pa-ren-te
Hi-per-mer-ca-do
Sub-ter-râ-neo

Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante do prefixo ligar-se-á à vogal da palavra.

Ex.
Su-ben-ten-di-do
Tran-sal-pi-no
Hi-pe-ra-mi-go
Su-bal-ter-no

Questões de verbos de ligação

verbos de ligação: aqueles que dão qualidades, características ou indicam estado do sujeito.
São geralmente classificados como de ligação os verbos: ser, estar, permanecer, continuar, ficar, virar, tornar-se.

O termo da oração que acompanha o verbo de ligação e indica uma qualidade ou uma característica do sujeito é o predicativo do sujeito.

ex:ser, estar, permanecer, continuar, ficar, parecer, andar, viver, achar, encontrar, tornar, acabar, cair, meter-se.

O menino estava imundo.

"estava": verbo de ligação; "imundo": predicativo do sujeito.
Aquela estrada era sem fim.

"era": verbo de ligação; "sem fim": predicativo do sujeito.
Obs : O Verbo de Ligaçao sempre indica estado.

Verbos de Ligação


São verbos que servem como elementos de ligação entre o sujeito e uma qualidade ou estado ou modo de ser, denominado Predicativo do Sujeito. Os principais verbos de ligação são ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar. Não decore quais são os verbos de ligação, e sim memorize o significado dele:

Verbo de ligação é aquele que indica a existência de uma qualidade do sujeito, sem que ele pratique uma ação.

Nesse exemplo o verbo não é de ligação, pois está indicando uma ação - quem volta, volta de algum lugar, mesmo que haja o predicativo do sujeito abatida. É, então, um verbo intransitivo, já que da Ásia é Adjunto Adverbial de Lugar. Conclui-se que pode haver predicativo do sujeito sem que haja verbo de ligação.

VERBO DE LIGAÇÃO

Os verbos de ligação não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características.
Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.

Ex. Maria é inteligente.

O verbo ser não indica ação, ele está ligando o sujeito (Maria) ao predicativo (inteligente).

PREDICATIVO= é o termo que modifica o sujeito. O predicativo nos informa alguma coisa a respeito do sujeito.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Classificação das Palavras Que e Se


Classificação das Palavras Que e Se


A palavra que em português pode ser:

Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.

Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de exclamação. Usa-se também a variação o quê! A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição.

Quê! Você ainda não está pronto?
O quê! Quem sumiu?

Substantivo: equivale a alguma coisa.

Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro determinante, e receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe de palavra(sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.)

Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto direto)

Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o verbo ter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função sintática.

Tenho que sair agora.
Ele tem que dar o dinheiro hoje.

Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido.

Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que.

Quase que não consigo chegar a tempo.
Elas é que conseguiram chegar.

Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no caso, de intensidade.

Que lindas flores!
Que barato!

Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:

• pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração conseqüente. Equivale a o qual e flexões.
Não encontramos as pessoas que saíram.

• pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo.
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.)
Que aconteceu com você?

• pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Que vida é essa?

Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a palavra que pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, daí classificar-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da oração que introduz. Por exemplo:

Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)
Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)

Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o nome de conjunção subordinativa integrante.

Desejo que você venha logo.

Tudo sobre a palavra "não"


A palavra “não” classifica-se normalmente como advérbio (de negação) e dessa forma, na estrutura da frase, é considerada adjunto adverbial – pois se vincula ao verbo –, como em “Não ® pise no tapete”, “Pensei que Leo não ® viesse hoje” e “Os paulistas não ® gostamos de coentro”.

Pode acontecer também de esse vocábulo negativo compor substantivos. Nesta hipótese, funciona como elemento de composição, mais precisamente como morfema de negação, e é escrito sempre com hífen. Exemplos: “Gandhi pregava a não-violência”, “O Brasil apóia a política da não-intervenção em outros países” e “Esse conceito obedece o princípio da não-contradição”.

Repare ainda que às vezes o “não” pode aparecer em contextos similares aos do parágrafo precedente e você pode ser tentado a colocar o hífen depois dele. Fique atento a isso, pois, na verdade, trata-se de outro caso, o de verbo subentendido, como em “Tânia é pessoa não submissa” e “Não satisfeito, ele ainda rompeu relações com o vizinho”. Explicitado o verbo, as construções oracionais ficam: “Tânia é pessoa que não é submissa” e “Não tendo ficado satisfeito, ele ainda rompeu relações com o vizinho”. Naquelas condições, não cabe, pois, o hífen.

Lembramos ainda que o “não” pode ser classificado como substantivo (e nesse caso pode-se flexionar) se antecedido de artigo – definido ou indefinido –, adjetivo ou numeral, como em “O (artigo definido) não que você proferiu foi vigoroso, hem?”, “Recebi um (artigo indefinido) não como resposta”, “Rodrigues distribuiu vários (adjetivo) nãos aos subordinados” e “Eu não disse dois, foi apenas um (numeral) não”.

Finalmente, observamos haver contextos em que o “não” funciona apenas como partícula expletiva, como nestes exemplos: “Imagine o que ele não faria se fosse rico” = “Imagine o que ele faria se fosse rico”; “Veja a que nível de baixaria essas pessoas não chegaram” = “Veja a que nível de baixaria essas pessoas chegaram” e “Ah, que sucesso eu não faria se tivesse a cara do Brad Pitt!”

Silabada é vício fonético

Silabada é vício fonético – mais precisamente, vício prosódico –, pelo qual deslocamos indevidamente o acento tônico de algum vocábulo.
De modo geral, esse acento provém da língua de origem da palavra e deve ser respeitado, não porque os gramáticos assim querem, mas por dever ser seguido o uso geral. Caso contrário, nós é que estaremos com o “passo errado”.
Além do mais, em certos casos, se mudamos o acento tônico, corremos o risco de estar emitindo outra palavra diferente da que pretendíamos. Como exemplo, atentemos para estes pares: contínuo/continúo, dúvida/duvída, édito/edíto, jáca/jacá, sentái/senta aí, végeto/vegéto e outros (*). Estas diferenças ocorrem porque em português o acento tônico é traço distintivo, ou seja, é elemento diferenciador do significado vocabular.

Entretanto, há vocábulos com mais de uma pronúncia – em razão da vontade popular – sem alteração do sentido. Por isso, mesmo na língua culta, há casos de flutuação, como Antióquia e Antioquía, aríete e ariête, autópsia e autopsía, clítoris e clitóris, necrópsia e necropsía, projétil e projetíl, Tessalônica e Tessaloníca, uréter e uretér, etc. (*) Essa oscilação prosódica tende a desfazer-se com o tempo pela fixação de uma das formas e abandono da outra. Há muitas palavras de procedência grega que tiveram a pronúncia modificada no latim, de onde tiramos o acento em português.Pronúncia adequada
arquétipo
bênção
decâno
drúida
filantrôpo
flúido
Gibraltár
ibéro
ínterim
libído
Lúcifer
maquinaría
misantrôpo
Niágara
ômega
pântano
períto
protótipo
pudíco
recém-
rubríca Pronúncia inadequada
arquetípo
bençã

A noção de isotopia

A noção de isotopia
Em Lingüística, "isotopia" (do grego isos, igual, semelhante, e topos, plano, lugar) significa plano de sentido, leitura que se faz de uma frase ou texto. Se, por exemplo, uma frase permite apenas uma leitura, é dita monoisotópica; diisotópica se permite duas; triisotópica, se três; etc.
Dessa forma, em "Ganhei esta caneta do meu pai" e "Nas últimas férias, descansei bastante" temos duas frases monoisotópicas, isto é, cada uma com apenas um significado.
Em "Há muito televisor que precisa melhorar a imagem" e "Ronan, a Márcia chegou com seu pai", cada frase admite duas leituras. No primeiro exemplo, imagem = representação televisionada de pessoas e coisas e também conceito. No segundo, seu = de Ronan ou de Márcia.
Já em "Empresas negam oferecimento de propina", temos frase triisotópica, em que, negam oferecimento = recusam oferecer; desmentem ter oferecido e desmentem ter recebido oferecimento. O mesmo ocorre em "Acadêmicos viram monólitos", em que viram = flexão do verbo ver, de virar-1 (transformar-se) e de virar-2 (mudar de posição). A multiplicidade de planos de sentido é geralmente produzida por homonímia ou polissemia.

É importante notar que o conceito de isotopia pertence à Lingüística - particularmente à Semântica, um ramo seu -, ciência que descreve os fatos da língua sem impor normas nem se preocupar com certo e errado. Assim, para a Semântica, é indiferente se a pluralidade de significados de uma frase ou texto é produzida intencionalmente ou não.
Entretanto, para a Gramática, normativa que é, a duplicidade de sentido será encarada como recurso de estilo se for produzida intencionalmente com objetivos estéticos ou expressivos. Em caso contrário, será considerada ambigüidade, vício sintático, que deve ser evitado.

Termos essenciais da oração

Termos essenciais da oração



Introdução

Chamamos de termos essenciais da oração aqueles que compõem a estrutura básica da oração, ou seja, que são necessários para que a oração tenha significado. São eles: sujeito e predicado.

Encontramos diversas definições do que vem a ser sujeito, tais como:
Sujeito é o elemento do qual se diz alguma coisa.
Sujeito é o ser que pratica ou recebe a ação que o verbo expressa.

Já sobre predicado podemos dizer que é aquilo que se diz sobre o sujeito.
No decorrer deste tutorial veremos a classificação e os tipos de sujeito e predicado.

SUJEITO

NÚCLEO DO SUJEITO

É a palavra (substantivo ou pronome) que realmente indica a função sintática que está exercendo.

Exemplo: O computador travou novamente.
Núcleo

A lâmpada está queimada.
Núcleo

TIPOS DE SUJEITO

O sujeito pode ser:


DETERMINADO

O sujeito é determinado quando é facilmente apontado na oração e subdivide-se em: simples e composto.

a) SIMPLES  quando possui um único núcleo.

Exemplo: o menino quebrou a janela.
Núcleo

Olga aprendeu a tocar violão.
Núcleo

b) COMPOSTO  apresenta dois ou mais núcleos.

Exemplo: Do Carmo e Dirceu cambaleavam pela rua.
Núcleo

O Windows e o Linux disputam o mercado de informática.
núcleo

c) IMPLÍCITO  quando podemos identifica-lo através da desinência verbal.

Exemplo: (eu) Pintei algumas camisas.

(nós) Viajaremos para São Paulo.

INDETERMINADO

Quando não é possível determina-lo na oração.

O sujeito indeterminado apresenta-se de duas maneiras:
1. verbo na 3ª pessoa do plural, sem a existência de outro elemento que exija essa flexão do verbo.
2. verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome SE.

Exemplo: Maria, falaram de você na festa.
Mandaram o pintor concluir o serviço.
Precisa-se de costureiras.

Substantivação - dicas de português importante

Substantivação

Substantivação é recurso de que se valem os falantes da língua para formar novas palavras pelo processo denominado pelos gramáticos de “derivação imprópria”. Por ele, unidades lexicais mudam de sentido – isto é, de emprego no texto – quando, diferentemente do usual, passam a ser determinadas por artigo, numeral, possessivo, etc.

Trata-se de nova palavra porque a forma fônica (seqüência de fonemas), apesar de mantida, associa-se a outro significado. Há também mudança de classe de palavras: o que era adjetivo ou verbo, por exemplo, torna-se substantivo. Nesta condição, o vocábulo substantivado pode, de modo geral, flexionar-se normalmente.

Em princípio, palavra de qualquer classe pode assumir a função substantiva, ou seja, pode-se substantivar e a maneira mais comum de isso ocorrer é a junção a ela do artigo definido “o”. Vejamos alguns exemplos de substantivação de:

Adjetivo – “Belo”, “estudioso” e “rico” são adjetivos em “belo espetáculo”, “aluno estudioso” e “homem rico”. Acompanhados de artigo, porém, transformam-se em substantivos, como em “A estética estuda o belo”, “Os estudiosos não tiveram do que reclamar” e “Os ricos moram ali”. Note que no grau superlativo relativo também aparece o artigo definido, mas isso não configura substantivação. É simplesmente o modo de construção dessa estrutura comparativa: “Carlos foi o melhor do grupo”.
Pronome – Ao juntarem-se artigos e numerais a pronomes, como “eu” e “nosso”, estes se convertem em substantivos ou exercem função substantiva: “A Psicologia interessa-se pelo estudo do eu” e “Esse barco é o nosso”.
Verbo – É muito comum a substantivação de verbos. Veja que em “Quero andar mais depressa”, “Vamos falar francamente” e “Não se trata de ser bom ou ter qualidades” “andar”, “falar”, “ser” e “ter” são nitidamente verbos.
Entretanto, tais palavras mudam de sentido ao tornarem-se substantivos em “O andar dele é característico”, “São vários os falares regionais brasileiros” e “Segue o ensinamento cristão quem se preocupa mais com o ser do que com o ter”.
Numeral – “Dois”, “sete”, “duplo”, etc. podem-se substantivar mediante o acréscimo de artigo, possessivo e mesmo de numeral: “O sete é número mágico”, “Já lhe dei meu dois de copas” e “A ginasta executou dois duplos arriscados”.
Advérbio – Da mesma forma, é corriqueira a substantivação de advérbios, como “bem”, “mal”, “não”, etc.: “Devemos sempre fazer o bem”, “Dos males, o menor” e “Péricles recebeu um não como resposta”.
Preposição – Vêem-se também preposições substantivadas, tais como “de” e “contra”: “Retoque o (vocábulo) de, que ficou apagado” e “É preciso pesar os prós e os contras”.
Conjunção – “O ou não ficou bem colocado aí” e “Só quero saber o porquê”. Como se sabe, “porque”, na função substantiva, é graficamente acentuado. Leia mais sobre isso clicando aqui.
Interjeição – Até as interjeições podem-se transformar em substantivos ao serem acompanhadas de artigos, numerais ou pronomes, a exemplo de “Depois dos vivas, ele apareceu”, “Dois psius ouviram-se durante a prova” e “Ninguém escutava meus ais”.
É necessário levar em conta as seguintes observações em se tratando do processo de substantivação:

Palavras normalmente invariáveis passam a flexionar-se uma vez substantivadas, como “Quantos noves você tem?” e “Alberto levou vários foras”. Observe, porém, que os numerais “dois”, “três”, “seis” e “dez”, mesmo em função substantiva, não se flexionam: “Retire todos os dez do baralho” e “Esses três ficam aqui”.
Uma vez substantivados, muitos vocábulos átonos tornam-se tônicos, isto é, ganham autonomia fonética ao não se necessitarem apoiar em palavras sonoramente mais fortes: “Ela tem um quê de mistério” e “Se não fosse o se...”.
Não se confunda palavra substantivada com substantivos que normalmente são acompanhados de artigo. Desse modo, em “O tigre é felino poderoso”, o artigo não está substantivando nada, já que “tigre” é naturalmente substantivo e assim atua no contexto.
A palavra substantivada pode assumir qualquer função sintática reservada ao substantivo, como sujeito e complemento. Exemplos: “Seu olhar (sujeito) é magnético” e “Quero ouvir um sim (objeto direto)”.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Diferença entre “Em vez de” e “Ao invés de”

Diferença entre “Em vez de” e “Ao invés de”

Entre um papo e outro é comum trocarmos termos. Não há o menor problema nisso, mas, como sempre insisto aqui, na hora de um concurso a coisa não é tão simples assim. Veja a questão, adaptada como exemplo:

01 - (...FGV – Polícia Civil) - “Concluída a fusão dos mercados, em vez de rumar para a integração política e consolidar seu protagonismo na cena mundial, a Europa faz da integração um utensílio da exclusão. (...).” (L.49-54)

A respeito do trecho acima, analise o item a seguir:
I. A expressão em vez de não poderia ser substituída, no trecho, por ao invés de. ( ) correto ( ) errado

EM VEZ DE = em lugar de. Deve ser usada preferencialmente em substituições que não indiquem sentido oposto. Em vez de carro, foi de avião. Em vez de Letras, cursou Direito.

AO INVÉS DE = ao contrário de. Deve ser usada quando se destaca a ideia de oposição. Ao invés de sair, ficou em casa. Ao invés de subir, desceu. Ao invés de falar, calou-se.

Importante - “em vez de” pode substituir a expressão “ao invés de”, mas o contrário nem sempre é permitido, pois a segunda só deve ser usada em caso de substituição por ideia contrária. É por isso que a frase da atendente está incorreta. A moça vai de qualquer jeito, apenas trocou a carona. Oi Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você.

Já na questão da FGV a resposta é: (x) errado. Há no texto a ideia de oposição em relação ao uso que a Europa faz da integração política, portanto, pode sim haver a substituição. Ao invés de “rumar para a integração (...) a Europa faz da integração um utensílio da exclusão”.