quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Os verbos de ligação – traços peculiares

Os verbos de ligação – traços peculiares
O primeiro conceito que se atribui aos chamados “verbos de ligação” é que estes são representados pelos verbos ser, estar, permanecer, ficar, parecer, continuar. Contudo, há que se ressaltar que tais concepções denotam um caráter um tanto quanto superficial, dada a complexidade da qual se perfazem os fatos linguísticos. Em função disso, uma compreensão acerca dos mínimos traços que os demarcam funciona como ponto de partida para entendermos como estes fatos realmente se materializam.

Dessa forma, precisamos nos conscientizar de que tal conceituação vai muito além daquela anteriormente retratada, pois há um aspecto de total relevância e que precisa ser mencionado: o fato de serem assim denominados em virtude de ligarem o sujeito a uma característica, a uma qualidade – ora denominada de predicativo do sujeito. Portanto, ao analisarmos o enunciado subsequente, obtemos:

A humildade é uma virtude.

Constata-se que o termo “virtude” tem a função de qualificar o sujeito expresso pelo vocábulo “humildade”. Assim sendo, é bom que estejamos atentos a um detalhe: nem sempre o predicativo do sujeito é representado por um adjetivo, haja vista que no caso em questão se trata de um substantivo abstrato (virtude).

Com base nesses pressupostos, partamos então para as peculiaridades inerentes aos verbos de ligação, materializadas pelas seguintes circunstâncias:

* O verbo “ser” pode também ser intransitivo quando se referir ao sentido de realizar-se, ocorrer, estando sempre acompanhado de um adjunto adverbial de tempo ou lugar.

As manifestações serão na Praça da Matriz.
(sujeito) (Verbo intransitivo)

Identificamos que o termo em destaque se classifica como adjunto adverbial de lugar.

* Os verbos estar, permanecer, ficar e continuar poderão se classificar como intransitivos quando indicarem a posição do sujeito num dado lugar.

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