segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quais os tempos verbais na narrativa?

Tempos verbais na narrativa
Ao narrar, fique atento ao aspecto verbal, que é a propriedade que têm as formas verbais de designar a duração de um fato. Observa-se a sua existência examinando a distinção entre as formas do passado no modo indicativo.

O pretérito perfeito exprime um fato concluso: João leu o livro que lhe fora indicado; já o pretérito imperfeito indica que a ação não foi terminada, apresentando, portanto, aspecto durativo: "A tarde ia morrendo. O sol declinava no horizonte."

Podemos dizer, por exemplo, que "Fulano estudou alemão em sua juventude", mas que "Fulano estudava alemão quando morava em Berlim".

Usa-se o passado imperfeito quando se quer expressar que a ação está em curso, em prosseguimento, ou que as ações foram interrompidas ou repetidas no passado. Dizemos que Fulano comemorava (estava comemorando) o aniversário do seu chefe quando o diretor chegou repentinamente, ou que Fulano quando morou no Canela, corria todos os dias até a Barra.
O aspecto durativo (ou cursivo) é também indicado pelo uso do gerúndio antecedido de um verbo auxiliar.

Assim, dizemos que alguém "vive reclamando", "está batendo à porta", "anda conversando muito", anda comprando em excesso", "andava desperdiçando legumes"...

O verbo auxiliar que acompanha o gerúndio pode ser flexionado nos vários tempos verbais, dando à expressão diferentes matizes. Podemos dizer que alguém "esteve viajando", "estava viajando", "está viajando", "estará viajando".

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