terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Verbos nocionais e não nocionais

Verbos nocionais e não nocionais

Sempre quando nos dispomos ao estudo dos fatos linguísticos, uma particularidade que tão logo ressurge é o fato de eles se encontrarem interdependentes entre si. Não raro ocorre com os verbos em questão, uma vez que para compreendermos acerca da transitividade verbal, precisamos, primeiramente, estabelecermos familiaridade com tais.


Assim sendo, temos que os verbos nocionais são aqueles que exprimem processos, ou seja, indicam ação, acontecimento, fenômeno da natureza, desejo, atividade mental, entre outros aspectos. A título de representá-los, voltemos nossa atenção para os exemplos que seguem:

trovejar
relampejar
querer
pensar
esbravejar
estudar
desejar
pretender
nascer, entre muitos outros.

Os denominados não nocionais são os que exprimem a ideia de estado (modo de ser ou estar a que se relaciona o sujeito).
Em virtude desse fato, são mais conhecidos como “verbos de ligação”, uma vez que têm a incumbência de ligar o sujeito a uma característica (qualidade), perfeitamente constatável mediante o enunciado subsequente:


A garota está aflita.

Temos um sujeito simples – a garota
Temos também um predicado – está aflita, representado por um verbo de ligação, que liga o adjetivo “aflita” ao sujeito anteriormente enfatizado.


Integrando os verbos não nocionais, estão:

ser
estar
permanecer
ficar
andar
virar
tornar-se
achar-se
passar, etc.


Com base em tais pressupostos, há um alguns pormenores aos quais devemos estar atentos:


* Alguns verbos, dependendo do contexto em que se encontrarem inseridos, podem ora ocupar a função de nocionais, ora aquela de não nocionais. O que permitirá a distinção é exatamente a análise contextual. Assim, no intuito de constatar como realmente se efetiva esta ocorrência, analisemos:

Aquela menina anda depressa.
Estamos diante de um verbo nocional, visto que este indica ação.

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