terça-feira, 19 de abril de 2011

Coerência textual-Material de concurso

Coerência textual-Material de concurso
Coerência é a ligação em conjunto dos elementos formativos de um texto. É o instrumento que o autor vai usar para conseguir dar um sentido completo a ele.

Em uma redação, para que a coerência ocorra, as idéias devem se completar. Uma deve ser a continuação da outra. Caso não ocorra uma concatenação de idéias entre as frases, elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio. Quando isso acontece, dizemos que houve um quebra de coerência textual.

A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do texto e do texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada pela coesão textual, isto é, a compreensão de um texto é melhor capturada com o auxílio de conectivos, preposições, etc.

A incoerência de um texto pode ser observada por um falante da língua, mas não é tão fácil identificá-la quando estamos escrevendo.

Pode-se dizer que um texto é incoerente quando o entendimento deste é comprometido. Na maioria das vezes esta pessoa está certa ao fazer esta afirmação, mas não podemos achar que as dificuldades de organização das idéias se resumem à coerência ou a coesão. É certo que elas facilitam bastante esse processo, mas não são suficientes para resolver todos os problemas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Elipse e Zeugma- Figuras de Linguagem

Elipse é a omissão de um termo ou de uma oração inteira, sendo que essa omissão geralmente fica subentendida pelo contexto.

Observe: Como estávamos com pressa, preferi não entrar. Nessa frase, houve a omissão dos pronomes nós e eu, sujeitos, respectivamente, de “estávamos” e “preferi”. Essa omissão não dificulta a compreensão da frase, já que os verbos flexionados indicam as pessoas a que se referem

Veja outros exemplos:

Sobre a mesa, apenas um copo d' água e uma maçã
Neste exemplo, há a omissão do verbo haver. Completa, a oração ficaria: "Sobre a mesa, havia apenas um copo d' água e uma maçã" . A elipse do verbo em nada altera o conteúdo da oração, que se torna por sua vez mais sintética e econômica.
"Veio sem pinturas, um vestido leve, sandália coloridas." (Rubem Braga)

Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”(Antônio Olavo Pereira)
(Tão bom seria se ela estivesse viva para me ver assim.)

ZEUGMA

Trata-se de um caso especial de elipse, quando o termo omitido já tiver sido expresso anteriormente.
Observe:

Os rapazes entraram com tamanha algazarra que quebraram o vidro da porta.

Vamos jogar, só nós dois? Você chuta para mim e eu para você .
( = ... e eu chuto para você.)

No segundo exemplo, o verbo omitido deve, se expresso, concordar com o sujeito eu. Era "chuta", na 3º pessoa do singular; passa a ser “chuto” , na ª pessoa do singular. Em geral, os zeugmas são uma elipse e um termo que é uma forma flexionada de um termo que já apareceu.

“Foi saqueada a vila, e assassinados os partidários dos Filipes.” (Camilo Castelo Branco)
Se formos expressar o que foi omitido, teremos que utilizar a forma verbal “foram” – “e foram assassinados os partidários do rei" .

Precisarei de vários ajudantes., De um que seja capaz de fazer a instalação elétrica e de outro para parte hidráulica pelo menos.
Houve a omissão do termo "ajudante" - "De u (ajudante) que seja capaz .. e de outro (ajudante) para a parte hidráulica .

sábado, 16 de abril de 2011

Mesmo não é sinônimo de igual

Para esclarecer melhor as dúvidas de muitos leitores sobre a relação de sinonímia entre os termos mesmo e igual, tratado na coluna anterior, apresento novamente esse tema com novos exemplos.

Ainda que pareçam em seus respectivos significados, mesmo e igual não são sinônimos, ou melhor, são falsos sinônimos. Vejamos:

Mesmo = idêntico, um só.

Igual = semelhante a outro.

No exemplo da matéria anterior, a Linguaruda Portuguesa dizia que sua vizinha havia arrumado um marido que ganha o mesmo que seu marido. Nesse caso, o salário dos dois terá que ser dividido, pois é um salário apenas (ganha o mesmo). Caso a intenção dela seja a de comparar os salários, o amante terá que ganhar igual (salário semelhante) ao marido da vizinha. Apesar de compreensível na fala, a norma culta pede essa distinção.

João ganha R$ 1.000,00, Pedro ganha igual. (Cada um recebe R$ 1.000,00, ou seja, salário semelhante).

João ganha R$ 1.000,00, Pedro ganha o mesmo. (Cada um recebe R$ 500,00, ou seja, salário repartido).

Para reforçar o entendimento, veja na ilustração a fala da mãe da nossa conhecida Linguaruda Portuguesa:

- A orelhinha e o narizinho são “as mesmas” que a do papai. A linguinha é
“a mesma” que a da mamãe.

Nota-se que prevalece o sentido de semelhança, ou seja, o sentido de igual, o que conduz o usuário a deduzir que sejam palavras sinônimas. Porém a escrita formal pedirá o uso de igual, pois cada um tem sua própria orelha, seu próprio nariz e sua própria língua.

Agora veja a fala do irmão da Linguaruda:

- Tomara que a inteligência seja igual à minha. Afinal, nosso pai é o mesmo.

Nela, igual e mesmo são empregados de acordo com a norma culta.

- Tomara que a inteligência seja semelhante à minha. Afinal, nosso pai é um só.


Vejamos agora outros exemplos de emprego correto do termo mesmo.

* Estuda na mesma escola que eu.
* Vieram do mesmo país.
* Traído pelo mesmo amigo que o salvou.
* O presidente mesmo veio demiti-lo

Tua x sua

Amigo leitor, espero hoje tirar bem as suas dúvidas (ou seria as tuas dúvidas?). Ainda mais sobre esse tema que é um campeão de pedidos. Vamos lá:
* Teu/tua - pronome possessivo que se relaciona à pessoa com quem se fala (2.ª pessoa do singular).
- Mário.
- Oi!
- João saiu com a tua esposa e bateu o teu carro.
João saiu com a esposa do Mário e bateu o carro também do Mário. (tua/teu se referem ao Mário).
* Seu/sua - pronome possessivo que se relaciona à pessoa de quem se fala (terceira pessoa do singular).
- Mário.
- Oi!
- João saiu com sua esposa e bateu o seu carro.
João saiu com a própria esposa e bateu o próprio carro. (sua/seu se referem ao João).
ATENÇÃO: No Brasil é comum o emprego do pronome de tratamento você, no lugar de tu, o que obriga a combinação com seu/sua. Por isso que a atendente da ilustração foi corrigida. Ela deveria ter empregado sua no lugar de tua, pois se referiu ao Manuel como você. Caso se referisse como tu, seria necessário concordar os verbos também.
Vejamos as duas opções:
Olá Manuel, você perdeu uma nota de cem reais. Venha pegá-la, pois é todinha sua.
Olá Manuel, tu perdeste uma nota de cem reais. Vem pegá-la, pois é todinha tua.
Quem saiu perdendo na história foi o Manuel que, por ficar com raiva e não se fazer entender, acabou perdendo cem reais.
Amigo leitor, cuidado com as ambiguidades, se o pronome você estiver explícito, empregue o seu/sua. Além das ambiguidades, a combinação indevida pode causar briga. Experimente dizer a um amigo que fulano saiu com sua mulher e verá. Mas antes, esteja “armado” com essa coluna (ou seria esta coluna?)

O melhor x o mais bem

O melhor x o mais bem
Amigo leitor, nem sempre basta ser o melhor para se vencer, é preciso estar bem preparado, e, de preferência, ser o mais bem preparado. É por isso que muitos jogadores que estão entre os melhores não são convocados para a seleção.
Como nossa disputa aqui é outra, vamos aprender o português para nos comunicarmos melhor e estarmos cada vez mais bem preparados para as situações que exijam seu domínio.
* A norma nos sugere que devemos sempre empregar o termo melhor em situações de comparação.
Apesar de jogar bem vôlei, joga melhor futebol.
Maria é melhor em matemática que em português.
As vendas esse ano foram melhores que as do ano passado.
* Quando há a presença do verbo no particípio o emprego deve ser de mais bem.
Ronaldo é mais bem pago que Robinho.
Com arquiteto, a casa fica mais bem construída.
É um erro comum se trocar mais bem por melhor, mas quando dizemos que alguém é o melhor preparado estamos comparando-o com outros que podem não estar preparados. Quando dizemos que ele é o mais bem preparado, estamos comparando-o com outros bem preparados, também. É uma questão de semântica.
ATENÇÃO: Cuidado para não cometer o duplo erro de trocar mais bem por melhor em situações em que se exija o emprego do hífen (bem-acabado, bem-aceito, bem-acostumado, bem-adaptado, bem-amado, bem-apresentado, bem-arrumado, bem-aventurado, bem-casado, bem-humorado, bem-ensinado, bem-merecido, bem-parecido, bem-sucedido, bem-vestido, bem-vindo etc):
Ela é a mulher mais bem-vestida da festa.
De todos os que venceram, você é o mais bem-sucedido.
Lucas é o filho mais bem-parecido com o pai.
O gaúcho é mais bem-acostumado com o frio que o carioca.
Quanto mais bem-arrumados mais somos respeitados.
Continue estudando para não ficar “bem frustrado”, como aqueles que na nossa corrida do óvulo deixamos para trás.

acerca de / cerca de / há cerca de / a cerca de

acerca de / cerca de / há cerca de / a cerca de
* Acerca de = sobre / a respeito de. Ex.: O próximo livro será acerca da (sobre a) História de Resende. / Falarei acerca dos (a respeito dos) equívocos históricos.
* Cerca de = aproximação / arredondamento.
Errado: Cerca de 87 pessoas compareceram.
Correto: Cerca de 90 (entre 85 e 95) pessoas compareceram.
Errado: Cerca de 303 alunos foram aprovados.
Correto: Cerca de 300 (entre 295 e 305) alunos foram aprovados.
ATENÇÃO: Quando houver a possibilidade de números fracionados, o arredondamento deve ser pelo inteiro mais próximo. Ex.: O terremoto foi cerca de 8 (entre 7,5 e 8,5) graus na escala Richter. / Está previsto um aumento de cerca de 13% (entre 12,5 e 13,5%) na gasolina. / O novo valor do álcool será cerca de R$ 3,00 (entre R$2,50 e 3,50).
A locução cerca de pode ser utilizada com o verbo haver (há cerca de) e com a preposição a (a cerca de):
* Há cerca = tempo decorrido. Ex.: Ela foi embora há cerca de (ou faz cerca de) duas horas. / Há cerca de dez anos que escrevi meu primeiro livro.
* A cerca = distância no espaço (O avião caiu a cerca de duzentos metros onde estávamos) ou tempo futuro (Estamos a cerca de oito meses das eleições).
HUMOR E LINGUAGEM: A expressão pular a cerca (eufemismo de traição) foi criada por ocasião de éguas de boa linhagem que se acasalavam com cavalos de linhagem inferior, utilizados apenas para estimular o cio, já que os também de boa linhagem não tinham essa capacidade. Depois de estimuladas, aproveitavam o descuido de seus criadores e pulavam uma cerca que as separava dos pacatos sedutores, chamados rufiões, e... “pocotó”. Quando os criadores se davam conta, era tarde demais...

Paradoxos

Paradoxos

Os paradoxos lógicos são raciocínios em que, partindo de enunciados não contraditórios, se chega a conclusões contraditórias, isto é, tanto se pode demonstrar a veracidade como a falsidade de um juízo. Etimologicamente, paradoxo significa algo contrário à opinião (doxa, em grego), isto é, algo que choca com as convicções e opiniões aceites. Por vezes, a palavra paradoxo e «antinomia» são usadas como sinónimos, embora esta palavra esteja mais reservada às antinomias de Kant, isto é, à afirmação de duas proposições contraditórias, mas cada uma das quais defensável racionalmente. Os paradoxos foram já desenvolvidos na antiguidade, tendo ficado célebres os paradoxos de Zenão contra a existência do movimento. Num dos mais famosos (o exemplo de Aquiles, o corredor veloz, e da tartaruga) sustenta que nada se move, pois caso contrário, o móbil deveria alcançar o ponto médio do caminho antes de chegar ao fim. Aquiles nunca conseguirá ultrapassar a tartaruga, desde que, à partida, esta possua alguma vantagem, pois o espaço é divisível até ao infinito.

Ao longo da história têm-se feito várias classificações de paradoxos, assumindo especial importância os chamados paradoxos lógicos e os paradoxos semânticos. De entre estes últimos, o mais conhecido é o paradoxo do mentiroso. Enuncia-se da seguinte forma: um célebre poeta cretense do séc. VI a. C., Epiménides, afirmou: «Todos os cretenses são mentirosos.» Ora, atendendo a que Epiménides é cretense e que todos os cretenses mentem, então quando Epiménides afirma: «Todos os cretenses mentem», afirma uma proposição que é verdadeira. Portanto, Epiménides não mente quando afirma que todos os cretenses (incluindo ele próprio) mentem.

Por consequência, Epiménides mente se e só se não mente (isto é, diz a verdade). Epiménides não mente (isto é, diz a verdade) se e só se mente.

O paradoxo de P. Jourdain é também muito conhecido. Consiste em apresentar num lado de uma folha a inscrição: «no verso desta folha há um enunciado verdadeiro.»

Paisinhos ou paisezinhos?

Paisinhos ou paisezinhos?
Em todas as pesquisas feitas, não achei nada que justifique o plural “paisezinhos”. Temos também o apoio de um site especializado em gramática e em correção de provas de concursos, que também afirma que a tal questão deveria ser anulada.”
Vamos aos fatos.
Para a formação do plural de palavras no diminutivo, temos duas regrinhas:
1ª) Com o sufixo –INHO, basta pôr a desinência “s”:
livro+inho = livrinho > livrinhos;
caixa+inha = caixinha > caixinhas;
2ª) Com o sufixo –ZINHO, devemos pluralizar a palavra primitiva, cortar o “s” e colocá-lo no final:
papel+Zinho > papei(s)+Zinho+s = papeizinhos;
balão+Zinho > balõe(s)+Zinho+s = balõezinhos.
No caso de PAISINHO, devemos aplicar a primeira regra, pois o sufixo é –INHO (país+inho = paisinho). Assim sendo, o plural correto é PAISINHOS. Assim como acontece com casa+inha = casinhas; lápis+inho = lapisinhos.
O plural “paisezinhos” é um equívoco, que eu próprio o cometi nos meus primeiros livros, mas isso já foi corrigido há muito tempo. Se aceitarmos “paisezinhos”, teremos de aceitar também “lapisezinhos”, “tenisezinhos” e outras aberrações.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Fui eu que fiz" ou "Fui eu quem fez"? Veja qual o correto.

"Fui eu que fiz" ou "Fui eu quem fez"?
Indubitavelmente, estamos diante de um questionamento acerca da concordância verbal de ampla recorrência, não é verdade?

Mesmo que esse assunto (concordância) pareça um tanto complicado, não façamos dele um entrave, pois somente um pouco de atenção... e tudo estará resolvido e, sobretudo, apreendido. Vamos então a algumas elucidações pertinentes a esse caso.

Mediante ao enunciado abaixo, analisemos:

Fui eu que fiz o trabalho.

Nesse caso, temos que o pronome relativo “que” se caracteriza como sujeito da oração, logo não há possibilidade de o verbo concordar com ele. Assim sendo, o verbo é remetido ao antecedente do pronome, que, no caso, é representado pelo pronome pessoal “eu” e com ele concorda em número (singular/plural) e em pessoa (1ª/2ª/3ª). Portanto, “eu fiz”. Atemo-nos a outros exemplos:

Foi ele que te ajudou a resolver o problema.

Fui eu que te conduzi à sala de espera.

Vejamos, pois, esse outro exemplo:

Fui eu quem trouxe a encomenda.

Nessa ocorrência, temos que o sujeito agora é representado pelo pronome “quem”. Assim sendo, o verbo deverá permanecer na terceira pessoa do singular. É o que nos demonstram outros exemplos, manifestados por:

Fomos nós quem convidou você para a reunião.

São eles quem irá presidir a palestra.

Fui eu quem recitou o poema durante a aula.

Fui eu quem fez a pesquisa, semelhante ao último exemplo, também está correto.

Frente a tais pressupostos, desvendamos a evidente indagação.

Exemplo de redundância. (?)

A expressão “voltar atrás” – É um exemplo de redundância?
Atendo-nos a uma análise minuciosa do enunciado em questão, sobretudo no que se refere ao sentido expresso pelo verbo voltar, percebemos que o emprego do termo que a ele sucede (representado pela palavra atrás) a princípio parece desnecessário. Tal fato, caso fosse comprovado, em se tratando dos fatos linguísticos, configuraria o que denominamos de pleonasmo, redundância ou tautologia, assim como preferirmos.

Ele, caracteristicamente, representa as muitas circunstâncias nas quais o falante, de modo involuntário, comete “desvios”, representando, portanto, um desacordo perante o padrão formal da linguagem.

Contudo, o sentido aqui expresso não se refere ao fato de retomar um procedimento já realizado anteriormente, ou seja, voltar não implica necessariamente considerar um ponto físico que esteja posto atrás da pessoa considerada, mas sim de algo relacionado à ideia de desfazer o que foi feito, com vistas a adquirir uma nova concepção no que se refere a um determinado assunto.

Portanto, esteja certo(a) de que a expressão não retrata os desvios dos quais citamos anteriormente, uma vez que além de fazer parte de nosso vocabulário (considerada correta), pertence também ao vocabulário de renomados autores, como por exemplo, o representante da era Romântica, José de Alencar : "Não havia meio de fazê-lo voltar atrás".


Mas esteja atento (a) a um fato:

A expressão “voltar para trás” ´representa sim um caso típico de redundância. Portanto, evite utilizá-la mediante determinadas situações de comunicação.

10 Erros de português comum ao escrever

Esses são os 10 principais erros de português quando estamos escrevendo. Veja a lista dos erros mais comum cometido pelas pessoas quando escrevem um texto ou uma redação.

01 – “Concerteza”. O certo é “com certeza“.
02 – “Kilo”. O correto é quilo. Se abrevia com ‘K’ (Kg), mas é quilo (quilograma). “Comprei dois quilos de arroz”.
03 – “Mais” – “Mais” é advérbio de intensidade -> “Dois mais um”. “Eu ia, MAIS não fui” é incorreto. “Eu ia, mas não fui” é o correto.
04 – “Degladiar” – O correto é “digladiar“. “Os partidos vivem a degladiar entre si”.
05 – “Lâmpadas Florescentes” – Florescente é o que floresce. Lâmpadas são FLUORESCENTES.
06 – “Fragrante”. Fragrante é um erro da categoria de probrema. O correto é “flagrante“.
07 – “Fez a pessoa soar”. Quem soa é sino. Quando uma pessoa transpira, ela SUA. O correto é “suar”.
08 – “O negro é descriminado”. Não! Ele é “discriminado“. Descriminar é absolver de um crime.
09 – “A polícia não interviu a tempo”. O correto é interveio. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio)
10 – “Viemos por meio deste”. A conjugação do verbo vir, no presente da primeira pessoa do plural é “vimos“. “Vimos por meio 6 mar (4 dias atrás) excluir Lélia Pereira

Diferença entre RAIZ e RADICAL.

Diferença entre RAIZ e RADICAL.

Os morfemas lexicais e a diferença entre RAIZ e RADICAL.

Morfemas são unidades mínimas dotadas de significação. Os morfemas da Língua Portuguesa se classificam em lexicais e gramaticais.

MORFEMAS LEXICAIS – São a raiz e o radical.
RIAZ – Elemento irredutível

RADICAL – Elemento significativo
OBSERVEMOS A DIFERÊNCIA ENTRE UM E OUTRO.

RAIZ
Crença – CR
Criança – CRI
Reduzir – DUZ
Irredutível – DUT
Evangelho – ANGEL

RADICAL
O radical classifica-se em:
1. RADICAL PRIMÁRIO = RAIZ
Amigo – AM
Crível – CR
Esquina – QUIN

2. RADICAL SECUNDÁRIO = PREFIXO RAIZ ou RAIZ SUFIXO
Reduzir – REDUZ
Esquina - ESQUIN
Amigo – AMIG
Criança – CRIANÇ

3. RADICAL TERCIÁRIO = PREFIXO RAIZ SUFIXO
Amadurecer - AMADUREC
Entardecer - ENTARDEC
Enrijecer - ENRIJEC

Com essa explanação, espero que tenha compreendido a diferença entre RAIZ e RADICAL

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dicas para aprender como usar corretamente o S,J,Z e X

Dicas para aprender como usar corretamente o S,J,Z e X
Emprego do “S”

1) procedência, naturalidade, classe social – francesa; calabresa (feminino de calabrês)
2) esa e isa feminino – princesa; javanesa; poetisa
3) palavra de origem grega – ase; ise; ose; fase; catálise, osmose.
4) Verbos: pôr, querer, usar.
5) Derivados de verbos que já apresentam “S”: análise – analisar
6) Adjetivos qualificadores com sufixo oso ou osa : bom = bondoso
7) Depois de ditongos: Sousa

Estória do “S”

1) Um freguês que era marquês falava português.
2) Namorava uma princesa que era poetisa que comia calabresa.
3) Fez uma experiência de uma fase que por catálise fez osmose.
4) e 5) Quis, pôs e usou o “s” para avisar
6) Que suas qualidades eram: ser bondoso, piedoso, mas horroroso.
7) Deu uma pausa e escreveu na lousa.

Emprega-se “J”

1) origem indígena: canjica, pajé.
2) Verbos terminados em –jar: alvejei; viajem.

Estória do “J”

Existia um índio africano que se chamava “J”, era filho do pajé, comia canjica, jiló, berinjela, jerimum e acarajé. Andava de jegue e matava jibóias. Era muito cafajeste, só vivia na sarjeta pedindo gorjeta, foi viajar em entrou em todos os verbos terminados em jar.

Emprega-se “Z”

1) substantivos abstratos terminados em –ez; -eza.
2) Derivados de adjetivos: pobre = pobreza
3) Verbos com sufixo –izar: fértil = fertilizar
4) Derivados de palavras terminadas com “z”: cruz = cruzeiro


Estória do “Z”

1) Era uma vez dois substantivos abstratos, o ez e o eza, eles moravam na realeza.
2) Tinham muitos adjetivos que viviam na pobreza, na escassez e na invalidez.
3) Um dia decidiram fertilizar um lindo verbo terminado em izar.
4) Seu sobrenome era Cruz, acabava em Z, então seu apelido foi Cruzeiro.
Emprega-se “X”

1) após ditongos: frouxo
2) após a inicial me: mexer, mexerico
3) após a inicial em: enxada
4) exceções: mecha e mechoação (planta); vocábulos derivados de palavras com –ch: cheio = encher.

Estória do “X”

O homem frouxo, era ditongo, sempre que deixava-ME, ele começava a mexer e pegava a enxada, e ficava muxoxo usando o xale da vovó.

verbo sempre ficará no singular!

Qual o gênero da palavra omelete

Qual o gênero de omelete?

A opção correta é:

a) Dilma preparou uma omelete no programa de Ana Maria Braga.

b) Dilma preparou um omelete no programa de Ana Maria Braga.

c) As duas opções estão certas.

A resposta:

Os dois principais dicionários do País, Aurélio e Houaiss, divergem quanto ao gênero de “omelete”.

O primeiro diz que é palavra feminina; o segundo, que é palavra de dois gêneros.

A palavra final é do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) da Academia Brasileira de Letras, pois este tem valor de lei.

E o Volp pensa como o Houaiss: “omelete” é palavra de dois gêneros, ou seja, tanto faz “o omelete” ou “a omelete”.


Então a opção correta é:

A letra "C"

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quando usar "bastantes" na construção do texto.

Quando usar "bastantes" na construção do texto.

Estranho não é? "Bastantes", parece que não existe, pois quase ninguém utiliza. Você provavelmente nunca falou "bastantes" quando conversa com os amigos, porém, na hora de escrever "são outros quinhentos", a linguagem culta obriga ao uso da regra, por isso olho vivo "valeu"?
A "regrinha" é bem simples, se na hora de escrever houver dúvida, basta trocar bastante por muito, se der plural e muito virar "muitos" então passe bastante para o plural também.

Veja exemplos:
Frase - O Marcelo corre bastante com seu carro.
regra - O Marcelo corre muito com seu carro.
Neste caso, muito não foi para o plural, portanto, bastante também não vai.

Frase - Vovó sempre compra bastantes balas para seus netos.
Regra - Vovó sempre compra muitas balas para seus netos.
Neste caso a vovó compra muitas balas, portanto bastante deve ir para o plural na construção da frase utilizando a norma culta.
Estranho não é? "Bastantes", parece que não existe, pois quase ninguém utiliza. Você provavelmente nunca falou "bastantes" quando conversa com os amigos, porém, na hora de escrever "são outros quinhentos", a linguagem culta obriga ao uso da regra, por isso olho vivo "valeu"?
A "regrinha" é bem simples, se na hora de escrever houver dúvida, basta trocar bastante por muito, se der plural e muito virar "muitos" então passe bastante para o plural também.

Veja exemplos:
Frase - O Marcelo corre bastante com seu carro.
regra - O Marcelo corre muito com seu carro.
Neste caso, muito não foi para o plural, portanto, bastante também não vai.

Frase - Vovó sempre compra bastantes balas para seus netos.
Regra - Vovó sempre compra muitas balas para seus netos.
Neste caso a vovó compra muitas balas, portanto bastante deve ir para o plural na construção da frase utilizando a norma culta.

Ter e Vir, quando usar acento?

Ter e Vir, quando usar acento?

Também não é muito difícil. Esses verbos são acentuados somente quando estão dispostos no "presente do indicativo" e na terceira pessoa do plural, ou seja, se você souber conjugar e perceber se a frese tem sentido singular ou plural, não terá nenhum problema com esses verbos..., mas cuidado, nem sempre é tão fácil quanto parece.
Veja a conjugação:

PRESENTE DO INDICATIVO
Singular
Eu tenho Eu venho
Tu tens Tu vens
Ele tem Ele vem (terceira pessoa do singular)
Plural
Nós temos Nós vimos
Voz tendes Voz vindes
Eles têm Eles vêm (terceira pessoa do plural)
Devemos ficar atentos para perceber se a frase está no singular ou no plural, pois somente assim acentuaremos corretamente.

Veja exemplos:
Frase 1 - Marcelo e Mário vêm ao baile hoje?
O "e" da frase, neste caso é usado como "conjunção aditiva", no sentido de união, adição... veja... "dez e dez, são vinte" (adição)

Perceba que Marcelo e Mário são 2, portanto a frese poderia ser reescrita na terceira pessoa do plural do presente do indicativo...
"Eles vêm ao baile hoje?" sendo que, "eles" são exatamente Marcelo e Mário.

Agora veja um exemplo parecido...
Frase 2 - Marcelo ou Mário vem ao baile hoje?
Nessa frase, "ou" indica uma alternativa ou exclusão, então não tem sentido de união...veja... "Marcos vende pães e ganha cinco ou dez reais por dia." Assim sendo, ou Marcos ganha cinco reais ou ganha dez reais por dia, ele não ganha quinze porque não há adição.
Então a frase está escrita na primeira pessoa do singular, pois poderia ser reescrita assim...
(ele)Marcelo ou (ele)Mário vem ao baile hoje?
Por isso o "vem" não recebe acento neste caso porque sua conjugação é feita na terceira pessoa do singular do presente do indicativo
(mas cuidado com as pegadinhas)
E se a frase fosse escrita assim?
Ana e Júlia ou Maria e Elza vêm à escola estudar

Classes de palavras - questões relacionadas a concursos

CLASSES DE PALAVRAS - Questões que estão relacionadas a prova de concurso público.

Todos nós conhecemos a língua portuguesa; falamos em língua portuguesa, escrevemos em língua portuguesa, pensamos em língua portuguesa, não é mesmo?
Então, usamos todos os dias as palavras variáveis e invariáveis, o único problema é que usamos as palavras todas de uma vez, unidas, formando frases para poder comunicar algo e nem reparamos se elas são variáveis ou invariáveis, nossa intenção é comunicar.
Porém, quando estudamos a Língua Portuguesa podemos reparar esse detalhe, pois, aprendemos a conhecer palavra por palavra para compreender a formação estrutural da linguagem.
Por isso, aqui vamos estudar as classes das palavras.
PALAVRAS VARIÁVEIS
Palavras variáveis são as que, conforme o próprio nome indica, aceitam ser flexionadas, aceitam modificação sem perder o sentido.
- Perdoem-me a redundância mas, só para ficar mais fácil lembrar...... As variáveis, variam.
- Aceitam flexionar, aceitam modificação de tempo, aceitam aumentativo, diminutivo, plural, etc.
Se deparamos com uma palavra e queremos saber se ela é variável ou não, basta tentar flexionar sua formação, coloque-a no diminutivo, mude seu tempo para o passado (Pretérito) ou futuro, passe-a para o plural, etc. e se ela aceitar, então é variável. Ela pode sofrer modificação.
Veja um exemplo prático, repare na palavra:
PROTESTO - eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural e obterei a palavra (protestos), ou coloco-a no tempo passado e tenho (protestou). Quando isso é possível, dizemos que a palavra é da família das VARIÁVEIS, ela aceita flexionar sua formação.

Temos aqui, SEIS classes que são do grupo das variáveis:
1- Substantivo - Palavra que dá nome aos seres em geral.
Casa, sapato, carro, mesa...
Casarão,casebre, sapatos, sapatinho, carros, carrinho, mesas..
-Os substantivos aceitam flexão, portanto são variáveis.-

2- Artigo - Palavra que acompanha o substantivo determinando-o:
Uma casa, os sapatos, o carro, uma mesa
umas casas, o sapato, os carros, umas mesas...
Os artigos podem sofrer modificação e são usados no plural ou singular, portanto, também pertencem ao grupo das variáveis.

3- Adjetivo - palavra que expressa a qualidade ou característica do substantivo:
Casa bonita, sapato grande, carro novo, mesa pequena...
casas bonitas, sapatos grandes, carros novos, mesas pequenas...
Atenção com os numerais.
4- Numeral - palavra que quando flexionada pode indicar:
quantidade: Aqui trabalham três ajudantes.
ordem: Passei na USP em terceiro lugar.
múltiplo: Aquela casa tem o triplo do tamanho da minha.
fração: Um terço dos deputados votou contra o projeto.

5- Pronome - Palavra que acompanha ou substitui o substantivo, para indicar a pessoa do discurso:
Nossa casa, meu sapato, o carro dele, sua mesa...
Nossas casas, meus sapatos, o carro deles, suas mesas...

6- Verbo - Palavra que indica ação:
IR: irei, irá, iria, etc...
CASAR: casarei, casaremos, casarão
GOSTAR: gostou, gostei, gostará, gostaria, etc...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Vozes verbais são recorrentes nos vestibulares

As questões relativas às vozes verbais são bastante frequentes nos vestibulares. Geralmente o examinador pede ao candidato que faça transformações da voz ativa em passiva e vice-versa.

Voz verbal é uma categoria gramatical que indica a relação entre o sujeito, o verbo e o objeto da oração. O sujeito pode praticar ou sofrer a ação expressa pelo verbo. Se a pratica, a voz é ativa; se a sofre, a voz é passiva.


Em certa prova da Fuvest, transcrevia-se trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e pedia-se ao aluno que passasse os verbos para a voz passiva. O fragmento traz uma lembrança da infância do narrador, quando fazia suas traquinagens à vontade e dificilmente era admoestado por seu pai: "...e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade...". Os verbos estão na voz ativa, pois, em ambos os casos, o sujeito (elíptico) é que pratica a ação.

Na voz passiva, o objeto direto da ativa assume a função de sujeito. O objeto direto de "repreendia" é o pronome pessoal do caso oblíquo átono "me". Ao transformá-lo em sujeito, ele passa para o caso reto (eu). Ao verbo se acrescenta um auxiliar - normalmente o verbo ser - no mesmo tempo e modo do verbo da oração dada.

O segundo verbo, chamado verbo vicário, substitui o anterior, evitando uma repetição. Tem como objeto direto um pronome demonstrativo, não um pronome pessoal. A forma "o" equivale a isso. "Fazia-o" quer dizer, no contexto, "repreendia-me à vista de gente". Assim, na passiva, ao tornar-se sujeito, o pronome "o" não se converte em "ele" (caso reto), mas em "isso" (demonstrativo).
A forma "o" equivale a isso. "Fazia-o" quer dizer, no contexto, "repreendia-me à vista de gente". Assim, na passiva, ao tornar-se sujeito, o pronome "o" não se converte em "ele" (caso reto), mas em "isso" (demonstrativo). Então teremos: "...e se às vezes eu era repreendido à vista de gente, isso era feito por simples formalidade".

A utilização do diminutivo e do aumentativo

"Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo." É assim que Clarice Lispector nos apresenta a personagem principal do conto "Viagem a Petrópolis", para logo adiante acrescentar que atendia pelo nome de "Mocinha". Outro seria o efeito se a escritora afirmasse tratar-se de uma "velha seca".

Ao empregar o sufixo de grau diminutivo, além de intensificar a característica, a autora reforça a ideia de docilidade presente na descrição e retomada no nome da personagem, também um adjetivo acrescido do sufixo "-inha".

O uso do diminutivo é um recurso próprio da linguagem afetiva e, portanto, largamente encontrado na fala. A mãe que tenta convencer a criança a comer oferece-lhe um "bifinho", uma "sopinha". A comida caseira também é lembrada com carinho: uma "farofinha", um "feijãozinho".

Além de expressar noções positivas, pode o diminutivo conter carga negativa. Quando a palavra em grau normal denota coisa triste ou lamentável, o sufixo "-inho" traduz simpatia (pobrezinho, doentinho). Mas, quando ela tem sentido desfavorável, o sufixo conota "atenuação tolerante" (feinho, bobinho). Há sufixos de diminutivo cuja força depreciativa é flagrante. Um "jornaleco" jamais será um grande jornal.

O sentido depreciativo, entretanto, é associado geralmente aos sufixos de aumentativo. O tamanho excessivo é visto como algo feio e desproporcional. A ninguém agradará ouvir que tem um "narigão" ou um "cabeção". Se o sufixo "-ão" indicar agente de ação, a expressão assumirá claro sentido pejorativo. Não será nada elogioso chamar alguém de "fujão" nem de "mandão".

Ultimamente tais sufixos têm sido usados para apelidar estabelecimentos comerciais, como "varejão" ou "sacolão". São muitos os casos em que os diminutivos e aumentativos tiveram neutralizada a informação de tamanho, adquirindo novos significados. "Portão" e "cartão" já não remetem a grau aumentativo; "camisinha" não é uma camisa pequena; "folhinha" é sinônimo
Tal esvaziamento de sentido é mais observável entre os diminutivos de origem erudita, que carregam o sufixo "-ulo" (célula/cela, cutícula/cútis, glóbulo/globo, fascículo/feixe, óvulo/ovo). A própria palavra "óculos", de origem latina, ao pé da letra, quer dizer "olhinhos", assim como "ósculo", hoje sinônimo de beijo, é um diminutivo de boca, indicando o formato dos lábios de quem joga um beijo de longe. Que tal uma pausa para um "cafezinho"?

Macetes sobre Crase para resolver qualquer questão de concurso

Macetes sobre Crase para resolver qualquer questão de concurso
vamos aprender uns macetes:
I. Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outra masculina; se, diante da masculina, surgir "ao", diante da feminina, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Exemplos:
Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas. (Respondi aos questionários)
II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Contarei uma história a você. (Contarei uma história para você.)
Fui à Holanda. (Fui para a Holanda)
III. Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.S
Exemplos:
Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia. (Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase
a) antes de verbo:
Voltamos a contemplar a lua.
b) antes de palavras masculinas:
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza.
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
d) antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
e) em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos frente a frente.
Estamos cara a cara.
f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a empresários.
Crase facultativa
1. Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Julinana.
2. Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.

Crase não é acento, é convenção, logo não marca a tonicidade.

A crase é uma desgraça! Abaixo a crase! Serve pra quê? Ouvimos sempre essas reclamações dos alunos, porque ela incomoda mais que o elefante daquela musiquinha. Uma crase incomoda muita gente, duas crases...

Crase não é acento, é convenção, logo não marca a tonicidade. Os usuários (não do transporte coletivo, mas da língua) enfiam o acento grave conforme a eufonia. É forte, vai crase. Doce e grave engano.

O inusitado acontece por obra e graça de uma língua na qual a preposição e o artigo são idênticos: a. Daí à tragédia (com crase) é um passo. Os castelhanos perceberam o caos e se anteciparam: o artigo é la; e a preposição, a. Assim: Vamos a la casa de Maria é um enunciado claro, limpo, como a casa da própria.

Na outra ibérica língua, a de Fernando Pessoa, teríamos: Vamos aa casa de Maria. Quem daria crédito a esta grafia aa? Diriam tratar-se de coisa tipicamente lusitana. Bobagem reservada às (com crase) piadas.

De qualquer modo, experimente, heróico leitor dessa coluna, a pronúncia desses dois aas. Que tal? Não sentiu, por acaso, um bloqueio pulmonar? Logo, frisemos que o uso da crase é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Salvam-se os pulmões graças à (com crase) balsâmica crase.

Artifícios surgem como forma de evitar essa epidemia tão grave e aguda quanto a do Ebola. Troca-se a palavra à qual (com crase) a crase está ligada por uma masculina, surgindo ao, vai crase. Exemplo: Vai à praia. Vai ao litoral.

Adiante. Se a crase é a contração de a+a, ela poderá acontecer na frente de palavras femininas. Em Compro a crediário ou Compro a prazo temos o a como simples e inofensiva preposição, pois o artigo de prazo e de crediário é o. Pô!

Porém nada pode ser tão simples na vida do falante distraído da língua mãe de Bilac (cuidado! não disse falante da língua da mãe distraída do Bilac). Surgem, de inopino, não se sabe de onde, as locuções adverbiais femininas. Aqui não adiantam artifícios de troca por ao.
Surgem, de inopino, não se sabe de onde, as locuções adverbiais femininas. Aqui não adiantam artifícios de troca por ao. Exemplos: Dobrar à direita; Ricardão colocou as calças às pressas; Saiu às cegas catando o Ricardão; A mulher estava às apalpadelas com o Ricardão; Agarrou a colega à unha; Estava à toa na vida, quando o Ricardão chegou às escondidas.

A palavra "mesmo". Dicas para questões de concursos

A palavra "mesmo". Dicas para questões de concurso público.
"Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado no andar". A frase, colada ao lado da porta de elevadores em cada andar dos edifícios, traz o pronome "mesmo" empregado de maneira incorreta e virou motivo de piada na Internet.

Quem lê a frase percebe que ela é um pouco "estranha": quem é "o mesmo", que poderia estar parado no andar? Mas o que muita gente não sabe é que o motivo dessa estranheza é o emprego inadequado da palavra.

A placa que encontramos na porta dos elevadores é consequência de uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo. A norma obriga todos os edifícios da cidade a terem a tal placa na porta dos elevadores. E a lei estendeu-se por todo o país, difundindo o erro de gramática em edifícios de todo o Brasil.

O motivo do erro é simples. Diz a gramática que não se deve usar a palavra "mesmo" como pronome pessoal. A frase colocada nas placas dos elevadores deveria ser corrigida, e a palavra "mesmo" substituída por "ele": "verifique se ele se encontra..."

Esse erro ocorre porque, para evitar a repetição, muita gente utiliza "o mesmo", "a mesma", já que os pronomes "ele" e "ela" devem ser usados com cuidado. Na frase: "Conversamos com o juiz e o mesmo afirmou que...", tem-se a impressão de que não existe erro, uma vez que, para muitos, esse é um exemplo que segue rigorosamente a norma culta. No entanto, frases como essa são deselegantes. O melhor é substituir a palavra "mesmo" por um pronome pessoal "e ele afirmou que..." ou por um pronome relativo "o qual afirmou que...".
Mesmo como pronome demonstrativo
Na verdade, o pronome "mesmo" é demonstrativo. Sua função é retomar uma oração ou reforçar um termo de natureza substantiva. Dessa forma, tem-se:

"Ele é uma pessoa extremamente caridosa e espera que eu faça o mesmo". Na frase, o verbo vicário (fazer) e o pronome demonstrativo "mesmo" (que equivale a isso), juntos, evitam a repetição do conteúdo da oração anterior. Temos, portanto, um exemplo correto do emprego da palavra "mesmo".

Já não é o caso do seguinte exemplo: "Aos repórteres, o bandeirinha que anulou o gol afirmou conhecer as novas regras e o significado das mesmas". O emprego incorreto deve ser corrigido para "Aos repórteres, o bandeirinha que anulou o gol afirmou conhecer as novas regras e o significado delas".

sexta-feira, 8 de abril de 2011

As três dimensões do discurso: sintaxe, semântica, pragmática

As três dimensões do discurso: sintaxe, semântica, pragmática

Sintaxe

A complexidade da linguagem humana não se reduz às regras lógicas, pois o discurso pode ser analisado segundo diferentes perspectivas.

Podemos analisá-lo do ponto de vista da sua estrutura. É a sintaxe que analisa as relações entre os signos independentemente do que eles designam.

Um conjunto de letras postas ao acaso não é uma palavra; «lvroi» não é uma palavra. Para que se torne numa palavra do nosso código linguístico, a língua portuguesa, as letras terão de ser estruturadas segundo um certa ordem: «livro». Do mesmo modo, uma série de palavras só se constitui como uma frase quando as palavras se apresentam relacionadas de um certo modo desempenhando cada uma delas diferentes funções. As seguintes palavras « bom ler ando livro a um» só se constitui como uma frase se as palavras se apresentarem na ordem certa «ando a ler um bom livro». Também o discurso exige uma sequência de enunciados relacionados entre si de acordo com uma determinada ordem (sequencial, causal...).

Esta articulação obedece a regras; estabelecer e analisar tais regras é o objecto da sintaxe. Assim chamamos sintaxe a esta análise das regras que regem o encadeamento dos signos no interior dos diversos actos de fala ou de discurso.

A sintaxe de uma língua, por exemplo, estabelece as regras que definem:

• o lugar das palavras para a construção das frases;

• as relações de articulação entre as frases de modo a garantir a coerência do discurso.

A sintaxe lógica analisa os elementos formais que dão estrutura ou sequência aos enunciados ou proposições (uma proposição é, como veremos mais adiante, a tradução de um juízo numa linguagem; um juízo é uma operação lógica de ligação entre conceitos).
A sintaxe lógica analisa os elementos formais que dão estrutura ou sequência aos enunciados ou proposições (uma proposição é, como veremos mais adiante, a tradução de um juízo numa linguagem; um juízo é uma operação lógica de ligação entre conceitos).

A conexão sintáctica entre os enunciados é assegurada por uma série de termos de ligação, sem os quais não poderíamos relacionar diferentes proposições mas apenas construir proposições isoladas do tipo «o livro é bom» ou «o livro aborda o tema da linguagem», a que os lógicos chamam proposições atómicas por ligarem átomos linguísticos.

Para podermos relacioná-las e construir um discurso é necessário usar determinados signos do tipo «e», «ou», «se... então» que conferem ao discurso a sua estrutura. No exemplo citado, «o livro é bom e aborda o tema da linguagem». Podemos, então, concluir que a sintaxe lógica é o estudo das relações entre os signos e as proposições, abstraindo do seu significado, sendo, por isso, a teoria da construção de toda a linguagem lógica, pois trata da determinação das regras que permitem combinar os símbolos elementares de modo a construir proposições correctas; analisando os problemas postos pela definição das variáveis lógicas e respectivas relações, aborda o discurso apenas do ponto de vista da sua estrutura, isto é, da sua forma, para garantir a sua validade formal.

Vejamos um exemplo:

Nas proposições «Maria e João foram ao cinema» e «O livro e a caneta são azuis», a partícula «e» é que dá a forma, pois é o elemento de ligação (um conector ou functor) que marca a relação entre as variáveis, independentemente de serem Maria, João, livro ou caneta.
Nas proposições «Maria e João foram ao cinema» e «O livro e a caneta são azuis», a partícula «e» é que dá a forma, pois é o elemento de ligação (um conector ou functor) que marca a relação entre as variáveis, independentemente de serem Maria, João, livro ou caneta.

O que é um sintagma nominal?

O que é um sintagma nominal?
Em qualquer enunciado, os signos lingüísticos ligam-se uns aos outros formando grupos. Esses grupos são chamados sintagmas. Um sintagma nominal é um grupo que tem como base ou núcleo um substantivo ou termo equivalente:

As verdadeiras amizades nunca morrem.

No exemplo acima o sintagma nominal As verdadeiras amizades tem como núcleo o substantivo amizades. O sintagma nominal pode apresentar-se sob diferentes formas e exercer várias funções na frase, embora seja sempre o sujeito de alguma oração.

1. Sintagmas
Toda oração é formada por unidades de significado (os sintagmas) que se organizam de acordo com leis determinadas. As leis que organizam os sintagmas são chamadas sintagmáticas:

As margaridas murcharam.
(primeiro sintagma) (segundo sintagma)

Na frase acima, aparecem dois sintagmas. Se no primeiro grupo escrevêssemos Margaridas as, não teríamos um sintagma, pois tal seqüência estaria contrariando as leis sintagmáticas de nossa língua. Observe também que, nessa frase, o primeiro sintagma se organiza em torno de um substantivo ou nome.
É um sintagma nominal (SN). O segundo sintagma tem como base um verbo. É um sintagma verbal (SV).
Estrutura do Sintagma Nominal
2. Tipos de sintagma
Os sintagmas nominal e verbal são básicos numa oração. Além deles existem:


• Sintagma adjetival (SA)
• Sintagma adverbial (SAdv)
• Sintagma preposicional (SP)

Estrutura do Sintagma Nominal
O sintagma nominal pode ser formado por:

• Substantivo:
Eleonora é uma profissional excelente.
substantivo
• Determinante(s) + substantivo:
Aquela professora é excelente.
determinante+substantivo
• Determinante(s) + substantivo + adjetivo(s):
Aquela professora bonita é excelente.
determinante+substantivo+adjetivo
• Determinante(s) + substantivo + sintagma preposicional (SP):
Aquela professora de Artes é excelente.
determinante+substantivo+SP
• Determinante(s) + substantivo + oração adjetiva:
A professora que veio do Japão.
determinante+substantivo+oração adjetiva
• Pronome substantivo:
Ela é uma excelente profissional.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Locução Verbal - Dicas para concurso e vestibular

Locução Verbal

Locução verbal é o conjunto verbo auxiliar + verbo principal (no gerúndio ou no infinito). Também denominado perífrase verbal ou conjugação perifrástica.

Não se confunde a noção de locução verbal com a de tempo composto. O tempo composto sempre traz o verbo o verbo principal no particípio, além do quê faz parte da conjugação normal, possui um nome ( pretérito perfeito composto, futuro do presente composto, etc.); a locução verbal tem o verbo principal no gerúndio ou no infinitivo e é empregada para enunciar aspectos ou modos da ação.

Ao fazermos análise sintática, a locução verbal tem o valor de verbo único, justamente porque exprime uma só ação.

Quando o infinito pode ser transformado em uma só oração, não constitui com o verbo anterior uma locução verbal. Ex.:

O aluno finge entender o assunto (que entende) o assunto.
Penso estar (que estou) com razão.
Virgílio crê ser (que é) poeta.
Espero encontrar (que encontre) o caminho.
Cassilda julga dominar (que domina) o assunto.

A intenção do emissor é que determina, muitas vezes, a existência ou não de uma locução verbal.

o que devemos observar para construir um texto:

Em síntese, eis o que devemos observar para construir um texto:

1. O parágrafo é um conjunto de enunciados que se unem em torno de um mesmo sentido;
2. Não se deve esgotar o tema no primeiro parágrafo. Este deve apenas apontar a questão que vai ser desenvolvida;
3. O parágrafo seguinte é sempre uma retomada de algo que ficou inexplorado no parágrafo anterior ou anteriores. Pode ser uma palavra ou uma idéia que mereça ser desenvolvida;
4. Um texto é constituído por parágrafos interdependentes, sempre em torno de uma mesma idéia;
5. Reconheça mentalmente o que você sabe sobre o tema. É possível fazer um plano, mas talvez seja mais prático você listar as palavras-chave com que vai trabalhar. Preocupe-se com a seqüência do texto, utilizando os recursos de coesão de frase para frase e de parágrafo para parágrafo, sem perder de vista a coerência;
6. O parágrafo final deve retomar todo o texto para concluí-lo. Por isso, antes de escrevê-lo, releia tudo o que escreveu. A fim de fechar bem o texto, o parágrafo conclusivo deve retomar o que foi exposto no primeiro;
7. Todo texto representa o ponto de vista de quem o escreve. E quem escreve tem sempre uma proposta a ser discutida para poder chegar a uma conclusão sobre o assunto
8. O texto deve demonstrar coerência, que resulta de um bom domínio de sua arquitetura e do conhecimento da realidade. Deve-se levar em conta a unidade de idéias, aliada a um bom domínio das regras de coesão;
9. Desde que o tema seja de seu domínio e você tenha conhecimento dos princípios de coesão e da estrutura dos parágrafos, as dificuldades de escrever serão bem menores;
10. Leia tudo o que for possível sobre o tema a ser desenvolvido para que sua posição seja firme e bem fundamentada.

Na produção do seu texto, observe se as idéias estão bem articuladas, com seqüência lógica, com coerência argumentativa; siga as orientações de articulação de parágrafos a partir do desmembramento do parágrafo inicial. Não se esqueça de verificar também os aspectos relativos à forma.

Mãos à obra, aprende-se a escrever lendo e escrevendo. O único caminho para conseguir a nota máxima na redação é ter como prática diária o exercício de redação, faça pequenos textos, mesmo que seja paráfrase. O importante é ter intimidade com a atividade escrita.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ADJETIVO + ADJETIVO –

ADJETIVO + ADJETIVO – Só a segunda palavra pode variar. A primeira tem que ficar no masculino singular. Incluem-se aqui os adjetivos pátrios. Quando estão justapostos, o primeiro fica na sua forma erudita e reduzida. Veja uma lista de adjetivos pátrios reduzidos:
Portugal luso-brasileiro
Japão nipo-brasileiro
China sino-brasileiro
Alemanha teuto-brasileiro
França franco-brasileiro
Itália ítalo-brasileiro
Península Ibérica ibero-americano
África afro-brasileiro
Espanha hispano-americano
Índia indo-europeu
Itália ítalo-brasileiro
c) COMPOSTOS ESPECIAIS – Os adjetivos compostos seguintes são invariáveis: azul-marinho, azul-celeste, cor-de-rosa, furta-cor.
3. TAL QUAL
a) TAL – Deve sempre concordar com o substantivo a que se refere. Plural: tais.
b) TAL QUAL – A expressão tal qual, quando estabelece comparação entre dois seres, tem dupla concordância: o vocábulo tal concorda com o substantivo anterior, e qual concorda com o substantivo posterior.
c) TAL E QUAL – Quando o sentido é de “exatamente o mesmo”, pode-se usar, indiferentemente, “tal qual” ou “tal e qual”.
4. POSSÍVEL
a) O MAIS, O MENOS... – Possível fica invariável quando faz parte de expressão superlativa com a partícula “o”: o mais, o menos, o maior, o menor, o melhor, o pior.
b) QUANTO POSSÍVEL – A expressão quanto possível é invariável.

SE - Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + – se:

SE
Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + – se:

Se o termo que recebe a ação estiver no plural, o verbo deve ir para o plural, se estiver no singular, o verbo deve ir para o singular.

- Alugam-se cavalos.

“Alugar” é verbo transitivo direto.
“Cavalos” recebe a ação e está no plural, logo o verbo vai para o plural.

Aqui o “se” é chamado de partícula apassivadora (Cavalos são alugados).

Outros exemplos:

- Vendem-se casas.
- Alugam-se apartamentos.
- Exigem-se referências.
- Consertam-se pianos.
- Plastificam-se documentos.
- Entregou-se uma flor à mulher. (verbo transitivo direto e indireto)

OBS: Somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva.

Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular.

- Precisa-se de professores. (Precisar é verbo transitivo indireto)
- Trabalha-se muito aqui. (trabalhar é verbo intransitivo)

Nesse caso, o “se” é chamado de índice de indeterminação do sujeito ou partícula indeterminadora do sujeito.

DAR – BATER – SOAR (indicando horas)

Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente com ele.

- O relógio deu onze horas.
- O Relógio: sujeito
Deu: concorda com o sujeito.

Quando não houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da oração.

- Deram onze horas.
- Deram três horas no meu relógio.

SUJEITO COLETIVO (SUJEITO SIMPLES)

- O cardum- e escapou da rede.
- Os cardumes escaparam da rede.

Nesses dois exemplos o verbo concordou com o coletivo (sujeito simples).

Quando o sujeito é formado de um coletivo singular seguido de complemento no plural, admitem-se duas concordâncias:

1ª) verbo no singular.

- O bando de passarinhos cantava no jardim.
- Um grupo de professores acompanhou os estudantes.

2ª) o verbo pode ficar no plural, nesse caso o verbo no plural dará ênfase ao complemento.

- O bando de passarinhos cantavam no jardim.
- Um grupo de professores acompanharam os estudantes

SUJEITO CONSTITUÍDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM

SUJEITO CONSTITUÍDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM

QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo.

- Fui eu que falei. (eu falei)
- Fomos nós que falamos. (nós falamos)

QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).

- Fui eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)

Obs: nas expressões “um dos que”, “uma das que”, o verbo deve ir para o plural. Porém, alguns estudiosos e escritores aceitam ou usam a concordância no singular.

- João foi um dos que saíram.

PRONOME DE TRATAMENTO
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (ele – eles).

- Vossa Alteza deve viajar.
- Vossas Altezas devem viajar.

DAR – BATER – SOAR (indicando horas)
Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente

Derivação Regressiva - apostila online grátis de português para concurso

Derivação Regressiva - apostila online grátis de português para concurso
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)
compra (substantivo) beijo (substantivo)
Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:

agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)

Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.

Derivação Imprópria

A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:

1) Os adjetivos passam a substantivos

Por Exemplo:

Os bons serão contemplados.

2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos

Por Exemplo:

Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

3) Os infinitivos passam a substantivos

Por Exemplo:

O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivos

Por Exemplo:

O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbios

Por Exemplo:

Falei baixo para que ninguém escutasse.

6) Palavras invariáveis passam a substantivos

Por Exemplo:

Não entendo o porquê disso tudo.

7) Substantivos próprios tornam-se comuns.

Por Exemplo:

Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria".

domingo, 3 de abril de 2011

Você sabe usar os porquês?

Você sabe usar os porquês?
Em princípio, saibamos que existem quatro tipos de porquês:
porque (junto e sem acento), porquê (junto e com acento), por que (separado e sem acento) e por quê (separado e com acento).
Para usá-los corretamente, guarde esta manha:
veja se cabe a palavra MOTIVO após o que. Se couber, será, com certeza absoluta, POR QUE (separado).
Se não couber, será, obviamente, porque (junto e sem acento). Exemplos: Por que o céu é azul (Por que MOTIVO o céu é azul?)?; Não sei por que eu errei (Não sei por que MOTIVO eu errei); Sabe por que sou feliz (Sabe por que MOTIVO sou feliz?)?; Porque vivo tranqüilamente (Não coube MOTIVO após o que; em respostas ou explicações, o porque será sempre junto e sem acento).

Outro detalhe que deve ser guardado: em final de oração (antes de ponto, vírgula ou qualquer outro sinal de pontuação), o que sempre terá acento circunflexo (QUÊ), independentemente de estar acompanhado do por: Ele bateu nela? Ah! eu já sei por quê. (... eu já sei por que MOTIVO; o que foi acentuado por estar no fim da oração, antes do ponto);
Chegou e, sem saber por quê, começou a ser aplaudida (Chegou e, sem saber por que MOTIVO; o que foi acentuado por estar no fim da oração, antes da vírgula); Quê! Ela fez isso?( o que foi acentuado por estar no fim da oração, antes do ponto de exclamação)

Viu só? Basta conferir se cabe a palavra MOTIVO após o por que. Se couber, deve ser separado. Depois, observe se o que está no final de oração, antes de qualquer sinal (ponto, vírgula, ponto-e- vírgula, ponto de exclamação, interrogação, etc.). Se estiver, acento nele!

E o porquê (junto e com acento)? Nesse caso, será acompanhado, geralmente, de artigo (o, a, um, uma, que sempre acompanham um substantivo) ou de outras palavras que também acompanhem e determinem um nome (vários, muitos, esses, estes, aqueles, alguns, etc.). Porquê será, portanto, um substantivo, significando RAZÃO: Qual é o porquê da sua tristeza (Qual é a RAZÃO da sua tristeza?)?; Há vários