sábado, 19 de fevereiro de 2011

Fonema e letra

Fonema e letra
A palavra falada é formada por combinações de unidades mínimas de som (fonemas).
(F) (O) (N) (E) (M) (A) (S)
Observe que na na palavra acima temos 7 sons: FE, O, NE, E, ME, A e SE, compondo a palavra FONEMAS, mas também temos 7 letras.
Na escrita, a representação do fonema ocorre através de letras. Por isso, o fonema não pode ser confundido com a letra.
O fonema é a menor unidade sonora da língua, enquanto a letra é um sinal gráfico e visual, cuja função é representar o fonema de acordo com as normas da língua.
A correspondência entre letra e som não ocorre em todas as situações, pois uma mesma letra pode representar fonemas distintos, como o x nas palavras:
PRÓXIMO, EXATO E FEIXE
em próximo temos X com som de C
em exato temos X com som de Z
em feixe temos X com som de CH
Mas, há casos em que letras distintas representam o mesmo som, como acontece com as palavras:
SECO, CEDO, LAÇO e PRÓXIMO
Todas as palavras têm som de SS, mas são letras diferentes
Por fim, nota-se que uma letra pode representar mais de um fonema, como fixo, cuja leitura é

FIKSO ( 4 letras e 5 fonemas)

enquanto existe letra que não tem som, como o h em

HORA ( 4 letras, mas 3 fonemas)

Temos ainda os sons ora representados por uma só letra, ora por duas como

xícara/chinelo, gato/guitarra e rabo/carro.



Fonema é a menor unidade sonora da fala; é o som elementar e distintivo que, articulado e combinado com outro ou outros fonemas, forma as sílabas, que, por sua vez, formam as palavras, e estas formam as frases, as orações, o discurso, enfim.



Não confundamos, pois, letra com fonema. Quando falamos, emitimos fonemas, isto é, sons. Na palavra bala, por exemplo, emitimos quatro sons, ou seja, quatro fonemas:
/b/ = fonema bê;

/á/ = fonema á;

/l/ = fonema lê;

/a/ = fonema a.
Quando escrevemos, contudo, fazemos uso de letras, que nada mais são do que símbolos gráficos representativos dos fonemas. Portanto, letra e fonema não se confundem __ fonema é som, aquilo que ouvimos; letra é símbolo gráfico, aquilo que vemos.

Além de ser a menor unidade sonora da palavra, os fonemas têm valor distintivo. Por que têm valor distintivo? Porque a mudança de um único fonema acarreta, entre duas ou mais palavras, diferença de significado. Ex.:

cal - mal - sal - tal;

são - pão - não - cão;

bala - bola - bula.

Geralmente, como nos casos expostos acima, uma palavra possui o mesmo número de fonemas e de letras. No entanto, como nosso sistema ortográfico não é rigorosamente fonético, nem sempre isso ocorre. A palavra bala, por exemplo, possui quatro fonemas e quatro letras. Chuva, porém, possui cinco letras e apenas quatro fonemas, uma vez que as letras c e h representam, juntas, um único fonema: /x/ (o fonema xê). Essa união de duas letras para formar um só fonema recebe o nome de dígrafo ou digrama.

A letra x, por outro lado, pode, às vezes, representar dois fonemas ao mesmo tempo, um fonema dúplice. É o que ocorre na palavra fixo: o x, neste caso, representa dois fonemas distintos: /k/ e /s/. Devemos, aliás, ressaltar que a letra x pode representar em nossa língua vários fonemas. Se não, vejamos:



- exame - representa o fonema /z/ (zê);

- sintaxe - representa o fonema /s/ (sê);

- experiência - representa o fonema /s/ prolongado (= estranho);

- xícara - representa o fonema /s’/ (xê);

- táxi - representa o fonema dúplice, como já abordamos, /k/ e /s/ (quê e sê)
Letra
É o sinal gráfico da escrita.
Exemplos:
pipoca – tem 6 letras
hoje – tem 4 letras

Fonema

É o som da fala.
Exemplos:
pipoca – tem 6 fonemas
Hoje – tem 3 fonemas

*Observe de acordo com os exemplos que o número de letras e fonemas não precisão ter a mesma quantidade.

Chuva – tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único som.


Hipopótamo – tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” não tem som.


Galinha – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem um único som.


Pássaro – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem um único som.


Nascimento – 10 letras e 8 fonemas, já que não se pronuncia o “s” e o “en” tem um único som.


Exceção – 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o “x”.


Táxi – 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”.


Guitarra – 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um único som e o “rr” também tem um único som.


Queijo – 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único som.



Repare que através do exemplo a mudança de apenas uma letra ou fonema gera novas palavras.

C A V A L O
C A V A D O
C A L A D O
C O L A D O
S O L A D O
Os fonemas são classificados em vogais, consoantes e semivogais:

As vogais são sons produzidos sem obstáculos para a passagem de ar, que passa livremente pela boca, oriundo do pulmão. Sua emissão é independente de outro fonema, por isso constitui a base da sílaba.

Os sons das vogais produzem-se a partir do diferentes posicionamentos dos músculos da boca, constituídos pela língua, pelos lábios e pelo véu palatino, formando o seguinte quadro:

a) modificação do véu palatino:

vogais orais: a corrente de ar vibrante passa pela cavidade bucal, formando sete fonemas vocálicos orais: i, e, é, a, ó, o, u (fica, veja, vela, pá, bola, coma, pula).
vogais nasais: corrente de ar vibrante passa pelas cavidades bucal e nasal, formando cinco fonemas vocálicos nasais: linda, tenta, banda, onda, fundo.
b) elevação da língua na região do céu da boca:

vogais anteriores: emitidas com abertura média da boca (linda, fica, tenta, vela, veja).
vogais centrais: emitidas com abertura total da boca (banda, pá).
vogais posteriores: emitidas com abertura inferior a 50% da boca (fundo, pula, onda, bola, coma).
Essa abertura da boca também estará relacionada à consoante que segue a vocal, por isso a pronúncia precisa ser casada entre posição de abertura da vogal e da consoante.

c) elevação da parte mais alta da língua:

vogais altas: máxima elevação da língua para o céu da boca (fica, linda, pula, fundo).
vogais médias: a elevação é média (veja, tenta, vela, coma, tonta, bola).
vogais baixas: a elevação é mínima (pá, banda).
As consoantes são fonemas produzidos através da obstrução do ar proveniente do pulmão, precisando de uma vogal para ser emitidos. Esses obstáculos podem ser totais ou parciais, a partir da posição da língua e dos lábios.

As consoantes apresentam quatro critérios de classificação:

modo de articulação: responsável pela identificação do obstáculo que ocorre durante a passagem do ar pela boca.
As consoantes são fonemas produzidos através da obstrução do ar proveniente do pulmão, precisando de uma vogal para ser emitidos. Esses obstáculos podem ser totais ou parciais, a partir da posição da língua e dos lábios.

As consoantes apresentam quatro critérios de classificação:

modo de articulação: responsável pela identificação do obstáculo que ocorre durante a passagem do ar pela boca.
Se a corrente de ar encontrar um obstáculo total, essas consoantes serão classificadas como oclusivas (p, b, t, d, k e g).

Se o obstáculo for parcial, as consoantes serão chamadas constritivas (compressão), podendo ser fricativas (fricção do ar através de uma fenda no meio da boca), laterais (o ar sai pelos lados da boca) e vibrantes (quando ocorre a vibração da língua ou do véu palatal).

A classificação das consoantes constritivas ocorre da seguinte maneira:

- constritivas fricativas: f, v, s, z, x, j;

- constritivas laterais: l, lh;

- constritivas vibrantes: r, rr
ponto de articulação: identifica em qual ponto da cavidade bucal localiza-se o obstáculo para a passagem do ar.
O ponto de articulação classifica-se em consoantes bilabiais (contato entre os lábios superior e inferior), labiodentais (o lábio inferior tem contato com os dentes incisivos superiores), linguodentais (contato entre a língua e a face interna dos dentes incisivos superiores), alveolares (contato da língua com os alvéolos dos dentes incisivos superiores), palatais (o dorso da língua toca o céu da boca) e velares (parte posterior da língua tem contato com o véu palatino).

Essa classificação permite a seguinte divisão das consoantes quanto ao ponto de articulação:

- bilabiais: p, b, m;

- labiodentais: f, v;

- linguodentais: t, d, n;

- alveolares - s, z, l, r;

- palatais: x, j, lh, nh;

- velares: k, g, rr.

papel das cordas vocais: permite observar se ocorre ou não vibração das cordas vocais. Quando ocorrer a vibração a consoante é chamada de sonora, já quando não ocorre, ela é chamada de surda.
As consoantes surdas e sonoras da língua portuguesa podem ser divididas em seis pares:

SURDAS
SONORAS

p

t

k

f

s

x
b

d

g

v

z

j
papel das cavidades bucal e nasal: verifica se a passagem do ar ocorre somente pela cavidade bucal ou se passa pela cavidade nasal.
De acordo com a passagem do ar as consoantes são classificadas em orais ou nasais. As consoantes nasais da língua portuguesa são três (m, n, nh), todas as demais são orais.

Já as semivogais sempre acompanham um vogal, formando sílaba com ela. Na língua escrita às semivogais são representadas pelo "i" e "u", podendo em alguns casos serem representadas pelo "e" e "o".

Deve-se observar também que a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra vogal na mesma sílaba, esta será semivogal.
As consoantes são fonemas produzidos através da obstrução do ar proveniente do pulmão, precisando de uma vogal para ser emitidos. Esses obstáculos podem ser totais ou parciais, a partir da posição da língua e dos lábios.

As consoantes apresentam quatro critérios de classificação:

modo de articulação: responsável pela identificação do obstáculo que ocorre durante a passagem do ar pela boca.
Se a corrente de ar encontrar um obstáculo total, essas consoantes serão classificadas como oclusivas (p, b, t, d, k e g).

Se o obstáculo for parcial, as consoantes serão chamadas constritivas (compressão), podendo ser fricativas (fricção do ar através de uma fenda no meio da boca), laterais (o ar sai pelos lados da boca) e vibrantes (quando ocorre a vibração da língua ou do véu palatal).

A classificação das consoantes constritivas ocorre da seguinte maneira:

- constritivas fricativas: f, v, s, z, x, j;

- constritivas laterais: l, lh;

- constritivas vibrantes: r, rr

ponto de articulação: identifica em qual ponto da cavidade bucal localiza-se o obstáculo para a passagem do ar.
O ponto de articulação classifica-se em consoantes bilabiais (contato entre os lábios superior e inferior), labiodentais (o lábio inferior tem contato com os dentes incisivos superiores), linguodentais (contato entre a língua e a face interna dos dentes incisivos superiores), alveolares (contato da língua com os alvéolos dos dentes incisivos superiores), palatais (o dorso da língua toca o céu da boca) e velares (parte posterior da língua tem contato com o véu palatino).

Essa classificação permite a seguinte divisão das consoantes quanto ao ponto de articulação:

- bilabiais: p, b, m;

- labiodentais: f, v;

- linguodentais: t, d, n;

- alveolares - s, z, l, r;

- palatais: x, j, lh, nh;

- velares: k, g, rr.

papel das cordas vocais: permite observar se ocorre ou não vibração das cordas vocais. Quando ocorrer a vibração a consoante é chamada de sonora, já quando não ocorre, ela é chamada de surda.

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