quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Letra Maiúscula

Letra Maiúscula


Emprega-se letra inicial maiúscula
1.º - No começo do período, verso ou citação direta: Disse o PADRE ANTONIO VIEIRA: “Estar com CRISTO em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” “Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da Esperança...” (CASTRO ALVES)

OBSERVAÇÃO – Alguns poetas usam, à espanhola, a minúscula no princípio de cada verso quando a pontuação o permite, como se vê em CASTILHO: “Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir-me o candeeiro, gozo o bem de estar sòzinho e esquecer o mundo inteiro.”

2.º - Nos substantivos próprios de qualquer espécie – antropônimos, topônimos, patronímicos, cognomes, alcunhas, tribos e castas, designações de comunidades religiosas e políticas, nomes sagrados e relativos a religiões, entidades mitológicas e astronômicas, etc.: José, Maria, Macedo, Freitas, Brasil, América, Guanabara, Tietê, Atlântico, Antoninos, Afrosinhos, Conquistador, Magnânimo, Coração de Leão, Sem Pavor, Deus, Jeová, Alá, Assunção, Ressurreição, Júpiter, Baco, Cérbero, Via-Láctea, Canopo, Vênus, etc.

OBSERVAÇÃO 1.ª – As formas onomásticas que entram na composição de palavras do vocabulário comum escrevem-se com inicial minúscula quando constituem, com os elementos que se ligam por hífen, uma unidade semântica; quando não constituem unidade semântica, devem ser escritas sem hífen e com inicial maiúscula: água-de-colônia, joão-de-barro, maria-rosa (palmeira), etc.; Além, Andes, aquém Atlântico, etc.

OBSERVAÇÃO 2.ª – Os nomes de povos escrevem-se com inicial minúscula, não só quando designam habitantes ou naturais de um estado, província, cidade, vila ou distrito, mas ainda quando representam coletivamente uma nação: amazonenses, baianos, estremenhos, fluminenses, guarapuavanos, jequienses, paulistas, pontalenses, romenos, russos, suíços, uruguaios, venezuelanos, etc.
3.º - Nos nomes próprios de eras históricas e épocas notáveis: Hégira, Idade Média, Quinhentos (século XVI); Seiscentos (o século XVII), etc.

OBSERVAÇÃO – Os nomes dos meses devem escrever-se com inicial minúscula: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agôsto, setembro, outubro, novembro e dezembro.

4.º - Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Rio Branco, Beco do Carmo, Largo da Carioca, Praia do Flamengo, Praça da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de São Francisco, Travessa do Comércio, etc.

5.º - Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc.

OBSERVAÇÃO – Êsses nomes se escrevem com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.

6.º - Nos nomes que designam artes, ciências ou disciplinas, bem como nos que sintetizam, em sentido elevado, as manifestações do engenho do saber: Agricultura, Arquitetura, Educação Física, Filologia Portuguêsa, Direito, Medicina, Engenharia, História do Brasil, Geografia, Matemática, Pintura, Arte, Ciência, Cultura, etc.

OBSERVAÇÃO: Os nomes idioma, idioma pátrio, língua, língua portuguêsa, vernáculo e outros análogos escrevem-se com inicial maiúscula quando empregados com especial relêvo.

7.º - Nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo, Patriarca, Vigário, Vigário- Geral, Presidente da República, Ministro da Educação, Governador do Estado, Embaixador, Almirantado, Secretário de Estado, etc.
8.º - Os nomes de repartições, corporações ou agremiações, edifícios, e estabelecimentos públicos ou particulares: Diretoria-Geral do Ensino, Inspetoria de Ensino Superior, Ministério das Relações Exteriores, Academia Paranaense de Letras, Círculo de Estudos “Bandeirantes”, Presidência da República, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Tesouro do Estado, Departamento Administrativo do Serviço Público, Banco do Brasil, Imprensa Nacional, Teatro de São José, Tipografia Rolandiana, etc.
9.º - Nos títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias e científicas: Imitação de Cristo, Horas Marianas, Correio da Manhã, Revista Filológica, Transfiguração (de RAFAEL), Norma (de BELLINI), O Guarani (de CARLOS GOMES), O Espírito das Leis (de MONTESQUIEU), etc.

OBSERVAÇÃO – Não se escrevem com maiúscula inicial as partículas monossilábicas que se acham no interior de vocábulos compostos ou de locuções ou expressões que têm iniciais maiúsculas: Queda do Império, O Crepúsculo dos Deuses, Histórias sem Data, A Mão e a Luva, Festas e Tradições Populares do Brasil, etc.

10.º - Nos nomes de fatos históricos importantes, de atos solenes e de grandes empreendimentos públicos: Centenário da Independência do Brasil, Descobrimento da América, Questão Religiosa, Reforma Ortográfica, Acôrdo Luso-Brasileiro, Exposição Nacional, Festa das Mães, Dia do Município, Glorificação da Língua Portuguesa, etc.

OBSERVAÇÃO – Os nomes das festas pagãs ou populares escrevem-se com inicial minúscula: carnaval, entrudo, saturnais, etc.

11.º - Nos nomes de escolas de qualquer espécie ou grau de ensino: Faculdade de Filosofia, Escola Superior de Comércio, Ginásio do Estado, Colégio de Pedro II, Instituto de Educação, Grupo Escolar de Machado de Assis, etc.

12.º - Nos nomes comuns, quando personificados ou individuados, e de sêres morais ou fictícios: A Capital da República, A Transbrasiliana, moro na Capital, o Natal de Jesus, o Poeta Camões, a ciência da Antiguidade, os habitantes da Península, a Bondade, a Virtude, o Amor, aIra, o Mêdo, o Lôbo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, etc.

OBSERVAÇÃO – Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades da República quando empregados em correspondência ou documentos oficiais. A Lei de 13 de maio, o Decreto-Lei n.o 292, o Decreto n.o 20.108, a Portaria de 15 de junho, o Regulamento n.o 737, o Acórdão de 3 de agosto, etc.

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