sábado, 28 de maio de 2011

Questões com Sujeito e Predicado para concurso

Questões com Sujeito e Predicado para concursoSujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.
Exemplo:
A pequena criança
me contou a novidade com alegria no olhar.

Sujeito
Predicado

Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Erros mais comuns que cometem com a língua portuguesa

Erros mais comum que as pessoas cometem com língua portuguesa:

01 – “Concerteza”. O certo é “com certeza“.
02 – “Kilo”. O correto é quilo. Se abrevia com ‘K’ (Kg), mas é quilo (quilograma). “Comprei dois quilos de arroz”.
03 – “Mais” – “Mais” é advérbio de intensidade -> “Dois mais um”. “Eu ia, MAIS não fui” é incorreto. “Eu ia, mas não fui” é o correto.
04 – “Degladiar” – O correto é “digladiar“. “Os partidos vivem a degladiar entre si”.
05 – “Lâmpadas Florescentes” – Florescente é o que floresce. Lâmpadas são FLUORESCENTES.
06 – “Fragrante”. Fragrante é um erro da categoria de probrema. O correto é “flagrante“.
07 – “Fez a pessoa soar”. Quem soa é sino. Quando uma pessoa transpira, ela SUA. O correto é “suar”.
08 – “O negro é descriminado”. Não! Ele é “discriminado“. Descriminar é absolver de um crime.
09 – “A polícia não interviu a tempo”. O correto é interveio. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio)
10 – “Viemos por meio deste”. A conjugação do verbo vir, no presente da primeira pessoa do plural é “vimos“. “Vimos por meio 6 mar (4 dias atrás) excluir Lélia Pereira
11 – “Vou ir”. É errado, não pelo tempo verbal, mas pela repetição do verbo ir.
12 – “Adevogado”. O correto é advogado. Tipo advertência. “D” mudo mesmo.
26 – “Mal cheiro”, “mau-humorado”. Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
27 – “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
28 – “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.
29 – “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.
30 – Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
31 – Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
32 – “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.
33 – “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.
34 – “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
42 – Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.
43 – “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.
44 – “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.
45 – Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.
46 – Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.
47 – Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.
48 – Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
49 – O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.
50 – A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.
51 – Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.
52 – “Porisso”. Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.
53 – Não viu “qualquer” risco. É nenhum, e não “qualquer”, que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.
54 – A feira “inicia” amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se)
55 – Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou… O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto… / Como as pessoas lhe haviam dito… / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
56 – O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabeçário” (cabeçalho).
57 – Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
58 – “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
59 – O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.
60 – Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
61 – “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha para a Caixa você também. / Chegue aqui.
62 – A questão não tem nada “haver” com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
63 – A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.
64 – Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.
65 – Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.
66 – Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
67 – “Cerca de 18″ pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.
70 – Tons “pastéis” predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.
71 – Lute pelo “meio-ambiente”. Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.
72 – Queria namorar “com” o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.
73 – O processo deu entrada “junto ao” STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não “junto ao”) banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”) Procon.
74 – As pessoas “esperavam-o”. Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
75 – Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”). / Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”). 76 – Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
77 – Blusa “em” seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
78 – A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu “a luz a” gêmeos.
79 – Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
80 – Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador81 – Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
82 – O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
83 – À medida “em” que a epidemia se espalhava… O certo é: À medida que a epidemia se espalhava… Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
84 – Não queria que “receiassem” a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
85 – Eles “tem” razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem
86 – A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
87 – Não “se o” diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use:
Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
88 – Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas
econômico-financeiras, partidos social-democratas.
89 – Fique “tranquilo”. O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
90 – Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
91 – “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
92 – Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.
93 – Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
94 – Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não “dos mesmos”).
95 – Vou sair “essa” noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).
96 – A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.
97 – A promoção veio “de encontro aos” seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.
98 – Comeu frango “ao invés de” peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.
99 – Se eu “ver” você por aí… O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.
100 – Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele
intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.
há 12 minutos · Apagar mensagem.Dicas de Língua Portuguesa
101 – Ninguém se “adequa”. Não existem as formas “adequa”, “adeqüe”, etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.
102 – Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, substituindo essas formas
por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas “precavejo”, “precavês”, “precavém”, “precavenho”, “precavenha”, “precaveja”, etc.
103 – Governo “reavê” confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem “reavejo”, “reavê”, etc.
104 – Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
105 – O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
106 – A tese “onde”… Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que… / A faixa em que ele canta… / Na entrevista em que…
107 – Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.
108 – Venha “por” a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.
109 – “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflingir”) significa impor: Infligiu séria punição ao réu.
110 – A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
111 – Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso).
112 – O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
113 – Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores. 114 – “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não “foi iniciado” esta noite as obras).
115 – A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram punidas”).
116 – O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
117 – “Haja visto” seu empenho… A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
118 – A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
119 – É hora “dele” chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado… / Depois de esses fatos terem ocorrido…
120 – Vou “consigo”. Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não “para si”).
121 – Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
122 – A festa começa às 8 “hrs.”. As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não “kms.”), 5 m, 10 kg.
123 – “Dado” os índices das pesquisas… A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas… / Dado o resultado… / Dadas as suas idéias…
124 – Ficou “sobre” a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de:
Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.
125 – “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ascensão se escreve com S

Ascensão se escreve com S

Quem escreve vez ou outra se depara com a dúvida de ortografia: “x” ou “ch”, “s”, “ss” ou “ç” e por aí afora. É claro que os corretores ortográficos são de grande valia nesses momentos, pois eles contêm a lista das grafias consideradas corretas, portanto são capazes de identificar formas erradas (ou inexistentes em sua base de dados) e sugerir a correção.

Ainda assim, não é bom depender totalmente desse expediente. Às vezes, um pouco de atenção às regularidades da escrita ajuda muito. Não seria muito difícil evitar um erro como o seguinte:

“Atividades circenses estão em ascenção”

Vejamos por quê. De modo geral, os verbos terminados em “-nder” dão origem a substantivos terminados em “-nsão”. É esse o caso de “ascensão”, da mesma raiz de “ascender”. Portanto o correto seria dizer que as

Atividades circenses estão em ascensão

São correlatos “pretender” e “pretensão”, “propender e propensão”, “depreender e depreensão”, “reprender e repreensão”, “apreender e apreensão”, “suspender e suspensão”, “compreender e compreensão”, “distender e distensão” e “estender e extensão” (assim mesmo, o verbo com “s” e o substantivo com “x”). Observar isso pode ajudar.

Por ora ou por hora?

Por ora ou por hora?

As duas, cada uma com seu sentido. Por ora equivale a "por agora" ou "por enquanto". Por hora significa "em uma hora", "a cada sessenta minutos". Desse modo, digo "Por ora, não vou mexer com isso = Por enquanto, não vou mexer com isso" e "O carro chega a correr 300 km por hora = O carro chega a correr 300 km em uma hora". Ora, nesse contexto, é advérbio e significa "agora, atualmente" e hora é substantivo e quer dizer "fração do dia".

Uso da vírgula – Orações explicativas e restritiva

Uso da vírgula – Orações explicativas e restritivas
Um dos vários usos da vírgula é demarcar orações subordinadas adjetivas explicativas. Assim, a oposição presença vs. ausência da vírgula é crucial para determinar se a oração subordinada adjetiva é explicativa ou restritiva.

Recordemos que as orações adjetivas funcionam como qualificativos da oração principal ou, tecnicamente, como adjuntos adnominais. Se apenas acrescentam algum esclarecimento ao sujeito, denominam-se explicativas. Entretanto, se o distinguem de outro do mesmo tipo ou espécie, aí recebem o nome de restritivas. E é aí que a vírgula exerce função das mais importantes.

Vejamos alguns exemplos: (1) “O secretário-adjunto, que foi nomeado titular, ainda não foi empossado” e (2) “O Renato, que trabalha aqui, não se encontra no prédio”. O que nesses casos é pronome relativo. Observe que as vírgulas delimitam a oração adjetiva, determinam-lhe o caráter explicativo e correspondem às pausas que se verificam na expressão oral.

Retornemos aos exemplos anteriores para ver que com as vírgulas fica explícito que em (1) há um só secretário-adjunto e ele foi nomeado titular; em (2), que só há um Renato e ele trabalha aqui. Retiremos as vírgulas das orações anteriores e veremos que a situação se altera totalmente: (3) “O secretário-adjunto que foi nomeado titular ainda não foi empossado” e (4) “O Renato que trabalha aqui não se encontra no prédio. Em (3) e (4), as orações adjetivas são restritivas, pois distinguem o "secretário-adjunto" de outros que não foram nomeados e o “Renato que trabalha aqui” de outro que não trabalha. Por isso, muita atenção às vírgulas quando estamos diante de orações subordinadas adjetivas, as introduzidas por pronome relativo ou advérbio relativo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

o uso do pronome

o uso do pronome:
Algum
a) quando anteposto ao substantivo da idéia de afirmação

"Algum dinheiro terá sido deixado por ela." b) quando posposto ao substantivo dá idéia de negação "Dinheiro algum terá sido deixado por ela." Obs.: O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador.

Demais
Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio "demais" ou com a locução adverbial "de mais". Ex.:" Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista." (locução adverbial)

"Maria esperou os demais." (pronome indefinido = os outros) "Maria esperou demais." (advérbio de intensidade)

Todo
É usado como pronome indefinido e também como advérbio, no sentido de completamente, mas possuindo flexão de gênero e número, o que é raro em um advérbio.

Ex.: "Percorri todo trajeto." (pronome indefinido) "Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada." (advérbio)

Cada
Possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas.

Ex.: "Cada homem tem a mulher que merece."

Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias), a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).

Pode, às vezes, ter valor intensificador : "Mário diz cada coisa idiota!"

Pronomes relativos
São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo.

Ex.:"A rua onde moro é muito escura à noite." onde: pronome relativo que representa "a rua" a rua : antecedente do pronome "onde"

FORMAS VARIÁVEIS FORMAS INVARIÁVEIS
Masculino Feminino o qual / os quais a qual / as quais quem quanto / quantos quanta / quantas que cujo / cujos cuja / cujas onde

O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O QUAL"

Como usar o prefixo "não"

o “não” como prefixo


“Historicamente, o Português sempre formou palavras negativas usando os prefixos i(n)- e des: ilegal, improdutivo, intempestivo; desleal, desarmônico, descabido. Desde o século passado, no entanto, teve início a prática (também presente em outras línguas, como o Inglês, o Francês e o Espanhol) de usar o não como um prefixo negativo universal, que se acrescenta a um vocábulo já existente (geralmente adjetivo ou substantivo abstrato) para formar um antônimo perfeito.

“O uso do não como prefixo foi uma das grandes novidades com que a língua nos brindou no fim do século XX, permitindo que tudo possa ser dividido em duas categorias complementares, X e não-X — o que constitui uma ferramenta muito útil no discurso argumentativo. Com esse providencialíssimo não, podemos criar divisões binárias de praticamente tudo o que quisermos: os votantes e os não-votantes, os alfabetizados e os não-alfabetizados, os hispânicos e os não-hispânicos, os marxistas e os não-marxistas. Ele até nos permite falar no não-eu ou no não-ser, vocábulos que seriam impensáveis com nossos prefixos negativos clássicos, o in- e o des-. (…)

“Em muitos vocábulos esse prefixo vai concorrer com os tradicionais prefixos negativos, e geralmente com vantagem. É o que está acontecendo entre duas formações relativamente recentes, inocorrência e não-ocorrência.
Ambos são amplamente usados em textos jurídicos, com uma leve preferência, por enquanto, pela primeira forma, que é tradicional. No entanto, não temos dúvida de que a segunda vai prevalecer em poucos anos; o não prefixal permite uma decodificação muito mais rápida do significado do vocábulo por parte do leitor, o que é sempre uma grande vantagem na disputa entre duas formas linguísticas concorrentes.”

Tempos verbais para concurso público

Tempos verbais para concurso público:
Ao empregar um tempo verbal, é preciso estar atento ao que indica cada um deles. Por exemplo, para que serve o pretérito perfeito?

Pretérito quer dizer passado. Perfeito vem do latim perfectu e significa feito até o fim, acabado, terminado, consumado.
O pretérito está subdividido em imperfeito, perfeito e mais-que-perfeito.

Usamos o passado perfeito para demonstrar que a ação foi concluída, perfeitamente terminada:

“E, agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou (...)“ C.D.A.

O pretérito perfeito composto exprime:
a) repetição ou prolongação de um fato: As festas têm acabado normalmente às 4 horas.
b) fato habitual: Tenho dado aulas no mesmo Instituto de Letras.
c)fato consumado: É isso aí o que sempre tenho dito.

Pretérito mais-que-perfeito

É um passado anterior a outro passado. Indica que um fato ocorreu antes de outro fato passado.
Portanto, este tempo verbal do modo indicativo expressa um fato passado anteriormente a outro também passado: Ele vendeu a moto que comprara de um amigo. O fato expresso pela forma verbal comprara foi anterior ao de vender a moto. (Primeiramente, ele comprou a moto. Depois a vendeu).

O pretérito mais-que-perfeito possui a forma composta: Vendeu a moto que tinha (ou havia) comprado de um amigo.
Use, ainda, o mais-que-perfeito em lugar do:
a) futuro do pretérito: "Fora inútil negar o que eu próprio confessei" [fora = seria];
b) pretérito imperfeito do subjuntivo: "Adotou o pensamento como se fora inspiração do céu" [fora = fosse].

Discurso direto, indireto e indireto livre

Discurso direto, indireto e indireto livre
Na narração de uma notícia, de um conto, num enunciado, num diálogo, ou quando estamos contando qualquer história, transmitimos a fala dos personagens mediante discurso direto, indireto e indireto livre.
No discurso direto, reproduzimos (ou pensamos reproduzir) textualmente a fala dos personagens (ou das personagens) com a ajuda de formas verbais como: disse, afirmou, respondeu, perguntou, retrucou ou sinônimos. A principal função desses verbos de dizer é indicar o interlocutor que está com a palavra. Esses verbos declarativos têm grande importância também no texto jornalístico.

“As denúncias são infundadas“, disse a ministra.
”Me orgulho muito de ter mentido porque mentir na tortura não é fácil. Salvei companheiros da tortura e da morte. (...) Não é possível supor que se dialogue no choque elétrico, no pau-de-arara. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia”, afirmou a ministra da Casa Civil, em depoimento, quarta-feira p. p., no Senado.

Alguns verbos expressam emoção, estado de espírito, reação psicológica (gemer, gritar, suspirar, lamentar, queixar-se, explodir, reagir, gaguejar, balbuciar, berrar) e devem ser empregados no discurso direto, antepostos ou pospostos à declaração; esses verbos rejeitam a conjunção integrante:
“Mentir sob tortura não é fácil“, reage ministra.
No diálogo, a sucessão da fala dos personagens é indicada por travessão; outras vezes, pelos nomes dos interlocutores.

_ Sei lá, Floripes... Sei lá!
_ Mas o almoço será sempre servido à mesma hora, patrão?
_ Tanto faz. Minha vida, de hoje em diante, vai ser um domingão sem fim... (Aníbal Machado)

No discurso indireto, as nossas palavras ou as do nosso interlocutor são introduzidas pelo transpositor que, pela dubitativa se e pelos pronomes e advérbios de natureza pronominal quem, qual, onde, como, por que, quando. O narrador incorpora na sua linguagem a fala das personagens, transmitindo-nos apenas a essência do pensamento a elas atribuído. As falas acima poderiam assumir a seguinte versão em discurso indireto:

Floripes perguntou ao patrão se o almoço seria sempre servido à mesma hora.
Quando o verbo da fala está no presente do indicativo e o da oração justaposta, no pretérito perfeito, o primeiro passará para o pretérito imperfeito, mas o segundo não será alterado.
Discurso direto: - O Rio das Velhas vem vindo por aí, anunciou depois das primeiras horas de caminhada.
Discurso indireto: Depois das primeiras horas de caminhada, anunciou que o Rio das Velhas estava vindo...

Mantenha o presente do indicativo no discurso indireto, se ação declarada na oração integrante perdurar no momento em que se fala: Anunciou-lhe que o Rio das Velhas vem vindo por aí...
Se ambos estiverem no pres. do ind., continuarão no mesmo tempo e modo no discurso indireto.
Direto: – Ora veja! Estou livre agora, livre!, diz ele.
Discurso Indireto: Ele diz que está livre agora, livre.
Observe que, no indireto, usa-se o futuro do pretérito, em vez do imperfeito do indicativo, quando uma interrogação direta, com o verbo no presente, implica dúvida em relação a uma resposta afirmativa.
Direto: – E que vai fazer agora, patrão?
Indireto: Perguntou o que o patrão iria fazer agora.
- No estilo indireto livre ou semi-indireto, a fala de determinada personagem ou fragmentos dessa fala inserem-se discretamente no discurso indireto mediante o qual o autor relata os fatos.

“Sim, é verdade, pensou o homem, não devia ter vindo. O melhor de seu passado não estava ali, estava dentro dele. A distância alimenta o sonho. Enganara-se. Tal como Fernão Dias com as esmeraldas... “

As diferenças de Anexa e anexo

As diferenças de Anexa e anexoAnexas às notas fiscais, enviamos as amostras solicitadas, ou anexo às notas fiscais, enviamos as amostras solicitadas“?

Anexo não é advérbio (invariável) e sim adjetivo (variável). Concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere: Anexas (e não anexo) às notas fiscais, enviamos as amostras solicitadas.

Na voz passiva, use o particípio com sua respectiva flexão: As amostras solicitadas foram anexadas às notas fiscais.

Armardilhas de português que podem cair em prova de concurso

Veja algumas armadilhas de português que podem cair em prova de concurso público.
1. Na frase: "Não se conseguiu frear os preços" qual é o sujeito?

Se você respondeu que o sujeito é “frear os preços“, acertou.
O verbo fica sempre no singular quando o sujeito é uma oração, como no exemplo dado.

Veja outros exemplos de sujeitos oracionais: "É preciso que todos colaborem com a paz mundial" [ que todos colaborem é o sujeito de é preciso]. "Convém estudar este assunto" [estudar este assunto é o sujeito de convém].


2. “Como se conjuga o presente do subjuntivo do verbo abolir?"

Abolir é um verbo defectivo. Portanto, não é conjugado em todos os tempos e modo verbais. Só tem as formas em que ao radical se segue e ou i:
presente do indicativo: aboles, abolimos, abolis, abolem; imperfeito do indicativo: abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam; pretérito perfeito: aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram; imperfeito do subjuntivo: se eu abolisse, se tu abolisses, se ele abolisse, se nós abolíssemos, se vós abolísseis, se eles abolissem. Não há subjuntivo presente e imperativo negativo de abolir.

3. “Anexas às notas fiscais, enviamos as amostras solicitadas, ou anexo às notas fiscais, enviamos as amostras solicitadas“?

Anexo não é advérbio (invariável) e sim adjetivo (variável). Concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere: Anexas (e não anexo) às notas fiscais, enviamos as amostras solicitadas.

Na voz passiva, use o particípio com sua respectiva flexão: As amostras solicitadas foram anexadas às notas fiscais.

4. “Cinqüenta mil torcedores assistiram ao BaVi, ou cinqüenta mil torcedores assitiram o BaVi?"

A frase “Cinqüenta mil torcedores assistiram ao BaVi“ está em concordância com o padrão culto da língua.
No sentido de estar presente, presenciar, construa assistir com objeto indireto: No último jogo a que assisti, houve tumulto nas arquibancadas. Nessa acepção, não use o verbo assistir na forma passiva, como neste exemplo: "O BaVi foi assistido por cinqüenta mil torcedores".
Quando o complemento é pronome pessoal, empregue as formas a ele(s), a ela(s) e nunca lhe, lhes: Eclipse total do Sol é acontecimento raro. Assistimos a ele maravilhados.

Use, também, assistir como transitivo indireto, no sentido de caber, pertencer (direito, razão): Assiste ao réu o direito de se defender. / Assiste-lhe o direito de se defender.

No sentido de prestar assistência, ajudar, construa com objeto direto: As enfermeiras assistiram os feridos. / Elas os assistiam com dedicação e competência profissional. Nesta acepção, é possível a voz passiva: Os feridos foram assistidos pelas enfermeiras.

A expressão “sem que“

A expressão “sem que“ passa uma ideia concessiva ou consecutiva?

A locução “sem que“ assume não só as idéias de concessão e conseqüência, mas ainda uma idéia adversativa, uma idéia de modo; um sentido condicional:



Sem que estude, não será aprovado (idéia de condição). Equivale a dizer: Se não estudar, não será aprovado.



Estudou sem que conseguisse aprovação (concessiva). Equivale a: Estudou; apesar disso, não conseguiu aprovação. Ou ainda: Estudou, mas não conseguiu aprovação (idéia coordenada adversativa).



Não fala de sua própria sem que acabe chorando (ideia consecutiva). Equivale a: todas as vezes que fala de sua própria vida, acaba chorando.



Ele é responsável, sem que o aceite, pela escolha do seu destino (concessão). Equivale a: Ele é responsável mesmo sem aceitar pela escolha do seu destino.



Retirou-se sem que chamasse seus colegas. / Saiu sem ser percebido. (ideias de modo).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Exercícios para identificar e classificar as orações subordinadas.

01. D. Antônia, que era secretária do diretor, chegou rapidamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que era secretária do diretor.

02. Tudo o que via era feito por ele.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que via.

03. A proposta que meu irmão recebeu tornou-se um desafio.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que meu irmão recebeu.

04. A livraria, cujo dono era meu amigo, possuía bons livros.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: cujo dono era meu amigo.

05. A discussão que tiveram não foi ouvida pelos criados.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que tiveram.

06. Elas não sabiam que aquelas roupas eram usadas.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: que aquelas roupas eram usadas.

07. A verdade era que a loja passava despercebida.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa: que a loja passava despercebida.

08. Acontece que só uma loja dá lucro.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: que só uma loja dá lucro.

09. O instrutor decidirá se estou em condições de competir.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: se estou em condições de competir.

10. O gerente tinha confiança em que o cliente ficaria satisfeito.
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: em que o cliente ficaria satisfeito.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os verbos transitivos diretos - aula online de português para concurso

Os verbos transitivos diretos - aula online de português para concurso.O verbo forma a parte da oração chamada predicado e pode encerrar um sentido completo ou uma idéia inacabada: Aquele homem morreu. Aquele homem vendeu... (vendeu o quê?). Veja que, neste segundo exemplo, o sentido ficou incompleto.

Os verbos são classificados em intransitivos; transitivos diretos; transitivos indiretos; transitivos diretos e indiretos ao mesmo tempo; auxiliares e defectivos.

Vamos nos referir aos verbos que transitam, ou melhor, que só completam a sua significação com objetos diretamente ligados a eles sem o auxílio de preposição e com objetos que são ligados indiretamemente às ações expressas com a ajuda de uma preposição.

Enfatizando: Os verbos transitivos diretos exigem como complemento um objeto direto que pode ser também um dos pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as: A polícia perseguiu o ladrão e o prendeu.

Estes são alguns dos muitos verbos transitivos diretos que se constroem com os pronomes o(s), a(s), objetos diretos de pessoa: abençoar, aborrecer, admirar, amar, animar, aturar, autorizar, beneficiar, chamar (alguém), conhecer, contrariar, convidar, decepcionar, desacatar, denunciar, desgostar, desinteressar, desmoralizar, desorientar, desprezar, deter, divertir, enganar, entreter, gratificar, homenagear, humilhar, igualar, iludir, isentar, ludibriar, magoar, obrigar, orientar, persuadir, prejudicar, presentear, prezar, punir, reconhecer, repreender, respeitar, responsabilizar, saudar, superar, surpreender, sustentar, trair, transtornar, ultrajar, ultrapassar, visitar, vitimar.
Exemplos: Deus o (e não: lhe) abençoe. Nós o vimos (e não: lhe vimos) / Nós o (e não lhe) admiramos muito. / Tudo faziam para diverti-lo.
Mais alguns exemplos de verbos transitivos diretos: A terra produz bons frutos. São complementos das terceiras pessoas do singular e do plural os pronomes: o, a, os, as e as variantes lo, la, los, las; no, na, nos, nas: Convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-a. Desejo conhecê-lo. Quero compreendê-la. Importunaram-no.

Objeto direto preposicionado. Em certos casos, o objeto direto, ou seja, o complemento de verbos transitivos diretos, vem precedido da preposição a. Isto ocorre sobretudo: 1. Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: A mulher hostilizava tanto a mim quanto a eles. 2. Com nomes próprios ou comuns, designativos de pessoas, a bem da ênfase ou da harmonia da frase: Amemos a Deus sobre todas as coisas. 3. Quando é preciso assegurar a clareza da frase, evitando que o objeto direto seja tomado como sujeito. Exemplos: Convence, enfim, ao pai o filho amado. Cumprimentou a todos. O deputado foi cassado e a tudo e a todos ele culpava. 4. Em construções enfáticas, nas quais se antecipa o objeto direto para dar-lhe realce: A mim, Antônio nem sequer cumprimentava. 5. Em certas construções enfáticas, como puxar da navalha, cumprir com o dever, atirar com os livros sobre a mesa etc.: Puxou da navalha, pronto para defender-se. Chegou exausto e abatido./Atirou com a maleta sobre a mesa. / Importa que cada um cumpra com suas obrigações.

Objeto direto enfático - Por ênfase ou realce, é lícito repetir o objeto direto por meio de um pronome oblíquo, ou do pronome demonstrativo o, quando o objeto direto é oracional: As armas, os bandidos as compram de países ricos.- O objeto direto enfático, geralmente, antecede o verbo.

Objeto indireto enfático - À semelhança do objeto direto, o objeto indireto pode ser repetido ou reforçado, por ênfase ou realce: "Muito lhe será perdoado, à tevê, pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários."

Os transitivos indiretos passam para o objeto indireto complementar o sentido da frase: Assistimos ao jogo./ Creio em Deus./ Obedeça às normas do trânsito.
O objeto indireto é sempre precedido de preposição.
Entre os verbos transitivos indiretos, merece destaque o verbo responder. A regência que se alicerça na tradição da língua é responder a uma carta, responder a um questionário, responder a uma pergunta. Ele não respondeu à pergunta que lhe fiz./ O ministro respondia às acusações sem perder a serenidade. Natural é que o leitor faça tais perguntas, às quais tenho obrigação de responder.
Evite usar responder na voz passiva: A secretária é que respondia às cartas dos fãs do cantor, melhor forma que "As cartas dos fãs do cantor eram respondidas pela secretária"./ Ainda não se respondeu a essas cartas?, preferível a "Essas cartas ainda não foram respondidas".

Ainda, em se referindo aos verbos transitivos indiretos, importa distinguir: a) os que se constroem com os pronomes lhe, lhes: agradeço-lhe, obedeça-lhes, perdoou-lhe, valeu-lhes; b) os que não aceitam os pronomes lhe, lhes, exigindo para complementá-los os pronomes do caso reto (ele, ela, eles, elas,) precedidos de preposição: recorrer a ele, assistir a ela, depender deles, não ligar para elas.

Os verbos transitivos diretos e indiretos prescindem de dois complementos: um direto e o outro indireto: A empresa fornece comida aos trabalhadores.

Eis alguns exemplos de verbos transitivos diretos e indiretos que se constroem com objeto direto de pessoa: Ela apresentou o namorado ao pai (Ela o apresentou ao pai). Ensinamo-lo a redigir. / Aconselho-as a ler bons livros. / Sua intuição preveniu-a de uma desgraça. / A prática o familiarizou com o computador. / Devo preveni-lo de que essa profissão exige sacrifícios. Atenção: São poucos os verbos transitivos indiretos que requerem o pronome lhe. Em geral, são verbos que exigem a preposição a: agradecer a alguém / agradecer-lhe; obedecer ou desobedecer a alguém / obedecer-lhe, desobedecer-lhe; perdoar a alguém / perdoar-lhe; pagar a alguém / pagar-lhe; suceder a alguém/ suceder-lhe; resistir a alguém / resistir-lhe.

Quais os tempos verbais na narrativa?

Tempos verbais na narrativa
Ao narrar, fique atento ao aspecto verbal, que é a propriedade que têm as formas verbais de designar a duração de um fato. Observa-se a sua existência examinando a distinção entre as formas do passado no modo indicativo.

O pretérito perfeito exprime um fato concluso: João leu o livro que lhe fora indicado; já o pretérito imperfeito indica que a ação não foi terminada, apresentando, portanto, aspecto durativo: "A tarde ia morrendo. O sol declinava no horizonte."

Podemos dizer, por exemplo, que "Fulano estudou alemão em sua juventude", mas que "Fulano estudava alemão quando morava em Berlim".

Usa-se o passado imperfeito quando se quer expressar que a ação está em curso, em prosseguimento, ou que as ações foram interrompidas ou repetidas no passado. Dizemos que Fulano comemorava (estava comemorando) o aniversário do seu chefe quando o diretor chegou repentinamente, ou que Fulano quando morou no Canela, corria todos os dias até a Barra.
O aspecto durativo (ou cursivo) é também indicado pelo uso do gerúndio antecedido de um verbo auxiliar.

Assim, dizemos que alguém "vive reclamando", "está batendo à porta", "anda conversando muito", anda comprando em excesso", "andava desperdiçando legumes"...

O verbo auxiliar que acompanha o gerúndio pode ser flexionado nos vários tempos verbais, dando à expressão diferentes matizes. Podemos dizer que alguém "esteve viajando", "estava viajando", "está viajando", "estará viajando".

O emprego do "HÁ" em questões de concurso

O emprego do "HÁ" em questões de concurso quase sempre é assunto de prova.
Use há para um tempo decorrido

“Há muito tempo, sim, que não te escrevo.

Ficaram velhas todas as notícias.

Eu mesmo envelheci:

Olha, em relevo,

Estes sinais em mim, não das carícias

(tão leves) que fazias no meu rosto:

são golpes, são espinhos, são lembranças da vida a teu menino,

que ao sol-posto

perde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tanto

À hora de dormir, quando dizias

“Deus te abençoe“, e a noite abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um canto

A noite acumulada de meus dias,

E sinto que estou vivo, e que não sonho.

(Carlos Drumond de Andrade - Carta)



“Há muito tempo“ equivale a “Faz muito tempo“.



Quando nos referimos a tempo que já passou, usamos “há“: Comprei um terreno há (faz) dois meses. Em se tratando de tempo futuro, empregamos “a“: Daqui a dois meses, viajaremos para Pernambuco.



Haver & Existir



Haver é verbo impessoal quando significa existir, suceder, fazer. Neste caso, não tem sujeito e, portanto, não varia: Houve situações embaraçosas que comprometeram o candidato.



É importante notar que haver não varia quando significa existir, mas existir varia. Assim: Houve diversos problemas.Mas: Existiram diversos problemas../ Nunca houve tantos acidentes de trânsito como agora./ Nunca existiram tantos acidentes de trânsito.



Note que o auxiliar do verbo haver absorve a sua impessoalidade: Haveria outras opções além dessa./ Deveria haver outras opções além dessa.



Haver - não varia quando indica tempo



Qual é a forma correta: Faz oito dias que ele chegou ou fazem oito dias que ele chegou? A certa é a primeira: Faz oito dias que ele chegou.



O verbo fazer, quando designa tempo, é impessoal, ou seja, não tem sujeito. Por isso, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Dessa forma: Faz três anos que ele se elegeu (e não: fazem três anos)./ Fez dez dias ontem que o casal se mudou (e não fizeram dez dias ontem).



A regra mantém-se no caso de fazer

Complementos verbais para concurso - aula grátis

Complementos verbais para concurso - aula grátis
Os verbos transitivos diretos exigem como complemento um objeto direto que pode ser também um dos pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as. Exemplificando: A polícia perseguiu o ladrão e o prendeu.



Veja alguns dos muitos verbos transitivos diretos que se constroem com os pronomes o, os, a, as:



abençoar, aborrecer, admirar, amar, animar, aturar, autorizar, beneficiar, chamar (alguém), conhecer, contrariar, convidar, decepcionar, desacatar, denunciar, desgostar, desinteressar, desmoralizar, desorientar, desprezar, deter, divertir, enganar, entreter, gratificar, homenagear, humilhar, igualar, iludir, isentar, ludibriar, magoar, obrigar, orientar, persuadir, prejudicar, presentear, prezar, punir, reconhecer, repreender, respeitar, responsabilizar, saudar, superar, surpreender, sustentar, trair, transtornar, ultrajar, ultrapassar, visitar, vitimar.





ATENÇÃO para estes exemplos:



Deus o (e não: lhe) abençoe. Nós o vimos (e não: lhe vimos) / Nós o (e não lhe) admiramos muito. / Tudo faziam para diverti-lo.



Eis alguns exemplos de verbos transitivos diretos e indiretos que se constroem com objeto direto de pessoa:

Ela apresentou o namorado ao pai (Ela o apresentou ao pai). Ensinamo-lo a redigir. / Aconselho-as a ler bons livros. / Sua intuição preveniu-a de uma desgraça. / A prática o familiarizou com o computador. / Devo preveni-lo de que essa profissão exige sacrifícios.



MUITA ATENÇÃO!



São poucos os verbos transitivos indiretos que requerem o pronome lhe. Em geral, são verbos que exigem a preposição a: agradecer a alguém / agradecer-lhe; obedecer ou desobedecer a alguém / obedecer-lhe, desobedecer-lhe; perdoar a alguém / perdoar-lhe; pagar a alguém / pagar-lhe; suceder a alguém/ suceder-lhe; resistir a alguém / resistir-lhe.



OBJETO DIRETO preposicionado. Em certos casos, o objeto direto, ou seja, o complemento de verbos transitivos diretos, vem precedido da preposição a. Isto ocorre sobretudo:
1. Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: A mulher hostilizava tanto a mim quanto a eles.



2. Com nomes próprios ou comuns, designativos de pessoas, a bem da ênfase ou da harmonia da frase:

Amemos a Deus sobre todas as coisas.



3. Quando é preciso assegurar a clareza da frase, evitando que o objeto direto seja tomado como sujeito: Convence, enfim, ao juiz o acusado. Cumprimentou a todos. O deputado foi cassado e a tudo e a todos ele culpava.



4. Em construções enfáticas, nas quais se antecipa o objeto direto para dar-lhe realce:A mim, Antônio nem sequer cumprimentava.



5. Em certas construções enfáticas, como: puxar da navalha, cumprir com o dever, atirar com: Puxou da navalha, pronto para defender-se. Chegou exausto e abatido. Atirou com a maleta sobre a mesa. / Importa que cada um cumpra com suas obrigações.



Objeto direto enfático - Por ênfase ou realce, é lícito repetir o objeto direto por meio de um pronome oblíquo; ou do pronome demonstrativo o: As flores, os anfitriões as receberam dos convidados..- O objeto direto enfático, geralmente, antecede o verbo.



Objeto indireto enfático - À semelhança do objeto direto, o objeto indireto pode ser repetido ou reforçado, por ênfase ou realce: Aos meus alunos, dediquei-lhes grande parte de minha vida“.

domingo, 15 de maio de 2011

Verbo transitivo - questões voltadas para concursos

Questões voltadas para concursos sobre verbo transitivo.
Mudança de Transitividade x Mudança de Significado

Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:

AGRADAR

1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.

Por Exemplo:

Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.

2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição "a".

Por Exemplo:

O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou.

ASPIRAR

1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.

Por Exemplo:

Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)

2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.

Por Exemplo:

Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas)

Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo:

Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)

ASSISTIR

1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.

Por Exemplo:

As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.

2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.

Exemplos:

Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.

Verbo proceder - apostila para concurso de português

Apostila de português online para concurso - Estudo do verbo proceder.
1) Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.

Exemplos:

As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las.
Você procede muito mal.

2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição" de") e fazer, executar (rege complemento introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto.

Exemplos:

O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.

QUERER

1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar.

Querem melhor atendimento.
Queremos um país melhor.

2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar.

Exemplos:

Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.

VISAR
1) Como transititvo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.

Por Exemplo:

O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque.

2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a".

Exemplos:

O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

Estudo do verbo chamar - questões de português para concurso

1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.

Por exemplo:

Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.

2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.

Exemplos:

A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.

CUSTAR

1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.

Por exemplo:

Frutas e verduras não deveriam custar muito.

2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto.

Por exemplo:

Muito custa viver tão longe da família.
Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Intransitivo Reduzida de Infinitivo

Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.
Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Indireto Reduzida de Infinitivo
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo:

Custei para entender o problema.
Forma correta: Custou-me entender o problema.

IMPLICAR

1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:

a) dar a entender, fazer supor, pressupor

Por exemplo:

Suas atitudes implicavam um firme propósito.

b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar

Por exemplo:

Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo.

2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver

Por exemplo:

Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.

Regência Nominal para concurso e vestibular - assunto de apostila

A maioria das apostilas para concursos de português traz assunto referente à regência Nominal, mas não com uma explicação aprofundada e bem explicada. Aproveite o conteúdo completo sobre este assunto tão pedido em concurso público.

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos

Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
Medo a, de

Aversão a, para, por
Doutor em
Obediência a

Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por

Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre

Capacidade de, para
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por




Adjetivos

Acessível a
Diferente de
Necessário a

Acostumado a, com
Entendido em
Nocivo a

Afável com, para com
Equivalente a
Paralelo a

Agradável a
Escasso de
Parco em, de

Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de

Análogo a
Fácil de
Preferível a

Ansioso de, para, por
Fanático por
Prejudicial a

Apto a, para
Favorável a
Prestes a

Ávido de
Generoso com
Propício a

Benéfico a
Grato a, por
Próximo a

Capaz de, para
Hábil em
Relacionado com

Compatível com
Habituado a
Relativo a

Contemporâneo a, de
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por

Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a

Contrário a
Indeciso em
Sensível a

Curioso de, por
Insensível a
Sito em

Descontente com
Liberal com
Suspeito de

Desejoso de
Natural de

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Apostila de português online de verbos irregulares para concurso

Muitos têm dificuldade para aprender sobre os verbos irregulares e com essa dica agora está mais fácil entender como funciona os verbos irregulares. Um conteúdo que poucas apostilas de português para concurso abordam profundamente.

Verbos irregulares fogem ao paradigma

Não são poucos os estudantes que nutrem verdadeira ojeriza por conjugação verbal. Explica-se: o que não falta na língua portuguesa são verbos que fogem ao paradigma - os chamados irregulares. No presente do indicativo, "perder" vira "perco", "caber" vira "caibo", "saber" vira "sei", "trazer" vira "trago" etc.

Há ainda os anômalos, isto é, os que apresentam diferentes radicais (eu sou, tu és; eu vou hoje, ele foi ontem), e os defectivos, ou seja, os que não possuem a conjugação completa. É o caso de "adequar", que, no presente do indicativo, possui, segundo a maioria dos gramáticos, apenas duas formas (adequamos e adequais), modelo seguido por "falir" e por "precaver", por exemplo.

Na linguagem coloquial, entretanto, chega a ser comum ouvirmos a construção: "Isso não se adéqua". Os falantes, geralmente em busca da comunicação rápida, ajustam todo e qualquer verbo ao paradigma disponível, procedimento semelhante ao das crianças que dizem "eu fazi", "eu sabo", "eu ponhei".

Embora os adultos se preocupem em corrigir o "erro", o mais interessante a observar nesse comportamento linguístico é que, ao falar assim, a criança revela ter introjetado o paradigma da conjugação verbal. Em outras palavras, ela "erra" porque já aprendeu o modelo dos verbos regulares.

Mas, se a assimilação dos verbos regulares é tarefa que as crianças tiram de letra sem perceber, o mesmo não se pode dizer do aprendizado dos irregulares e dos defectivos, que desafia até pessoas com alto grau de escolaridade - e se dá mais pela memorização de cada verbo que pela apreensão de uma regra.

Não é difícil surpreender um adulto "agindo como criança" quando a questão é conjugar o verbo "reaver". Quantas vezes não se ouvem as formas "eu reavi" ou "ele reaveu"? Se o verbo fosse regular, seriam corretas. Mas "reaver" é um derivado de "haver", verbo irregular, e, portanto, segue o seu modelo. Está claro que ninguém pensaria em dizer "eu havi" ou "haveu um fato".
Não é difícil surpreender um adulto "agindo como criança" quando a questão é conjugar o verbo "reaver". Quantas vezes não se ouvem as formas "eu reavi" ou "ele reaveu"? Se o verbo fosse regular, seriam corretas. Mas "reaver" é um derivado de "haver", verbo irregular, e, portanto, segue o seu modelo. Está claro que ninguém pensaria em dizer "eu havi" ou "haveu um fato". No pretérito perfeito, diz-se "eu reouve" (como "houve").

Vale a pena revisar o estudo de verbos irregulares e defectivos antes dos

Dicas de verbo para concurso - apostila de português online grátis

Estudar pela net tem suas vantagens, ou seja, um conteúdo completo com dicas e muito mais e o melhor é que tudo é grátis. Veja essa dica de verbo para concurso que nenhuma apostila de português tem, somente aqui.
Existem 3 terminações em verbos no infinitivo: Ar, Er, Ir.

Temos o verbo Vir, a ação de sair de um lugar e chegar aqui (porcamente falando).
“Fulano tem o direito de ir e VIR”;
“Fulano vai VIR aqui.” – Melhor usar o Virá, “Fulano VIRÁ aqui.”

Temos também o verbo Ver, aquela coisa que Ray Charles não consegue fazer, lembra?
“Ela não consegue ver você”
“Você vai ver quando tudo estiver pronto.” – Melhor usar o Verá, “Você verá quando tudo estiver pronto.”

Porém é meio difícil usar esse verbo no particípio (Ver, assim mesmo). Conjugando o verbo ver, a não ser no Infinitivo pessoal MESMO (para ver eu /// para ver eu ele/ela) essa forma não é encontrada em mais lugar algum!

Ou seja, quando você quer dizer que “Quando fulano VER (no futuro) tal coisa” deverá usar a forma conjugada corretamente:

Quando eu vir
Quando tu vires
Quando ele/ela vir
Quando nós virmos
Quando vós virdes
Quando eles/elas virem

Percebeu? Quando “Ele, Ela ou VOCÊ VIR alguma coisa” é a forma correta.

Pegadinhas que caem em prova de concurso

Por mais que agente estude em apostila de português para concurso sempre vão surgir aquelas pegadinhas perigosas na prova de concurso. Veja um exemplo que pode virar uma pegadinha em prova de concurso público. As conhecidas “casca de banana” em prova de concurso é muito comum, sobretudo em prova de português, então fique por dentro dessa dica:

Qual a diferença entre vultoso e vultuoso?




Vultuoso e vultoso são palavras parecidas, mas com significados totalmente diferentes. E o pior é que muita gente usa a primeira quando, na verdade, deveria escrever a segunda.

Vultoso é algo grande, muito volumoso, como na frase: “A dívida pública dos Estados Unidos atingiu um valor vultoso”. Já vultuoso vem do termo “vultuosidade”, palavra mais usada em medicina, que significa uma congestão da face, na qual o rosto e os lábios do doente ficam inchados.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Assunto de português que caem em prova de vestibular

Estamos próximo a iniciar uma temporada de provas de vestibulares em todo Brasil e geralmente os assuntos de português variam muito para cada faculdade, mas de modo geral eles utilizam quase todos os assuntos de gramática da língua portuguesa. Há muitos assuntos de português que caem em prova de vestibular disponível neste blog para você pesquisar. São assuntos atualizados para vestibular com dicas e explicações de fácil compreensão. Dicas para fazer uma boa prova de vestibular e assuntos atuais para o aluno ficar bem informado de tudo. Com a nova reforma ortográfica algumas coisas ficaram diferentes e temos o assunto completo, explicado e gratuito para você estudar. Sempre estaremos trazendo novidades relacionadas à língua portuguesa para vestibular e concurso público também. Questões que envolvem assunto de gramatica e compreensão de texto sempre serão abordadas com as melhores dicas disponíveis na web. Um apostila online grátis para você estudar. Bons estudos.

Posição do ''só'' português para vestibular

Posição do ''só'' - português para vestibular

A palavra “só” pode ser um adjetivo ou um advérbio. Essa distinção nos permite saber quando se pode usar o plural e quando o termo fica invariável.

Com o sentido de “sozinho”, “só” é adjetivo, portanto concorda com o nome a que se refere (“ele está só”, “eles estão sós”, “isso, por si só, explica”, “essas coisas, por si sós, explicam”).

Quando o sentido for o mesmo de “apenas” ou “somente”, estaremos diante do advérbio “só” – termo invariável. Assim: “Eles só sairão amanhã cedo”, “Elas só queriam entender a questão”.

Feita essa distinção, passemos a outro problema. O advérbio “só” tem valor restritivo, o que torna relevante a posição em que se encontra na frase. Observemos as seguintes construções:

1. Eles só trarão os documentos amanhã (mas não os assinarão).

2. Eles trarão só os documentos amanhã (não as fotos).

3. Eles trarão os documentos só amanhã (não hoje).

A posição do “só” (considerado um “advérbio impróprio” ou uma “palavra denotativa de exclusão”) evidencia o termo que é modificado por ele. Em (1), incide sobre o verbo (só trarão, não farão outra ação); em (2), incide sobre o substantivo (só os documentos, não outro objeto); em (3), incide sobre o advérbio (só amanhã, não outro dia).

Na linguagem oral, é comum que a distinção se dê pela entonação dada à frase pelo falante, que acentua a pronúncia do termo que pretende destacar. A frase (1) costuma ser entendida como a frase (3), dada a tendência à acentuação da palavra final da frase.

Na linguagem escrita, o ideal é escolher com critério a posição do advérbio.

Vejamos o que ocorreu no seguinte fragmento:

“Niemeyer virou fetiche internacional, depois de ser fetiche no Brasil por diversas décadas, onde governantes parecem só se lembrar dele na hora de encomendar novas obras.”

terça-feira, 3 de maio de 2011

Emprego de para eu e para mim

Apesar de simples, o emprego dos pronomes eu e mim ainda pega a moçada pelo pé. Antes de eu elucidar a questão, vamos a alguns esclarecimentos importantes.

Sabe-se que os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos de preposições, como a, até, contra, de, em, entre, para, por, sem. A combinação com e alguns desses pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Nossa gramática afiança que as preposições introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronomes do caso reto. Desse modo, gramaticalmente corretas são estas construções:

> Perante mim ficou ele estarrecido. (E não “Perante eu ficou ele estarrecido”.)
> Jurou inocência ante mim e os demais amigos. (E não “Jurou inocência ante eu e os demais amigos”.)
> Nada mais há entre mim e ti. (E não “Nada mais há entre eu e tu”.)
> Não se comprovou alguma ligação entre ti e ela. (E não “Não se comprovou alguma ligação entre tu e ela”.)
> Ele pensou em mim e ti. (E não “Ele pensou em eu e tu”.)
> Há nenhuma acusação contra mim. (E não “Há nenhuma acusação contra eu”.)
> Não vá sem mim. (E não “Não vá sem eu”.)
> Vinde até mim. (E não “Vinde até eu”.)
Até aqui, tudo bem. Mas e, quando lemos frases como “empresta-me o livro para eu ler”, “o trabalho é para tu realizares”, “não vás sem eu saber”, que é que ocorre? Afinal, temos a presença das preposições essenciais para e sem, o que, em tese, contraria a regra sobre a qual falei há pouco. Qual a razão de ser dessas construções, se a regra asserta que os pronomes pessoais retos (podem desempenhar função de sujeito ou predicativo do sujeito) não devem aparecer após uma preposição? À conta disso, obrigatório é o uso dos oblíquos, que, nas orações, desempenham as funções de complemento verbal ou nominal. Por quê, afinal? Ocorre que há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, este deverá, já que desempenha função de sujeito, ser do caso reto. Vejamos, então:

> Empresta-me este livro para eu ler. [Alguém pratica o ato de ler. Quem? Eu (sujeito).]
Desenvolvendo-se essa frase, temos: “Empresta-me este livro para que eu leia”.
> O diretor deixará o relatório para eu redigir. [Alguém praticará o ato de redigir. Quem? Eu (sujeito).]
Desenvolvendo-se a frase: “O diretor deixará o relatório para que eu redija”.
Atenção! Os professores têm o hábito de dizer: “mim não faz nem acontece; não pode ser sujeito”. Apesar desse valioso conselho, a preposição para, vez ou outra, arma suas ciladas. Ocorre é que nem sempre o infinitivo é precedido do pronome do caso reto eu (ou tu). Quando ele for impessoal, não terá sujeito; logo, poderá haver antes dele o pronome oblíquo mim (ou ti). Vejamos:

> Para mim ler é fácil. [Muitos, numa primeira leitura, podem considerar o mim sujeito. É fácil perceber a possibilidade de uma ordem mais direta, simples e não menos coerente: “Ler é fácil para mim”. Note-se que o mim é sujeito de nenhum verbo, mas sim complemento nominal do predicativo do sujeito (termo fácil). Na construção “Para mim ler é fácil”, para se evitar confusão sintático-semântica, a vírgula é bem-vinda: “Para mim, ler é fácil”, em que para mim é, consoante Bechara, dativo de opinião.]
> A frase “É complicado para mim ler o livro”, para não dar margem a confusões sintático-semânticas, pode ser estruturada de alguns outros modos: “É complicado, para mim, ler o livro”, “É, para mim, complicado ler o livro”, “Para mim, é complicado ler o livro”.
Como se vê, diante da preposição para, devem-se abrir os olhos e afinar os ouvidos. Para reforçar tudo o que foi exposto, eis um macetezinho eficiente:

► Deve-se tentar deslocar o para mim para o começo da frase. Se o deslocamento for possível, será deveras para mim. Se a frase perder o sentido com a alteração, será para eu. Para efeito ilustrativo, em “Empresta-me o livro para mim ler”, vamos tentar mudar o para mim para o início da frase: “para mim, empresta-me o livro ler”. Faz sentido? Obviamente, não. Desse maneira, observa-se que o emprego legítimo é para eu e que o eu é sujeito do verbo ler. De outra face, na frase “É complicado para mim ler o livro”, o para mim pode ser deslocado sem prejuízo de sentido coerente: “Para mim, é complicado ler o livro”. Certamente, não houve perda de sentido lógico. Portanto, é de fato para mim. O mim não é, pois, sujeito do verbo ler, mas sim complemento nominal do predicativo do sujeito (termo complicado). Esse mim independe sintaticamente do verbo ler.

Distinções entre este, esse e aquele

Vale lembrar, antes de tudo, que os pronomes demonstrativos indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço, no tempo ou no próprio discurso. Apresentam-se em formas variáveis (em gênero e número) e invariáveis.

Desse modo, as regras primárias baseiam-se no posicionamento do objeto em relação à pessoa que fala e à que ouve no discurso. Se, por exemplo, uma camisa está perto da pessoa que está falando, usam-se este, esta ou isto. Eis alguns exemplos:

> Esta camisa que visto é muito bonita.
> Este rapaz a meu lado é um velho amigo.
> Este bule é de prata. (Está implícito o advérbio de lugar aqui, o que demonstra que o bule está perto do emissor da mensagem.)
> Aquela garota ainda não sabe o porquê de o Presidente Obama ter vindo a este país.

Se, contudo, o objeto está próximo a quem ouve a mensagem, é legítimo empregar esse, essa ou isso:

> Podes mostrar-me o que é isso em tua mão?
> Recebe meus cumprimentos por mais um ano que esse velho corpo consegue atravessar incólume! (Implícito está o pronome possessivo teu, o que demonstra o emissor estar-se referindo ao corpo do receptor da mensagem.)
> Isso aí deverá ser transportado de maneira zelosa. (O advérbio de lugar aí indica que o objeto a que o emissor se refere está próximo a quem ouve a mensagem.)
Agora, se o objeto estiver distante tanto de quem fala ou escreve como da pessoa a quem se fala ou escreve, dever-se-ão empregar aquele, aquela ou aquilo. O objeto fica distante, portanto, dos interlocutores:

> Veem aquelas nuvens para lá da montanha? (O advérbio de lugar lá deixa claro que as nuvens estão longe do emissor e do receptor da mensagem, ou seja, tanto de quem a fala como de quem a ouve.)
> Que é aquilo do outro lado da rua?
> Aquele sujeito é teimoso. (Há, aqui, uma situação particular: o sujeito mencionado não está localizado no espaço físico propriamente dito como também não está inserido na circunstância referencial existente entre os interlocutores. A palavra denotativa de realce lá toma parte e fica subentendida na referida situação, e o sujeito é tomado como assunto, ou seja, algo sobre o qual se fala.)

Também é sabido que os pronomes demonstrativos situam os seres no tempo. Este e suas variantes (isto, deste, disto, neste etc.) transmitem ideia de tempo presente em relação a quem fala ou escreve:

> Nestas últimas horas tenho aprendido mais do que durante toda a minha vida.
> Quero ir, neste ano, a Brasília. ( = ano atual)
> Esta semana será demasiado enfadonha. ( = semana recente, atual)

Esse (e suas variantes) indica o passado ou o futuro próximos de quem fala ou escreve — nada mais que passado ou futuro recentes, não muito distantes. Exemplos:

> Há algumas semanas estive em Fernando de Noronha; nessa ocasião, pude verificar, mais uma vez, a beleza inconfundível do lugar. ( = passado próximo)
> Depois de amanhã, Bruna chegará; nesses poucos dias, poderemos mostrar-lhe como ficou a reforma da casa. ( = futuro próximo)
> Foram muito agradáveis esses dias que passei na praia. ( = passado próximo)
> É presumível que essas horas em que estaremos juntos sejam bastante proveitosas. ( = futuro próximo)
Aquele (e suas variantes), por sua vez, sinalizam um passado vago ou remoto:

> Naqueles tempos, nosso país era mais otimista.
> Àquela época, podia-se caminhar à noite em segurança.
> Não havia, naquele tempo, os perigos que há hoje.
> Como era fascinante aquela época em que saíamos juntos!

Há, ainda, a função referencial dos demonstrativos, segundo a qual eles podem estabelecer relações entre as partes do discurso, isto é, podem relacionar aquilo que já foi dito/escrito com o que ainda se vai dizer/escrever. À conta disso, é a mais importante função dos demonstrativos, pois contribui para a articulação de textos. Quando o pronome se referir a algo que já foi citado (referência anafórica), usar-se-ão esse, essa ou isso; logo, quando o assunto houver sido mencionado, tais pronomes tomarão parte. Quando, porém, o pronome se referir a algo que ainda será mencionado (referência catafórica), usar-se-ão este, esta ou isto. Vejamos as diferenças:

> Muita felicidade, é isso o que te desejo. (Isso retoma algo (assunto) já mencionado, a saber, muita felicidade.)
> É isto o que te desejo: muita felicidade. (Aqui, isto refere-se à mesma coisa (assunto = muita felicidade), mas que ainda será citada.)
> Fazem parte de nosso dicionário palavras como poluente, entulho, tóxico, efluente. Esses (tais) termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar.
> Tenho nadinha programado sobre viagens pelo Brasil. Isso não se programa com antecedência.
Observe-se que os invariáveis (isso, isto, aquilo) podem recuperar toda uma frase, e não apenas um elemento dela.

Outros exemplos pertinentes:

> Meu argumento é este: o crescimento econômico somente faz sentido quando produz bem-estar social.
> O crescimento econômico somente faz sentido quando produz bem-estar social. Essa é a posição que defendo.
> Disse-lhe que iria embora, e isso a deixou triste.

Existem somente dois casos em que este e suas variantes fazem referência ao que já foi citado:

a) Quando a referência for a elemento imediatamente anterior:

> João gostava de Carolina; esta, de Pedro. (Esta retoma Carolina, termo imediatamente anterior.)
> Renato jogava com Diogo quando este era pequeno. (Aqui, usa-se este para também se evitar dupla leitura de sentido. Porque este deve referir-se a termo imediatamente anterior, fica claro que era pequeno apenas Diogo. Sem a presença do pronomezinho, tanto Renato como Diogo podem haver sido pequenos quando jogavam.)
b) Quando a referência for ao segundo (mais próximo) de dois elementos anteriormente citados numa mesma oração ou período. A retomada ao primeiro elemento (mais distante, afastado) será exercida pelos pronomes demonstrativos de terceira pessoa (aquele e variantes):

> Apreciava os bons vinhos portugueses e as iguarias francesas. Estas, pelo paladar requintado; aqueles, pelo buquê característico. (Estas retoma iguarias francesas, ao passo que aqueles recupera os bons vinhos portugueses.)
> Ouvia Caetano e Chico, dois excelentes artistas. Admirava este como autor e aquele como cantor. (Este retoma Chico; aquele, por sua vez, recupera Caetano.)
> Crianças e idosos enfrentam problemas semelhantes na sociedade brasileira: estes são desprezados por um sistema previdenciário ineficiente e corrupto; aquelas são massacradas por uma distribuição de renda que impede os pais de criá-las dignamente. (Estes refere-se ao termo idosos; aquelas, ao termo crianças.)
Por fim, cumpre destacar alguns dados estilísticos sobre os pronomes demonstrativos:

1) Nisso pode ocorrer com sentido de “então”, “nesse momento”, “eis que de repente”, “senão quando” etc.:

> Nisso aparece à porta o meliante, todo sujo, respirando ofegante.

2) Os demonstrativos podem conotar:

a) ironia → Não sou dessas, não.
b) desprezo → Aquilo nem era facão, não servia para uma coisa sequer.
c) surpresa → Essa não! Que é que ela vem fazer aqui?

3) O demonstrativo isso, na linguagem coloquial, pode funcionar como índice de resposta afirmativa, de modo que equivale a “sim”:

— Então ele não joga nem quer que joguemos?
— Isso. Além disso, nem sequer permite que saiamos daqui.