sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quem ou que? Dica de português para concurso

Fique atento para os principais assuntos de português que costumam cair em prova de concurso.

Quem ou que?
Foi ela quem me disse ou Foi ela que me disse?

Sempre usam “que” e, de repente, alguém aparece e diz: caso você se refira a uma pessoa, use “quem”!

Então, passamos a usar “quem” até que encontramos em um jornal conceituado: O ministro da educação foi que disse que nada mudaria com a nova lei!

Não deveria ser “quem disse”?

Resolução do problema: Quando nos referimos a pessoas, podemos utilizar tanto o pronome relativo “que” quanto “quem”. Cabe ao indivíduo decidir e ter bom senso em não ficar repetindo o “que” em todas as ocasiões, uma vez que este pode se substituído por: quem, o qual, a qual, os quais, as quais.

a) Foi ela que disse que não era para fazer daquela cobertura de chocolate que a Ana fez, que engorda.

A repetição de “quês” na oração acima empobrece o enunciado e o torna cansativo. Veja como fica melhor com as substituições e mudanças cabíveis, sem alteração no sentido:

a) Foi ela quem disse para não fazer daquela cobertura que a Ana fez, a qual engorda.

É menos comum vermos frases do tipo: João, quem trouxe o refrigerante, não podia beber gelado. Mas não está errada!

Há uma observação a se fazer:

Quando utilizar “que”, o verbo deverá concordar com o antecedente deste pronome:

a) Fui eu que disse
b) Foste tu que disseste
c) Foi ele que disse
d) Fomos nós que dissemos
e) Fostes vós que dissestes
f) Foram eles que disseram

E quando utilizar “quem”, o verbo ficará, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular:

a) Fui eu quem disse
b) Foste tu quem disse
c) Foi ela quem disse
d) Fomos nós quem disse
e) Fostes vós quem disse
f) Foram eles quem disse

Veja: Eles disseram que não queriam ir.
Quem disse isso foram eles.

Quem ou que?
A repetição de “quês” na oração acima empobrece o enunciado e o torna cansativo. Veja como fica melhor com as substituições e mudanças cabíveis, sem alteração no sentido:

a) Foi ela quem disse para não fazer daquela cobertura que a Ana fez, a qual engorda.

É menos comum vermos frases do tipo: João, quem trouxe o refrigerante, não podia beber gelado. Mas não está errada!

Há uma observação a se fazer:

Quando utilizar “que”, o verbo deverá concordar com o antecedente deste pronome:

a) Fui eu que disse
b) Foste tu que disseste
c) Foi ele que disse
d) Fomos nós que dissemos
e) Fostes vós que dissestes
f) Foram eles que disseram

E quando utilizar “quem”, o verbo ficará, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular:

a) Fui eu quem disse
b) Foste tu quem disse
c) Foi ela quem disse
d) Fomos nós quem disse
e) Fostes vós quem disse
f) Foram eles quem disse

Veja: Eles disseram que não queriam ir.
Quem disse isso foram eles.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pronomes possessivos

Assunto atualizado para quem está estudando para vestibular e Enem.

Pronomes possessivos: Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso,atribuindo-lhes a posse de alguma coisa

Formas dos pronomes possessivos:

1a pessoa do singular – meu, minha, meus, minhas

2a pessoa do singular – teu, tua, teus, tuas

3a pessoa do singular - seu, sua, seus, suas

1a pessoa do plural – nosso, nossa, nossos, nossas

2a pessoa do plural – vosso, vossa, vossos, vossas

3a pessoa do plural - seu, sua, seus, suas


Exemplos:

•Eu esqueci meu livro na casa de pedro.
•Aquela bicicleta é tua?
•Você está convidado a comparecer em nosso churrasco.

Pronomes demonstrativos: São aqueles que indicam o lugar, a posição ou a identidade dos seres. Exemplo:

•Compro este carro (O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.)
•Compro esse carro (O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala)
•Compro aquele carro (O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo)
Aos pronomes este, esse, aquele, correspondem isto, isso, aquilo, que são invariáveis e se exclusivamente como substitutos dos substantivos. Exemplos:

•Isto é meu
•Isso que você está levando é seu?
•Aquilo que João está levando não é dele.

Pronomes relativos: são palavras que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionadas. Daí denominaram-se relativos. Exemplo:


•João comprou a casa que lhe convinha.
•A palavra que representa o nome casa, relaciona – se com o termo casa: é um pronome relativo.
•João comprou a casa que lhe convinha.
•A palavra que representa o nome casa, relaciona – se com o termo casa: é um pronome relativo.
Outros exemplos:

•O lugar onde paramos era deserto
•Traga tudo quanto lhe pertence


Pronomes indefinidos:

São pronomes indefinidos substantivos: Algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.

Exemplos:

•Algo o incomoda?
•Quem avisa amigo é.
•Encontrei quem pode me ajudar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Palavras e expressões que provocam dúvidas

Palavras e expressões que provocam dúvidas

Uso da forma impessoal do verbo 'haver'

O verbo 'haver' é impessoal quando significa existir, acontecer ou quando indica tempo passado.Nessa forma, o verbo não admite sujeito, só objeto direto. Portanto, não pode ser feita a concordância de número e pessoa entre o verbo e o sujeito, como acontece no exemplo abaixo:
Errado Certo
Haviam muitos torcedores no estádio. Havia muitos torcedores no estádio.



O uso correto desse verbo exige sempre a 3ª pessoa do singular. A concordância é a mesma quando se trata de uma locução verbal:

Errado Certo
Devem haver soluções mais práticas do que estas. Deve haver soluções mais práticas do que estas.



Verbo 'fazer' no sentido de tempo passado

Em frases do tipo: Faz dez anos que não venho aqui.

O sujeito do verbo 'fazer' é a oração que não venho aqui. Portanto, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular:

Errado Certo
Fazem meses que não chove. Faz meses que não chove.






A concordância é a mesma do caso acima quando se trata de uma locução verbal (o verbo auxiliar fica na 3ª pessoa do singular):

Errado Certo
Vão fazer três anos que eu não tiro férias. Vai fazer três anos que eu não tiro férias.



Regência verbal

São também freqüentes as dúvidas sobre a regência de alguns verbos. É comum as pessoas se perguntarem se tais verbos exigem ou não preposição ou se os seus complementos são objetos diretos ou indiretos.

Veja as orações abaixo:

Errado Certo
Aspiro um emprego melhor. Aspiro um emprego melhor.
Quero convidar-lhe para a minha festa. Quero convidá-lo para a minha festa.


O verbo aspirar, no sentido de desejar, é transitivo indireto; exige a preposição a. E o verbo convidar é transitivo direto; portanto, seu complemento é um objeto direto (o).

Entre os diversos verbos cujas regências causam dúvidas, destacam-se:

• Verbos transitivos indiretos
Aspirar a um mundo melhor.
Assistir ao espetáculo.
• Verbos transitivos diretos
Abraçar alguém→ abraçá-lo
Aspirar o → ar aspirá-lo
Cumprimentar alguém → cumprimentá-lo
Prejudicar alguém → prejudicá-lo
Visar o cheque → visá-lo


Atenção: embora no exemplo abaixo a regência não seja recomendada pela norma culta, é consagrada e aceita pelo uso:

Assistir o filme.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Causa

A idéia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato. As orações subordinadas adverbiais que exprimem causa são chamadas causais. A conjunção subordinativa mais utilizada para a expressão dessa circunstância é "porque". Outras conjunções e locuções conjuntivas muito utilizadas são "como" (sempre introduzindo oração adverbial causal anteposta à principal), "pois", "já que", "uma vez que", "visto que".

Exemplos:
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve outra alternativa a não ser cancelá-lo.
Já que você não vai, eu não vou.

Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento),
é sempre consultado. (reduzida de infinitivo)

Conseqüência

A ideia de conseqüência está ligada àquilo que é provocado por um determinado fato. As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem o efeito, a conseqüência daquilo que se declara na oração principal. Essa circunstância é normalmente introduzida pela conjunção "que", quase sempre precedida, na oração principal, de termos intensivos, como "tão, tal, tanto, tamanho".

Exemplos:
A chuva foi tão forte que em poucos minutos as ruas ficaram alagadas.
Tal era sua indignação que imediatamente se uniu aos manifestantes.
Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.
Condição

Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. A conjunção mais utilizada para introduzir essas orações é "se"; além dela, podem-se utilizar "caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a menos que, sem que, uma vez que" (seguida do verbo no subjuntivo).

Exemplos:
Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o contrato.
Caso você se case, convide-me para a festa.
Não saia sem que eu permita.
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será o campeão.
Conhecendo os alunos ( = Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (oração reduzida de gerúndio)

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS - aula para o Enem

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS - aula para o Enem
Uma oração subordinada adverbial exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal.
Exemplos:
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida.
Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida.
No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal senti. No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando vi o mar", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida, já que é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (vi, do pretérito perfeito do indicativo).
Seria possível reduzi-la, obtendo algo como: Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida. "Ao ver o mar" é uma oração reduzida porque apresenta uma das formas nominais do verbo (ver é infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (a, combinada com o artigo o).
Se você já estudou os adjuntos adverbiais, você viu que sua classificação é feita com base nas circunstâncias que exprimem. Com as orações subordinadas adverbiais ocorre a mesma coisa.
A diferença fica por conta da quantidade: há apenas nove tipos de orações subordinadas adverbiais, enquanto os adjuntos adverbiais são pelo menos quinze. As orações adverbiais adquirem grande importância para a articulação adequada de idéias e fatos e por isso são fundamentais num texto dissertativo.
Você terá agora um estudo pormenorizado das circunstâncias expressas pelas orações subordinadas adverbiais. É importante compreender bem essas circunstâncias e observar atentamente as conjunções e locuções conjuntivas utilizadas em cada caso.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dicas e técnicas de estudo

Dicas e técnicas de estudo

Alimentação turbinada para melhorar o rendimento nos estudos
Na hora de estudar, não basta apenas estar com caderno e lápis na mão: uma mente preparada para absorver conhecimento é imprescindível. Parece simples, mas não é. Muita gente encontra dificuldades para assimilar o que está estudando, seja por sono, por problemas para se concentrar, ou por não conseguir armazenar tanta informação. É nessa hora que a alimentação faz a diferença. O que você ingere interfere diretamente no seu rendimento nos estudos.
"Os estudos podem ser prejudicados por uma alimentação desorganizada e pobre em nutrientes", diz Fernanda Pisciolaro, nutricionista e membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
Além disso, regular os horários das refeições também é importante. "É necessário comer pequenas quantidades de alimentos, fracionadas em várias refeições, para facilitar a digestão", conclui.

Aprenda a eliminar pequenos problemas que se podem se tornar um problemão. Confira a seguir:
· Ansiedade: Quando uma prova está próxima demais e parece que o cérebro não absorve nada, surge a ansiedade. Como resultado, vem aquela vontade de "devorar" os livros, mesmo que nenhuma informação seja armazenada no processo. Alimentos como café, açúcar e chocolate estão na lista dos preferidos por quem sofre de ansiedade. Porém, eles devem ser evitados, pois aliviam apenas momentaneamente o nervosismo, que pode voltar depois com intensidade até maior.
A dica é consumir queijo branco, arroz, castanhas, soja, além de leite e iogurte desnatados, que são ricos em triptofano, substância que gera um bom resultado na tentativa de eliminar a ansiedade.

Falta de concentração: Não permita que sua concentração dê um passeio na hora dos estudos, o famoso “viajar na maionese”. A fim de evitar que o pensamento fique disperso, a dica é ingerir alimentos que sejam fonte rápida de energia.

Concordância: "é que"

Concordância: "é que"

O verbo "ser" não varia quando faz parte da expressão de realce "é que": "Os repórteres é que estão certos".

Observe que, por ser um termo de realce, ou seja, um enfeite, essa expressão pode sair da frase: "Os repórteres estão certos".

Se, porém, o sujeito ficar entre “ser” e “que”, o verbo irá para o plural: “São os repórteres que estão certos”.

Destaque-se ainda que, quando não puder sair da frase, o "é que" não será expressão de realce e, assim sendo, o verbo normalmente se flexionará.

Este é o caso de "As estimativas são que mil empresas estão irregulares no Estado".

Sujeito substantivo coletivo - aula para o Enem

Aula para o Enem sobre Sujeito substantivo coletivo

Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como bando, multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, ou uma palavra coletiva como maioria, minoria, pequena parte, grande parte, metade, porção, poderão ocorrer três circunstâncias:
Obs.: Coletivo ou palavra coletiva é qualquer vocábulo no singular que indica pluralização de elementos.
-
Coletivo sem restritivo:
O verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.
•O bando sobrevoou a cidade.
•A maioria está contra as medidas do governo.
Coletivo com restritivo plural:
O verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. A preferência é o singular.
•A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.
•O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
•A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.
Coletivo distante do verbo:
O verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. A preferência é o singular.
•A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
•O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
•"Desfilam, assim, diante de nossos olhos, a multidão compósita de 'Não sei dançar', de 'Mangue' e da 'Evocação de Recife'."
Um milhão, um bilhão, um trilhão:
Com um milhão, um bilhão, um trilhão, ocorrem as mesmas regras do sujeito coletivo: verbo no singular; se houver restritivo plural, verbo no singular ou no plural. Caso haja a conjunção e, o verbo ficará no plural.
•Dentre todos os habitantes da Terra, um bilhão vive na miséria.
•Um milhão de pessoas assistiu / assistiram ao show.
•Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao desfile.

Verbos derivados de ter, pôr, vir e ver

Verbos derivados de ter, pôr, vir e ver
Os verbos derivados de ter, pôr, vir e ver são dos mais cobrados em exames vestibulares em virtude da dificuldade que a população sente ao conjugá-los. Inúmeros cidadãos brasileiros ilustres cometem deslizes principalmente na conjugação do futuro do subjuntivo desses verbos, em razão da semelhança que esse tempo tem com o infinitivo. Ocorre que a maioria dos verbos tem o futuro do subjuntivo e o infinitivo iguais. Veja:


Era para eu estudar ontem.


Quando eu estudar, aprenderei.


A primeira frase apresenta o verbo estudar no infinitivo; a segunda, no futuro do subjuntivo.


Alguns verbos irregulares e outros anômalos, porém, têm a conjugação do futuro do subjuntivo diferente da do infinitivo. É o que ocorre com os quatro verbos apresentados nesta coluna. Veja:


Era para eu pôr dinheiro na poupança.


Quando eu puser dinheiro na poupança...


A primeira frase apresenta o verbo pôr no infinitivo; a segunda, no futuro do subjuntivo.


É aí que reside a dificuldade. Como na maioria dos verbos o futuro do subjuntivo e o infinitivo são iguais, é muito comum ouvirmos frases como "Se eu por..." Quando eu deter...", já que o cidadão pensa serem iguais em todos os verbos.


Nesta coluna, não nos ateremos apenas aos tempos verbais citados, e sim a toda a conjugação dos verbos apresentados, que você pode conferir no Gramática On-line.


A maneira mais prática, porém, para conjugar adequadamente um verbo derivado é comprovar a existência de tal derivação. Como? Comparando!


Um verbo terminado em –ter será derivado de ter se a primeira pessoa do singular do presente do indicativo terminar em –tenho, pois Todos os dias eu tenho. Se isso ocorrer, toda a conjugação do verbo pesquisado será idêntica à do verbo ter. Por exemplo:


Converter: Todos os dias eu converto, e não Todos os dias eu convertenho. Converter, portanto, não é derivado de ter. Sua conjugação não será, então, idêntica à de ter.
Manter: Todos os dias eu mantenho a calma, e não Todos os dias eu manto a calma. Manter, portanto, é derivado de ter. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ter:


Ontem eu tive = Ontem eu mantive


Ele teve = Ele manteve


Eles tiveram = Eles mantiveram


Se ele tivesse = Se ele mantivesse


Quando ele tiver = Quando ele mantiver


Um verbo terminado em –ver será derivado de ver se a primeira pessoa do singular do presente do indicativo terminar em –vejo, pois Todos os dias eu vejo. Se isso ocorrer, toda a conjugação do verbo pesquisado será idêntica à do verbo ver. Por exemplo:


Escrever: Todos os dias eu escrevo, e não Todos os dias eu escrevejo. Escrever, portanto, não é derivado de ver. Sua conjugação não será, então, idêntica à de ver.


Prever: Todos os dias eu prevejo, e não Todos os dias eu prevo. Prever, portanto, é derivado de ver. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ver:


Ontem eu vi = Ontem eu previ


Ele viu = Ele previu


Eles viram = Eles previram
Manter: Todos os dias eu mantenho a calma, e não Todos os dias eu manto a calma. Manter, portanto, é derivado de ter. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ter:


Ontem eu tive = Ontem eu mantive


Ele teve = Ele manteve


Eles tiveram = Eles mantiveram


Se ele tivesse = Se ele mantivesse


Quando ele tiver = Quando ele mantiver


Um verbo terminado em –ver será derivado de ver se a primeira pessoa do singular do presente do indicativo terminar em –vejo, pois Todos os dias eu vejo. Se isso ocorrer, toda a conjugação do verbo pesquisado será idêntica à do verbo ver. Por exemplo:


Escrever: Todos os dias eu escrevo, e não Todos os dias eu escrevejo. Escrever, portanto, não é derivado de ver. Sua conjugação não será, então, idêntica à de ver.


Prever: Todos os dias eu prevejo, e não Todos os dias eu prevo. Prever, portanto, é derivado de ver. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ver:


Ontem eu vi = Ontem eu previ


Ele viu = Ele previu


Eles viram = Eles previram
Quando ele vier = Quando ele intervier


Todos os verbos terminados em –por são derivados de pôr. Por exemplo:


Propor: Todos os dias eu proponho.


Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo pôr:


Ontem eu pus = Ontem eu propus


Ele pôs = Ele propôs


Eles puseram = Eles propuseram


Se ele pusesse = Se ele propusesse


Quando ele puser = Quando ele propuser

Estudo acerca de o, a, os, as

Estudo acerca de o, a, os, as
Os vocábulos o, a, os, as podem ser artigos, pronomes pessoais do caso oblíquo ou pronomes demonstrativos; o a também pode ser preposição. Vejamos caso a caso:



1) Artigo



Os vocábulos o, a, os, as serão artigos definidos quando determinarem um substantivo, indicando-lhe gênero e número, ou seja, indicando que o substantivo é masculino ou feminino, singular ou plural. Sempre terão à sua frente um substantivo, obviamente. Veja um exemplo:



O homem que comprou o carro deixou o cheque com a secretária.



Nesse exemplo, há quatro artigos - O, o, o e a, que acompanham, respectivamente, os substantivos homem, carro, cheque e secretária.



2) Pronome Oblíquo



Os vocábulos o, a, os, as serão pronomes pessoais do caso oblíquo quando substituírem os pronomes pessoais do caso reto ele, ela, eles, elas, quando estes funcionarem como objeto direto ou como sujeito acusativo.



Os pronomes ele, ela, eles, elas não podem funcionar como objeto direto, a não ser que sejam antecedidos da preposição a. Se não forem antecedidos desta preposição, têm de ser substituídos por o, a, os, as. Por exemplo:



O carro, comprei ele ontem. Essa frase está errada, pois comprar é verbo transitivo direto (Quem compra, compra algo). Não se pode usar, então, o pronome ele. Deve-se substituí-lo por o:



O carro, comprei-o ontem.



O, a, os, as funcionarão como sujeito acusativo quando houver um dos seguintes verbos acompanhado de outro verbo no gerúndio ou no infinitivo: fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir. Quando isso ocorrer, não se pode usar ele, ela, eles, elas entre os verbos. Por exemplo:



O professor mandou o aluno sair.



O substantivo aluno não pode ser substituído por ele, e sim por o, já que há o verbo mandar está acompanhado de outro no infinitivo (sair):



O professor mandou-o sair.



Veja outros exemplos:



O rapaz a fez falar a verdade.

O gerente viu-a colocando o objeto na bolsa.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Concordância com pronome QUE - apostila online

Concordância com pronome QUE - apostila online

Entre os casos especiais de concordância verbal está o dos coletivos e partitivos seguidos de uma expressão no plural, verificado em construções do tipo “a maioria das pessoas veio/vieram” ou “o bando de crianças corria/corriam”.

Como se vê, as duas concordâncias são possíveis – com o núcleo (seguindo o princípio lógico-gramatical) ou com o especificador (concordância atrativa). A escolha de uma ou outra normalmente associa-se à ênfase pretendida por quem constrói a frase.

Na maior parte das vezes, a concordância com o núcleo da expressão é a que “soa melhor” – exatamente por obedecer ao princípio geral de concordância. Assim:

1. A maioria das pessoas chegou antes do entardecer.

2. O bando de mendigos descansava sob a árvore.

O uso de um partitivo (maioria, maior parte etc.) ou de um coletivo (bando etc.) indica a intenção de agrupar, de tratar o plural como singular. Ocorrem, entretanto, situações em que esse tipo de concordância parece não funcionar bem. Veja:

1. A maioria dos homens está atenta ao problema.

2. Um terço das mulheres presentes está grávido.

Melhores do que essas construções seriam as seguintes:

1. A maioria dos homens estão atentos ao problema.

2. Um terço das mulheres presentes estão grávidas.

É fácil perceber por que as últimas frases funcionam melhor. Nelas existe um verbo de ligação seguido de um nome que concorda em gênero e número com o termo a que se refere. É mais claro dizer “homens atentos” e “mulheres grávidas” do que “maioria atenta” e “terço grávido”.

Não se pode, todavia, confundir esse caso de concordância com o seguinte:

“A maior parte dos recursos que ingressou efetivamente no país veio por meio de fusões ou compras parciais de empresas.”

No período acima, a forma “veio” concorda corretamente com o núcleo do sujeito “a maior parte”, mas a forma “ingressou” desvia do padrão de concordância. Seu sujeito é o pronome relativo “que”, cujo antecedente é o termo “recursos”, com o qual o verbo deve concordar.

domingo, 28 de agosto de 2011

Concordância com os verbos haver, fazer e ser

Português para concurso - Concordância com os verbos haver, fazer e ser
O verbo haver indicando existência
Usado com o sentido de existir, o verbo haver nunca deve ser usado no plural. Também quando é sinônimo de acontecer ou ocorrer, o verbo haver não sai do singular. Nesses casos, o verbo haver é impessoal, ou seja, não tem sujeito. Muitas pessoas ficam confusas quando empregam o verbo haver, talvez por causa do que ocorre com os sinônimos (existir, ocorrer, acontecer), que sempre concordam com o sujeito. Observe:
Existem/Há muitas pessoas na sala
Existiam/Havia muitas pessoas na sala
Ocorrem/Acontecem/Há muitos acidentes naquela rodovia
Ocorriam/Aconteciam/Havia muitos acidentes naquela rodovia
Ocorreram/Aconteceram/Houve muitos acidentes naquela rodovia
Portanto faça sempre a concordância com os verbos existir, acontecer e ocorrer, mas deixe o verbo haver no singular quando empregado como sinônimo de algum dos três verbos citados. Isso também vale para os verbos que atuarem como auxiliares do verbo haver, sempre quando este for empregado como sinônimo de existir, ocorrer ou acontecer:
Deve haver/Devem existir muitas pessoas na sala.
Em junho, vai haver/vão ocorrer muitas festas naquela cidade.
Pode haver/Podem ocorrer fortes pancadas de chuva à tarde.
Verbos haver e fazer indicando tempo
O verbo haver fica no singular quando indica idéia de tempo decorrido:
Há anos não o vejo.
Havia meses que não o visitava.

Tudo sobre o pronome TODO -

O pronome "todo"
Algumas particularidades referentes à ortografia de certas expressões estão relacionadas ao sentido semântico por elas representado. Às vezes, a presença de um determinado elemento morfológico, como é o caso do artigo, muda sua relação de significância.

Tal ocorrência condiciona-se a uma infinidade de regras postuladas pela gramática, que, mesmo sendo complexas, requer certa habilidade por parte do emissor em apreendê-las, e, consequentemente, torná-las práticas, sempre que conveniente.

Assim sendo, enfatizaremos sobre o caso do pronome “todo”, uma vez que, dependendo do contexto, o mesmo pode ou não ser precedido do artigo definido (o, a). Como demonstram os exemplos em evidência:

O estudante lia toda obra de autoajuda.
O estudante leu toda a obra de Paulo Coelho.

Ao analisá-los, podemos chegar à seguinte conclusão: Na primeira oração, na qual o pronome se isenta do artigo, a relação de significância se refere a um sentido generalizado, ou seja, o estudante sentia necessidade de ler qualquer obra que fosse de autoajuda.

Já na segunda, o sentido já denota “completude”, isto é, o estudante leu toda a criação artística referente ao escritor Paulo Coelho.

Fato semelhante ocorre neste outro exemplo:

Todo mundo contava com sua participação no evento.

O contexto revela-nos que se trata das pessoas em geral, constituintes de um grupo específico.

A violência está espalhada por todo o mundo.

Aqui nos revela que o problema assola o mundo inteiro.

Partindo-se de tais referenciais, a distinção é clara. Entretanto, devemos nos ater a certas particularidades. Entre elas podemos destacar:

- O pronome todo, quando no plural, será usado sem o artigo quando seu antecedente for um numeral.

Todos dez alunos participaram das Olimpíadas de matemática.

- Quando o numeral estiver seguido de um substantivo, é obrigatório o uso do artigo.

Todas as duas garotas foram vencedoras do concurso.
Todas as duas garotas foram vencedoras do concurso.

- Quando o pronome todo significar “completamente”, funcionando, portanto, como advérbio de modo, ele será flexionado de acordo com o sujeito antecedente:

O chão estava todo molhado.
Os garotos pareciam todos felizes.

Os casos de sujeito simples de Concordância verbal

Concordância verbal
A concordância verbal é uma das particularidades pertinentes à gramática passível de questionamentos, em função de determinadas regras específicas.

Tal ocorrência é muito requisitada não só no ambiente escolar, como também na maioria dos concursos e provas de vestibulares.

Em função disto, torna-se necessário aprimorarmos nossa competência linguística a fim de que possamos colocá-la em prática sempre que necessário.

Sendo assim, analisaremos alguns casos em que a ocorrência se dá com o sujeito simples, atentando-nos para os mesmos:


- Expressões partitivas – Quando o sujeito forma-se por uma expressão partitiva (parte de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de), seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou pode ser flexionado.

A maioria dos alunos obteve/obtiveram boa nota.

- Quantidade aproximada – Quando o sujeito se caracteriza por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de) seguidas de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo.

Cerca de mil candidatos fizeram a prova do Enem.
Mais de um atleta participou da competição.

- Nomes próprios – Quando se trata dos mesmos, a concordância deverá ocorrer levando em consideração a ausência ou a presença do artigo. Sem ele, o verbo permanece no singular; com ele, fica no plural.

Goiás é um estado acolhedor.
Os Estados Unidos ainda determinam o fluxo da economia mundial.

- Pronome interrogativo ou indefinido plural – Quando o sujeito compuser-se de um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, quaisquer), seguido de “nós” ou de “vós”, o verbo pode concordar com o primeiro pronome ou com o pronome pessoal.

Vários de nós reivindicaram/reivindicamos nossos direitos.

- Pronome relativo que – a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.

Fui eu que trouxe o presente.
Fomos nós que fizemos a oferta.
Com a expressão “um dos que” – Quando o sujeito se caracterizar pela mesma, o verbo permanece no plural.

Carlos foi um dos alunos que mais se destacaram durante o ano.

- Pronome relativo quem – Pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou o mesmo poderá concordar com o antecedente do pronome.

Fui eu quem realizou a pesquisa.
Fomos nós quem organizamos o evento.

Tudo sobre sujeito indeterminado

Como diferentes idiomas lidam com a indeterminação do agente na frase

Uma das noções que mais causam dificuldade no estudo da gramática é a de sujeito indeterminado, que muitos confundem com as orações sem sujeito, isto é, as que expressam existência (“Há leões na África”), tempo transcorrido (“Faz dias que não o vejo”) e fenômenos atmosféricos (“Choveu muito ontem”).
Diz-se que o sujeito é indeterminado quando não é possível determinar que elemento da oração funciona como sujeito (pelo menos essa é a definição dada pelas gramáticas escolares). Não vou comentar aqui a adequação ou não de tal definição, o que daria margem a outro artigo, mas apenas utilizá-la como ponto de partida para discutir como as línguas expressam essa noção.

O latim clássico já dispunha de três construções para dar conta de uma ação sem mencionar quem a praticou. A primeira era o uso da terceira pessoa do plural com sujeito oculto (dicunt, “dizem”), a segunda era o uso da voz passiva (dicitur, “é dito”) e a terceira era o emprego de um pronome indefinido (aliquis dicit, “alguém diz”).

As línguas europeias herdaram esses processos, mas também desenvolveram outros que, na verdade, são derivações deles.

Por isso, podemos dizer que hoje há quatro modos básicos de indicar o sujeito indeterminado: “uma pessoa”, “as pessoas, a gente”, “eles, elas” e o uso da voz passiva.

Vamos analisar cada um desses modos, separadamente.

Formas de indeterminação

No latim vulgar, “diz-se” se expressava como dicunt (tal qual o latim clássico) ou como homo dicit, literalmente, “uma pessoa diz” (note-se que homo significa “homem” no sentido de “ser humano, pessoa, indivíduo”, distinguindo-se de vir, que é o macho da espécie humana).

Essa é a origem do francês on dit. O fato de o pronome indefinido on ter-se originado de um substantivo é o que permite que também seja usado com artigo definido: l’on dit.
Essa construção do latim vulgar foi seguida pelo antigo alemão, cujo pronome indefinido man tem a mesma etimologia de Mann (“homem”) e Mensch (“ser humano”). Em alemão moderno, “diz-se” é man sagt. A mesma construção existe nas demais línguas germânicas, à exceção do inglês.

Aliás, o pronome indefinido sueco man (de man säger, “diz-se”) é cognato do substantivo man, “homem” (de en man säger, “um homem diz”). Da redução de “um indivíduo” para “um”, temos o italiano e o espanhol uno dice, bem como o inglês one says.

Outro modo de indeterminar o sujeito é referir-se a um vago “as pessoas, a gente em geral”. É daí que veio a nossa cada vez mais popular construção “a gente diz”.

Em holandês, o plural de man, “pessoa”, passou com o tempo a funcionar como pronome indefinido: men zagen, “pessoas dizem”. Depois, quando men perdeu o sentido de “pessoas” e tornou-se mera palavra gramatical, surgiu a construção no singular men zaagt.

O terceiro modo de expressar a indeterminação do agente é substituir “as pessoas” por “elas”, podendo nas línguas românicas esse pronome vir oculto. Trata-se do mesmo processo encontrado no latim dicunt, isto é, uma terceira pessoa do plural com sujeito elíptico.

Essa construção corresponde ao português dizem, ao espanhol dicen, ao italiano dicono e ao inglês they say, este com pronome pessoal explícito, já que o inglês não admite pronome oculto.

Voz passiva

Finalmente, a construção com voz passiva (latim dicitur) continuou a ser usada nas línguas modernas. Algumas delas só conhecem a passiva analítica (“é dito”). Exemplo disso é o inglês it is said.
Já as línguas que admitem voz passiva sintética têm ambas as formas: em português, “diz-se” ou “é dito”, em espanhol se dice ou es dicho, em italiano si dice, è detto, viene detto ou ainda va detto.Quando o verbo é reflexivo ou pronominal, o português, o espanhol e o italiano substituem a partícula apassivadora se/si por “a gente”,: port. “a gente se lembra”, esp. uno se acuerda, it. ci si ricorda.

Explicando o que é linguística

Quanto à linguística, ela não é essa disciplina permissiva que “defende os erros gramaticais”, como diziam os gramáticos mais tradicionalistas. Nenhum linguista, em sã consciência, propugnaria o uso de palavras e expressões erradas — do ponto de vista da gramática normativa, bem entendido — na imprensa ou em textos formais em geral.
Mas a linguística parte do princípio de que a norma culta, embora seja importantíssima, não é o único padrão linguístico existente, e na verdade a maior parte da população se comunica a maior parte do tempo em outras normas que não a norma culta. (Pense, por exemplo, que se você usar a norma culta, com todas as suas regras rígidas, para falar com o pipoqueiro ou com o varredor de ruas, eles provavelmente não o entenderão, ou, no mínimo, pensarão que você está querendo “botar banca” para cima deles.)

Por isso, é preciso que exista uma ciência que estude a “língua real” e não apenas a “língua oficial”, caso contrário, estaríamos nos recusando a conhecer e a entender nossa própria realidade linguística e social.

Além disso, o chamado “erro” gramatical é, na verdade, a prova da evolução da língua: foi graças aos “erros” gramaticais e de pronúncia cometidos pelo povo romano ao longo dos séculos que o latim se transformou no que hoje é o português, o espanhol, o francês, o italiano, etc. Assim, o estudo da linguagem popular nos ajuda a compreender a própria evolução das línguas com o tempo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Separação Silábica - Assunto para o Enem

Separação Silábica - Assunto que cai na prova do Enem
translineação
Separação Silábica
A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, cada uma de uma vez.

Usa-se o hífen para marcar a separação silábica.

Normas para a divisão silábica:
Não se separam os ditongos e tritongos: Como ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba, e tritongo, o encontro de uma vogal com duas semivogais também na mesma sílaba, é evidente que eles não se separam silabicamente. Por exemplo:

Ex.
Au-las / au = ditongo decrescente oral.
Guar-da / ua = ditongo crescente oral.
A-güei / uei = tritongo oral.

Separam-se as vogais dos hiatos: Como hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes, obviamente as vogais se separam silabicamente. Cuidado, porém, com a sinérese ee e uu, conforme estudamos em encontros vocálicos. Por exemplo:

Ex.
Pi-a-da / ia = hiato
Ca-ir / ai = hiato
Ci-ú-me / iú = hiato
Com-pre-en-der ou com-preen-der (sinérese)

Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu:

Ex. Cho-ca-lho / ch, lh = dígrafos inseparáveis.
Qui-nhão / qu, nh = dígrafos inseparáveis.
Gui-sa-do / gu = dígrafo inseparável.

Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs:

Ex. Ex-ces-so / xc, ss = dígrafos separáveis.
Flo-res-cer / sc = dígrafo separável.
Car-ro-ça / rr = dígrafo separável.
Des-ço / sç = dígrafo separável.

Separam-se os encontros consonantais impuros: Encontros consonantais impuros, ou disjuntos, são consoantes em sílabas diferentes.

Ex.
Es-co-la
E-ner-gi-a
Res-to

Separam-se as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç: Lembre-se de que há autores que classificam ee e uu como sinérese, ou seja, aceitam como hiato ou como ditongo essas vogais idênticas.

Ex.
Ca-a-tin-ga
Re-es-tru-tu-rar
Ni-i-lis-mo
Vô-o
Du-un-vi-ra-to

Prefixos terminados em consoante:

Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de encontro consonantal impuro.
Ex.
Des-te-mi-do
Trans-pa-ren-te
Hi-per-mer-ca-do
Sub-ter-râ-neo

Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante do prefixo ligar-se-á à vogal da palavra.

Ex.
Su-ben-ten-di-do
Tran-sal-pi-no
Hi-pe-ra-mi-go
Su-bal-ter-no

Questões de verbos de ligação

verbos de ligação: aqueles que dão qualidades, características ou indicam estado do sujeito.
São geralmente classificados como de ligação os verbos: ser, estar, permanecer, continuar, ficar, virar, tornar-se.

O termo da oração que acompanha o verbo de ligação e indica uma qualidade ou uma característica do sujeito é o predicativo do sujeito.

ex:ser, estar, permanecer, continuar, ficar, parecer, andar, viver, achar, encontrar, tornar, acabar, cair, meter-se.

O menino estava imundo.

"estava": verbo de ligação; "imundo": predicativo do sujeito.
Aquela estrada era sem fim.

"era": verbo de ligação; "sem fim": predicativo do sujeito.
Obs : O Verbo de Ligaçao sempre indica estado.

Verbos de Ligação


São verbos que servem como elementos de ligação entre o sujeito e uma qualidade ou estado ou modo de ser, denominado Predicativo do Sujeito. Os principais verbos de ligação são ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar. Não decore quais são os verbos de ligação, e sim memorize o significado dele:

Verbo de ligação é aquele que indica a existência de uma qualidade do sujeito, sem que ele pratique uma ação.

Nesse exemplo o verbo não é de ligação, pois está indicando uma ação - quem volta, volta de algum lugar, mesmo que haja o predicativo do sujeito abatida. É, então, um verbo intransitivo, já que da Ásia é Adjunto Adverbial de Lugar. Conclui-se que pode haver predicativo do sujeito sem que haja verbo de ligação.

VERBO DE LIGAÇÃO

Os verbos de ligação não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características.
Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.

Ex. Maria é inteligente.

O verbo ser não indica ação, ele está ligando o sujeito (Maria) ao predicativo (inteligente).

PREDICATIVO= é o termo que modifica o sujeito. O predicativo nos informa alguma coisa a respeito do sujeito.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Classificação das Palavras Que e Se


Classificação das Palavras Que e Se


A palavra que em português pode ser:

Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.

Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de exclamação. Usa-se também a variação o quê! A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição.

Quê! Você ainda não está pronto?
O quê! Quem sumiu?

Substantivo: equivale a alguma coisa.

Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro determinante, e receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe de palavra(sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.)

Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto direto)

Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o verbo ter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função sintática.

Tenho que sair agora.
Ele tem que dar o dinheiro hoje.

Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido.

Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que.

Quase que não consigo chegar a tempo.
Elas é que conseguiram chegar.

Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no caso, de intensidade.

Que lindas flores!
Que barato!

Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:

• pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração conseqüente. Equivale a o qual e flexões.
Não encontramos as pessoas que saíram.

• pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo.
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.)
Que aconteceu com você?

• pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Que vida é essa?

Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a palavra que pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, daí classificar-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da oração que introduz. Por exemplo:

Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)
Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)

Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o nome de conjunção subordinativa integrante.

Desejo que você venha logo.

Tudo sobre a palavra "não"


A palavra “não” classifica-se normalmente como advérbio (de negação) e dessa forma, na estrutura da frase, é considerada adjunto adverbial – pois se vincula ao verbo –, como em “Não ® pise no tapete”, “Pensei que Leo não ® viesse hoje” e “Os paulistas não ® gostamos de coentro”.

Pode acontecer também de esse vocábulo negativo compor substantivos. Nesta hipótese, funciona como elemento de composição, mais precisamente como morfema de negação, e é escrito sempre com hífen. Exemplos: “Gandhi pregava a não-violência”, “O Brasil apóia a política da não-intervenção em outros países” e “Esse conceito obedece o princípio da não-contradição”.

Repare ainda que às vezes o “não” pode aparecer em contextos similares aos do parágrafo precedente e você pode ser tentado a colocar o hífen depois dele. Fique atento a isso, pois, na verdade, trata-se de outro caso, o de verbo subentendido, como em “Tânia é pessoa não submissa” e “Não satisfeito, ele ainda rompeu relações com o vizinho”. Explicitado o verbo, as construções oracionais ficam: “Tânia é pessoa que não é submissa” e “Não tendo ficado satisfeito, ele ainda rompeu relações com o vizinho”. Naquelas condições, não cabe, pois, o hífen.

Lembramos ainda que o “não” pode ser classificado como substantivo (e nesse caso pode-se flexionar) se antecedido de artigo – definido ou indefinido –, adjetivo ou numeral, como em “O (artigo definido) não que você proferiu foi vigoroso, hem?”, “Recebi um (artigo indefinido) não como resposta”, “Rodrigues distribuiu vários (adjetivo) nãos aos subordinados” e “Eu não disse dois, foi apenas um (numeral) não”.

Finalmente, observamos haver contextos em que o “não” funciona apenas como partícula expletiva, como nestes exemplos: “Imagine o que ele não faria se fosse rico” = “Imagine o que ele faria se fosse rico”; “Veja a que nível de baixaria essas pessoas não chegaram” = “Veja a que nível de baixaria essas pessoas chegaram” e “Ah, que sucesso eu não faria se tivesse a cara do Brad Pitt!”

Silabada é vício fonético

Silabada é vício fonético – mais precisamente, vício prosódico –, pelo qual deslocamos indevidamente o acento tônico de algum vocábulo.
De modo geral, esse acento provém da língua de origem da palavra e deve ser respeitado, não porque os gramáticos assim querem, mas por dever ser seguido o uso geral. Caso contrário, nós é que estaremos com o “passo errado”.
Além do mais, em certos casos, se mudamos o acento tônico, corremos o risco de estar emitindo outra palavra diferente da que pretendíamos. Como exemplo, atentemos para estes pares: contínuo/continúo, dúvida/duvída, édito/edíto, jáca/jacá, sentái/senta aí, végeto/vegéto e outros (*). Estas diferenças ocorrem porque em português o acento tônico é traço distintivo, ou seja, é elemento diferenciador do significado vocabular.

Entretanto, há vocábulos com mais de uma pronúncia – em razão da vontade popular – sem alteração do sentido. Por isso, mesmo na língua culta, há casos de flutuação, como Antióquia e Antioquía, aríete e ariête, autópsia e autopsía, clítoris e clitóris, necrópsia e necropsía, projétil e projetíl, Tessalônica e Tessaloníca, uréter e uretér, etc. (*) Essa oscilação prosódica tende a desfazer-se com o tempo pela fixação de uma das formas e abandono da outra. Há muitas palavras de procedência grega que tiveram a pronúncia modificada no latim, de onde tiramos o acento em português.Pronúncia adequada
arquétipo
bênção
decâno
drúida
filantrôpo
flúido
Gibraltár
ibéro
ínterim
libído
Lúcifer
maquinaría
misantrôpo
Niágara
ômega
pântano
períto
protótipo
pudíco
recém-
rubríca Pronúncia inadequada
arquetípo
bençã

A noção de isotopia

A noção de isotopia
Em Lingüística, "isotopia" (do grego isos, igual, semelhante, e topos, plano, lugar) significa plano de sentido, leitura que se faz de uma frase ou texto. Se, por exemplo, uma frase permite apenas uma leitura, é dita monoisotópica; diisotópica se permite duas; triisotópica, se três; etc.
Dessa forma, em "Ganhei esta caneta do meu pai" e "Nas últimas férias, descansei bastante" temos duas frases monoisotópicas, isto é, cada uma com apenas um significado.
Em "Há muito televisor que precisa melhorar a imagem" e "Ronan, a Márcia chegou com seu pai", cada frase admite duas leituras. No primeiro exemplo, imagem = representação televisionada de pessoas e coisas e também conceito. No segundo, seu = de Ronan ou de Márcia.
Já em "Empresas negam oferecimento de propina", temos frase triisotópica, em que, negam oferecimento = recusam oferecer; desmentem ter oferecido e desmentem ter recebido oferecimento. O mesmo ocorre em "Acadêmicos viram monólitos", em que viram = flexão do verbo ver, de virar-1 (transformar-se) e de virar-2 (mudar de posição). A multiplicidade de planos de sentido é geralmente produzida por homonímia ou polissemia.

É importante notar que o conceito de isotopia pertence à Lingüística - particularmente à Semântica, um ramo seu -, ciência que descreve os fatos da língua sem impor normas nem se preocupar com certo e errado. Assim, para a Semântica, é indiferente se a pluralidade de significados de uma frase ou texto é produzida intencionalmente ou não.
Entretanto, para a Gramática, normativa que é, a duplicidade de sentido será encarada como recurso de estilo se for produzida intencionalmente com objetivos estéticos ou expressivos. Em caso contrário, será considerada ambigüidade, vício sintático, que deve ser evitado.

Termos essenciais da oração

Termos essenciais da oração



Introdução

Chamamos de termos essenciais da oração aqueles que compõem a estrutura básica da oração, ou seja, que são necessários para que a oração tenha significado. São eles: sujeito e predicado.

Encontramos diversas definições do que vem a ser sujeito, tais como:
Sujeito é o elemento do qual se diz alguma coisa.
Sujeito é o ser que pratica ou recebe a ação que o verbo expressa.

Já sobre predicado podemos dizer que é aquilo que se diz sobre o sujeito.
No decorrer deste tutorial veremos a classificação e os tipos de sujeito e predicado.

SUJEITO

NÚCLEO DO SUJEITO

É a palavra (substantivo ou pronome) que realmente indica a função sintática que está exercendo.

Exemplo: O computador travou novamente.
Núcleo

A lâmpada está queimada.
Núcleo

TIPOS DE SUJEITO

O sujeito pode ser:


DETERMINADO

O sujeito é determinado quando é facilmente apontado na oração e subdivide-se em: simples e composto.

a) SIMPLES  quando possui um único núcleo.

Exemplo: o menino quebrou a janela.
Núcleo

Olga aprendeu a tocar violão.
Núcleo

b) COMPOSTO  apresenta dois ou mais núcleos.

Exemplo: Do Carmo e Dirceu cambaleavam pela rua.
Núcleo

O Windows e o Linux disputam o mercado de informática.
núcleo

c) IMPLÍCITO  quando podemos identifica-lo através da desinência verbal.

Exemplo: (eu) Pintei algumas camisas.

(nós) Viajaremos para São Paulo.

INDETERMINADO

Quando não é possível determina-lo na oração.

O sujeito indeterminado apresenta-se de duas maneiras:
1. verbo na 3ª pessoa do plural, sem a existência de outro elemento que exija essa flexão do verbo.
2. verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome SE.

Exemplo: Maria, falaram de você na festa.
Mandaram o pintor concluir o serviço.
Precisa-se de costureiras.

Substantivação - dicas de português importante

Substantivação

Substantivação é recurso de que se valem os falantes da língua para formar novas palavras pelo processo denominado pelos gramáticos de “derivação imprópria”. Por ele, unidades lexicais mudam de sentido – isto é, de emprego no texto – quando, diferentemente do usual, passam a ser determinadas por artigo, numeral, possessivo, etc.

Trata-se de nova palavra porque a forma fônica (seqüência de fonemas), apesar de mantida, associa-se a outro significado. Há também mudança de classe de palavras: o que era adjetivo ou verbo, por exemplo, torna-se substantivo. Nesta condição, o vocábulo substantivado pode, de modo geral, flexionar-se normalmente.

Em princípio, palavra de qualquer classe pode assumir a função substantiva, ou seja, pode-se substantivar e a maneira mais comum de isso ocorrer é a junção a ela do artigo definido “o”. Vejamos alguns exemplos de substantivação de:

Adjetivo – “Belo”, “estudioso” e “rico” são adjetivos em “belo espetáculo”, “aluno estudioso” e “homem rico”. Acompanhados de artigo, porém, transformam-se em substantivos, como em “A estética estuda o belo”, “Os estudiosos não tiveram do que reclamar” e “Os ricos moram ali”. Note que no grau superlativo relativo também aparece o artigo definido, mas isso não configura substantivação. É simplesmente o modo de construção dessa estrutura comparativa: “Carlos foi o melhor do grupo”.
Pronome – Ao juntarem-se artigos e numerais a pronomes, como “eu” e “nosso”, estes se convertem em substantivos ou exercem função substantiva: “A Psicologia interessa-se pelo estudo do eu” e “Esse barco é o nosso”.
Verbo – É muito comum a substantivação de verbos. Veja que em “Quero andar mais depressa”, “Vamos falar francamente” e “Não se trata de ser bom ou ter qualidades” “andar”, “falar”, “ser” e “ter” são nitidamente verbos.
Entretanto, tais palavras mudam de sentido ao tornarem-se substantivos em “O andar dele é característico”, “São vários os falares regionais brasileiros” e “Segue o ensinamento cristão quem se preocupa mais com o ser do que com o ter”.
Numeral – “Dois”, “sete”, “duplo”, etc. podem-se substantivar mediante o acréscimo de artigo, possessivo e mesmo de numeral: “O sete é número mágico”, “Já lhe dei meu dois de copas” e “A ginasta executou dois duplos arriscados”.
Advérbio – Da mesma forma, é corriqueira a substantivação de advérbios, como “bem”, “mal”, “não”, etc.: “Devemos sempre fazer o bem”, “Dos males, o menor” e “Péricles recebeu um não como resposta”.
Preposição – Vêem-se também preposições substantivadas, tais como “de” e “contra”: “Retoque o (vocábulo) de, que ficou apagado” e “É preciso pesar os prós e os contras”.
Conjunção – “O ou não ficou bem colocado aí” e “Só quero saber o porquê”. Como se sabe, “porque”, na função substantiva, é graficamente acentuado. Leia mais sobre isso clicando aqui.
Interjeição – Até as interjeições podem-se transformar em substantivos ao serem acompanhadas de artigos, numerais ou pronomes, a exemplo de “Depois dos vivas, ele apareceu”, “Dois psius ouviram-se durante a prova” e “Ninguém escutava meus ais”.
É necessário levar em conta as seguintes observações em se tratando do processo de substantivação:

Palavras normalmente invariáveis passam a flexionar-se uma vez substantivadas, como “Quantos noves você tem?” e “Alberto levou vários foras”. Observe, porém, que os numerais “dois”, “três”, “seis” e “dez”, mesmo em função substantiva, não se flexionam: “Retire todos os dez do baralho” e “Esses três ficam aqui”.
Uma vez substantivados, muitos vocábulos átonos tornam-se tônicos, isto é, ganham autonomia fonética ao não se necessitarem apoiar em palavras sonoramente mais fortes: “Ela tem um quê de mistério” e “Se não fosse o se...”.
Não se confunda palavra substantivada com substantivos que normalmente são acompanhados de artigo. Desse modo, em “O tigre é felino poderoso”, o artigo não está substantivando nada, já que “tigre” é naturalmente substantivo e assim atua no contexto.
A palavra substantivada pode assumir qualquer função sintática reservada ao substantivo, como sujeito e complemento. Exemplos: “Seu olhar (sujeito) é magnético” e “Quero ouvir um sim (objeto direto)”.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Diferença entre “Em vez de” e “Ao invés de”

Diferença entre “Em vez de” e “Ao invés de”

Entre um papo e outro é comum trocarmos termos. Não há o menor problema nisso, mas, como sempre insisto aqui, na hora de um concurso a coisa não é tão simples assim. Veja a questão, adaptada como exemplo:

01 - (...FGV – Polícia Civil) - “Concluída a fusão dos mercados, em vez de rumar para a integração política e consolidar seu protagonismo na cena mundial, a Europa faz da integração um utensílio da exclusão. (...).” (L.49-54)

A respeito do trecho acima, analise o item a seguir:
I. A expressão em vez de não poderia ser substituída, no trecho, por ao invés de. ( ) correto ( ) errado

EM VEZ DE = em lugar de. Deve ser usada preferencialmente em substituições que não indiquem sentido oposto. Em vez de carro, foi de avião. Em vez de Letras, cursou Direito.

AO INVÉS DE = ao contrário de. Deve ser usada quando se destaca a ideia de oposição. Ao invés de sair, ficou em casa. Ao invés de subir, desceu. Ao invés de falar, calou-se.

Importante - “em vez de” pode substituir a expressão “ao invés de”, mas o contrário nem sempre é permitido, pois a segunda só deve ser usada em caso de substituição por ideia contrária. É por isso que a frase da atendente está incorreta. A moça vai de qualquer jeito, apenas trocou a carona. Oi Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você.

Já na questão da FGV a resposta é: (x) errado. Há no texto a ideia de oposição em relação ao uso que a Europa faz da integração política, portanto, pode sim haver a substituição. Ao invés de “rumar para a integração (...) a Europa faz da integração um utensílio da exclusão”.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sujeito indeterminado - português para concurso

» Sujeito indeterminado - português para concurso
IX. Sujeito indeterminado
Sujeito indeterminado é aquele não pode ser identificado, pois não é possível defini-lo.

Existem dois casos que ocorre o sujeito indeterminado:

- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural e não estabelecendo relação com nenhum substantivo antecedente.

Exemplo:

• Anunciaram a chegada da noiva.
• Chegaram cedo hoje.

- quando os verbos intransitivos, transitivos indiretos ou os verbos de ligação forem seguidos da palavra se, que é denominada o índice de indeterminação do sujeito (IIS).

Exemplo:

• Precisa-se de professores. (VTI)
• Vive-se feliz. (VI)
• Vende-se um fogão. (VTD)

USO DO GERÚNDIO - assunto que cai em concurso público

USO DO GERÚNDIO - Assunto que geralmente cai em prova de concurso público


Não devemos usar o gerúndio para reforçar a idéia de progressividade no futuro. Vejam alguns exemplos:



Eu vou estar estudando o projeto de lei.



Estaremos transferindo a quantia amanhã.




A frase adequada é:




Transferiremos a quantia amanhã.



É um problema o emprego do gerúndio, tanto que alguns escritores evitam empregá-lo. Ele constitui uma oração subordinada adverbial e, de certo modo, uma função adjetiva. Para ser bem empregado, o gerúndio deve estar o mais perto possível do sujeito ao qual se refere.



Exemplo:



Vi teu filho nadando.



Nadando, vi teu filho. (o sentido é diferente)



O gerúndio traz vários significados diferentes. Abaixo alguns exemplos:



» Gerúndio modal: Chegou alegrando o ambiente.



» Gerúndio temporal. Indica contemporaneidade entre a ação expressa pelo verbo principal e o gerúndio: Vi Henrique conversando.



» Gerúndio durativo: Ficou escrevendo seu livro.



» Gerúndio cuja ação é imediatamente anterior à do verbo principal: Estudando, passou no vestibular em primeiro lugar.



» Gerúndio concessivo: Chovendo, não iria à festa.



» Gerúndio explicativo: Vendo que a suspensão não funcionava, o piloto chamou o mecânico.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O uso do artigo - assunto que cai em prova de concurso

Artigo - assunto que pode cair em prova de concurso público e vestibular

I – emprega-se o artigo definido em:

a) nomes próprios geográficos.

Exemplo:

A Argentina O Rio de Janeiro as Canárias

Observação:

Alguns nomes próprios geográficos não aceitam o uso do artigo.

Exemplo:

Portugal Minas Gerais

b) antes de nomes de pessoas que denotem intimidade.

Exemplo:

A Rita viajou para Portugal.

A Roberta passou no vestibular da UFPE.

c) depois do pronome indefinido todos e do numeral ambos(as).
Exemplo:

Todos os professores responderam à pesquisa.

Ambos os pilotos recusaram-se a correr hoje.

d) para substantivar qualquer palavra

Exemplo:

O jantar estava uma delicia.

II – geralmente, não se usa o artigo definido nos seguintes casos:

a) antes de pronomes de tratamento

Exemplo:

Vossa Senhoria errou numa hora imprópria.

Vossa Excelência recebeu nosso recado?

No caso dos pronomes de tratamento excetua-se senhor (a).

Exemplo:

A senhora vai ao cinema?

O senhor não foi feliz no comentário.

b) antes do nome de pessoas que não denotam intimidade

Exemplo:

Marcos conseguiu consertar o computador.

c) antes da palavra casa quando designa a residência que fala ou de quem se trata.

Exemplo:

Ficou em casa o dia todo.

d) depois do pronome relativo cujo e variações

Exemplo:

Esse é o problema cuja resolução está complicada.

O troféu, cujo título nós disputamos, foi roubado.

III – geralmente usamos o artigo indefinido antes de numerais que exprimem aproximação.

Exemplo:

Caruaru fica a uns 120 quilômetros do Recife.

Ricardo deve pesar uns 100 quilos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Usos do dígrafo "ss"

Usos do dígrafo "ss"

(dígrafo são duas letras com um único som)

1) nos verbos com terminação em ter / tir / dir/ der / mir:
aceder > acessível
admitir > admissível
agredir > agressão
ceder > cessão

2) quando o prefixo termina em vogal + verbo que começa em "s":
re+surgir > ressurgir
pre+sentir > pressentir
a+sossegar > assossegar

3) com o sufixo íssimo (superlativo):
caro + íssimo > caríssimo
digno + íssimo > digníssimo
excelente + íssimo > excelentíssimo

domingo, 19 de junho de 2011

A pronúncia certa é disenteria, e não desinteria.

A pronúncia certa é disenteria, e não desinteria.

● A palavra dó (pena) é masculina. Portanto, “Sentimos muito dó daquela moça”.

● Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota quantidade, distância, peso. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas é suficiente.

● Há duas formas de dizer: é proibido entrada, e é proibida a entrada. Observe a presença do artigo a na segunda locução.

● Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: televisão em cores, e não a cores.

● Cuidado: emergir é vir à tona, vir à superfície. Por exemplo: O monstro emergiu do lago. Mas imergir é o contrário: é mergulhar, afundar. Veja o exemplo: O navio imergiu em alto-mar.

● A confusão é grande, mas se admitem as três grafias: enfarte, enfarto e infarto.

● Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em lugar de estada. Portanto, a minha estada em São Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em Santos só demorou um dia. Portanto, estada para permanência de pessoas, e estadia para navios ou veículos.

● E não esqueça: exceção é com ç, mas excesso é com dois s.

● Lembra-se dos verbos defectivos? Lá vai mais um: falir. No presente do indicativo só apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo assim: eu falo, tu fales…Horrível, né?

As Melhores Dicas de Redação

As Melhores Dicas de Redação
Vamos ver o que os examinadores alertam aos vestibulandos quanto a parte redacional:

Avaliação, classificação e seleção

"... O sistema de vestibular da Universidade de Brasília utiliza, além da Prova de Redação em Língua Portuguesa, de caráter discursivo... será corrigida por uma banca de examinadores..."

Para tirar as dúvidas quanto a aplicação da Técnica de Redação: DISSERTAÇÃO.

REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
A Prova de Redação em Língua Portuguesa tem o objetivo de avaliar a capacidade de expressão na modalidade escrita da Língua Portuguesa.

O candidato deverá produzir texto dissertativo, com extensão mínima de 30 linhas e máxima de 60 linhas, legível, caracterizado pela coerência e coesão, com base em um tema formulado pela banca examinadora.

Com a função de motivar o candidato para a redação, despertando idéias e propiciando o enriquecimento de informações, poderá haver, na prova, textos e outros elementos correlacionados ao assunto em questão.

Os critérios de avaliação mais abrangentes referem-se ao desenvolvimento do tema, à observância da apresentação e da estrutura textual e ao domínio da expressão escrita. Em termos restritos, estabelecem-se critérios específicos ligados a cada item.

Lembrete:

Não se esqueça de responder ao questionário socio-cultural para o CESPE.

Cuidado com letras maiúsculas fora da lógica dos Períodos construídos no texto
A LETRA
A letra pode mostrar a sua personalidade. Existe uma ciência que trata disto é a GRAFOLOGIA.

Para nós o que interessa na Redação é a Estética da escrita e a aplicação da técnica de dissertação:

- Nada de n parecido com r;
- Nada de s parecido com j;
- Nada de j com cara de s ou vice-versa;
- Nada de y com cara de g e vice-versa;
- Nada de m com cara de n;
- Nada de sc com cara de x e vice-versa;
- Nada de t com cara de f;
- Nada de ç com cara de ss;
- Nada de bolinha nos is;
- Nada de h com cara de m maiúsculo;
- Nada de letra maiúscula onde deveria ser minúscula exceto se a norma pedir;
- Nada de rr com cara de m ou vice-versa;
- Procure fazer uma letra manuscrita, a de forma confunde muito, ocupa espaço e não se pode distinguir a CAIXA ALTA da BAIXA;
- Não se perca em detalhes mas escreva com boa grafia (normalmente as moças prezam mais pela boa letra mas podem perder tempo enfeitando muito);
- Não escreva palavras com dúvida de grafia;
- Não acelere o ritmo para acabar logo nem demore demais para não perder tempo;
- Não exceda em reticências, ponto e vírgula, dois pontos e vírgula sem necessidade;
- Não ultrapasse as margens do papel tanto nas laterais quanto no topo e no fim da pauta. Para isto existem as faixas de limite do papel;
O mais importante: Letra com firmeza e segurança, bem nítida, bem clara, média, com ritmo tranqüilo e sem correria e bastante estética na redação para facilitar a leitura e a compreensão da estrutura de seus pensamentos e opinião pessoal ou dentro da sugestão do texto apresentado.

Resumindo as últimas dicas, podemos dizer que o ato de escrever exige:

- Um plano articulado e você já aprendeu como fazê-lo;
- Meditação e concentração na formação de idéias. Isto depende do quanto escreveu, atualizou e de sua segurança na dissertação;
- Esquematização da estrutura e você viu muito disto nas dicas;

- Reflexão no entendimento da mensagem (Eu escritor também sou leitor e mais que isto: Sou Examinador e Crítico de meu próprio texto. O meu "Eu" se registra em minha redação pela organização, pela letra e pela lógica de meus pensamentos. Isto já é tema para uma tese de pós-gradução em lingüística por sua importância na análise de redações dos vestibulandos;
- Uma escrita legível, proporcional, nem dilatada nem apertada demais, bem limpa sem borrões, com uma velocidade rítmica regular (muitas vezes a turma começa a rabiscar e nada se entende no final), sem muitos ornamentos na letra, com uma pressão forte e segura e sem muita tensão;

- Calma e atenção. Autocontrole e fidelidade ao tema;
- Muito exercício e treino. Análise do texto e compreensão das estruturas gramaticais;
- Determinação em suas exposições e opinião final;
- Capacidade de coordenar suas idéias sem perder a facilidade de expressão;
- Bastante leitura acerca do assunto e concentração no que vai ser redigido;

- Prática de Redação Dissertativa (quanto mais cedo começar a escrever melhor sua integração de estilo que é pessoal e ninguém faz duas redações iguais exatamente pela capacidade dialética de reter informações expondo-as na memória e dispondo-as de maneiras diferentes dentro de sua forma de pensamento);
Cuidado com a ortografia e as acentuações;
- Atualização dos fatos através de jornais e revistas;
- Ser fiel ao que escreve e sentir segurança (como vocês dizem: "sentir firmeza");
- Conhecimento de suas estruturas e técnicas. Você já teve um despertar sobre este assunto!
- Ideias bem delimitadas com opinião pessoal e bem objetiva (quando exigida) ou de acordo com a análise do texto proposto para afirmar ou negar sua opinião (seu pensamento escrito);
- Seleção e ordenação da idéia central que fortalecerá as acessórias mantendo a unidade da redação;

- Uma redação espontânea e natural que agrade os dois lados da comunicação (vestibulando/examinador) mostrando harmonia e simplicidade na forma estrutural-lógica, prezando pelas normas gramaticais (regências, concordâncias e análise sintática);

- Uma estrutura com equilíbrio na exposição de ideias e regularidade de conjunto;
- Não faça menos que o exigido e nem ultrapasse o máximo de linhas na dissertação da folha de Redação (Para isto você ganha uma folha de rascunho).

Empregos do verbo haver

Um dos empregos do verbo haver é aquele que aponta para a noção de tempo decorrido. Quando expressa esse sentido, o verbo haver torna-se um verbo impessoal.
É importante anotar a grafia correta do verbo haver na construção de orações com as quais se pretenda expressar essa noção de tempo decorrido. Não raro, confunde-se a grafia da forma verbal HÁ com a preposição ou artigo A. Emprega-se a preposição "a", em oposição a "há", quando quer-se expressar a noção de tempo futuro. Dessa forma, o "a" anuncia um acontecimento vindouro, ao passo que "há" remete a um acontecimento passado.
Exemplos:
O mensageiro procurava por seu endereço a meses. [Inadequado]
O mensageiro procurava por seu endereço há meses. [Adequado]
Posto de serviços há vinte minutos. [Inadequado]
Posto de serviços a vinte minutos. [Adequad

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sujeito e Predicado - assunto que cai em prova de concurso

Sujeito e Predicado - dicas importantes de português que cai em prova de concursoXI. Observações importantes

Alguns verbo. que são impessoais (sem sujeito) deverão se conservar na 3ª pessoa do singular.
Quando o verbo haver ou fazer estão acompanhados de um verbo auxiliar, este ficará na 3ª pessoa do singular, sendo também impessoal.

Por exemplo:
• Deve haver 200 pessoas no meu casamento.
• Vai fazer 2 meses que não fumo mais.

O verbo ser impessoal combina com o predicativo do sujeito. É o único verbo impessoal que pode ser encontrado no plural.

Por exemplo:
• Hoje são 20 de abril.
• Eram nove horas quando ela chegou em casa.

Sujeito indeterminado - dicas para prova de concursos

Sujeito indeterminado - dicas para prova de concursos
Sujeito indeterminado é aquele não pode ser identificado, pois não é possível defini-lo.

Existem dois casos que ocorre o sujeito indeterminado:

- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural e não estabelecendo relação com nenhum substantivo antecedente.

Exemplo:

• Anunciaram a chegada da noiva.
• Chegaram cedo hoje.

- quando os verbos intransitivos, transitivos indiretos ou os verbos de ligação forem seguidos da palavra se, que é denominada o índice de indeterminação do sujeito (IIS).

Exemplo:

• Precisa-se de professores. (VTI)
• Vive-se feliz. (VI)
• Vende-se um fogão. (VTD)

Tudo sobre sujeito - português para concurso - aula online

Português para concurso - aula online

Precisa-se de carpinteiros. (o verbo precisar é transitivo indireto)
- Acredita-se em marcianos. (acreditar é transitivo indireto)
- Trabalha-se demais aqui. (trabalhar é intransitivo)

Oração sem Sujeito
Ocorre oração sem sujeito nos seguintes casos.

1. Com o verbo haver no sentido de existir ou com referência à passagem de tempo.

- Há dois meses que não o vejo.
- Há vários alunos na sala.
- Há muitos anos que não o vejo.
- Havia cinco alunos na biblioteca.

Nestes casos o verbo haver é impessoal. Porém, se nós substituirmos haver por existir, já não será mais um caso de oração sem sujeito.

EX: Existiam cinco alunos na sala.

Sujeito: cinco alunos.

O verbo existir possui sujeito, pois ele não é impessoal.

2. Com verbos e expressões que indicam fenômenos meteorológicos.

- Trovejou hoje.
- Nevou no sul do Brasil.

3. Com verbos fazer, ser, estar indicando tempo ou clima.

- Faz dois anos que ele saiu.
- É uma hora.
- Está frio.

Observações Finais

Sujeito representado por um pronome indefinido.

- Alguém viu o cometa?
- Ninguém estudou.
- Todos viajaram.
- Muitos ficaram felizes
- Ninguém viu minha caneta?
- Todos ficaram quietos.

O sujeito será o próprio pronome e será classificado como sujeito simples.

Observe os exemplos:

- Choveu papel picado.
Sujeito: papel picado

- Eu amanheci com dor de cabeça.
Sujeito: eu.

Não se trata de oração sem sujeito porque os verbos foram usados no sentido figurado. Logo, eles possuem sujeito.
Sujeito indeterminado
Sujeito indeterminadoInício »
IX. Sujeito indeterminado
Sujeito indeterminadoé aquele não pode ser identificado, pois não é possível defini-lo.

Existem dois casos que ocorre o sujeito indeterminado:

- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural e não estabelecendo relação com nenhum substantivo antecedente.

Exemplo:

• Anunciaram a chegada da noiva.
• Chegaram cedo hoje.

- quando os verbos intransitivos, transitivos indiretos ou os verbos de ligação forem seguidos da palavra se, que é denominada o índice de indeterminação do sujeito (IIS).

Exemplo:

• Precisa-se de professores. (VTI)
• Vive-se feliz. (VI)
• Vende-se um fogão. (VTD)
Sujeito simples
. Sujeito Simples

Sujeito simples é aquele que é formado somente por um núcleo.

Exemplo:

• O nosso time venceu. (time é o núcleo da oração).
• O bigode de seu Joaquim parece guidom de bicicleta. (bigode é o único núcleo da frase).
Sujeito elíptico
. Sujeito elíptico (ou oculto).
Sujeito oculto ou elíptico é aquele que não é expresso na frase, porém, pode ser definido pela desinência ou pelo contexto.

Exemplo:

• Farei amanhã o trabalho. (sujeito oculto: eu).
• Pegou a roupa e nem pagou. (sujeito oculto: ele).
Orações sem sujeito
»Orações sem sujeito

As orações sem sujeito ocorrem quando o verboé impessoal e o sujeito inexistente, ou seja, o predicado não pode relacionar-se a nenhum ser.

- Ocorre em verbo que estabelecem uma relação a fenômenos meteorológicos ou da natureza:

Exemplo:

• Amanheceu o dia com neblina.
• Está ventando.
• Choveu logo cedo.

- Ocorre no verbo haver no sentido de existir, ou demonstrando algum tempo decorrido.

Exemplo:

• Havia muitas pessoas no ônibus.
• Há dois dias não converso com ele.

- Ocorre em indicação de hora, datas e distâncias, com o verbo ser.

Exemplo:

• É meio-dia agora.
• Amanhã é dia 23 de abril.
• Da minha casa à faculdade são 40 minutos.

- Ocorre com o verbo fazer, quando se refere ao passado ou fenômenos metrológicos:

• Faz 10 anos que trabalho nesta empresa.
• Fazia muito calor naquela tarde.

sábado, 28 de maio de 2011

Questões com Sujeito e Predicado para concurso

Questões com Sujeito e Predicado para concursoSujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.
Exemplo:
A pequena criança
me contou a novidade com alegria no olhar.

Sujeito
Predicado

Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Erros mais comuns que cometem com a língua portuguesa

Erros mais comum que as pessoas cometem com língua portuguesa:

01 – “Concerteza”. O certo é “com certeza“.
02 – “Kilo”. O correto é quilo. Se abrevia com ‘K’ (Kg), mas é quilo (quilograma). “Comprei dois quilos de arroz”.
03 – “Mais” – “Mais” é advérbio de intensidade -> “Dois mais um”. “Eu ia, MAIS não fui” é incorreto. “Eu ia, mas não fui” é o correto.
04 – “Degladiar” – O correto é “digladiar“. “Os partidos vivem a degladiar entre si”.
05 – “Lâmpadas Florescentes” – Florescente é o que floresce. Lâmpadas são FLUORESCENTES.
06 – “Fragrante”. Fragrante é um erro da categoria de probrema. O correto é “flagrante“.
07 – “Fez a pessoa soar”. Quem soa é sino. Quando uma pessoa transpira, ela SUA. O correto é “suar”.
08 – “O negro é descriminado”. Não! Ele é “discriminado“. Descriminar é absolver de um crime.
09 – “A polícia não interviu a tempo”. O correto é interveio. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio)
10 – “Viemos por meio deste”. A conjugação do verbo vir, no presente da primeira pessoa do plural é “vimos“. “Vimos por meio 6 mar (4 dias atrás) excluir Lélia Pereira
11 – “Vou ir”. É errado, não pelo tempo verbal, mas pela repetição do verbo ir.
12 – “Adevogado”. O correto é advogado. Tipo advertência. “D” mudo mesmo.
26 – “Mal cheiro”, “mau-humorado”. Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
27 – “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
28 – “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.
29 – “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.
30 – Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
31 – Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
32 – “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.
33 – “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.
34 – “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
42 – Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.
43 – “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.
44 – “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.
45 – Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.
46 – Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.
47 – Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.
48 – Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
49 – O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.
50 – A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.
51 – Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.
52 – “Porisso”. Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.
53 – Não viu “qualquer” risco. É nenhum, e não “qualquer”, que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.
54 – A feira “inicia” amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se)
55 – Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou… O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto… / Como as pessoas lhe haviam dito… / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
56 – O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabeçário” (cabeçalho).
57 – Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
58 – “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
59 – O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.
60 – Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
61 – “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha para a Caixa você também. / Chegue aqui.
62 – A questão não tem nada “haver” com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
63 – A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.
64 – Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.
65 – Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.
66 – Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
67 – “Cerca de 18″ pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.
70 – Tons “pastéis” predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.
71 – Lute pelo “meio-ambiente”. Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.
72 – Queria namorar “com” o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.
73 – O processo deu entrada “junto ao” STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não “junto ao”) banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”) Procon.
74 – As pessoas “esperavam-o”. Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
75 – Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”). / Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”). 76 – Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
77 – Blusa “em” seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
78 – A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu “a luz a” gêmeos.
79 – Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
80 – Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador81 – Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
82 – O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
83 – À medida “em” que a epidemia se espalhava… O certo é: À medida que a epidemia se espalhava… Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
84 – Não queria que “receiassem” a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
85 – Eles “tem” razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem
86 – A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
87 – Não “se o” diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use:
Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
88 – Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas
econômico-financeiras, partidos social-democratas.
89 – Fique “tranquilo”. O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
90 – Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
91 – “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
92 – Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.
93 – Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
94 – Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não “dos mesmos”).
95 – Vou sair “essa” noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).
96 – A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.
97 – A promoção veio “de encontro aos” seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.
98 – Comeu frango “ao invés de” peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.
99 – Se eu “ver” você por aí… O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.
100 – Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele
intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.
há 12 minutos · Apagar mensagem.Dicas de Língua Portuguesa
101 – Ninguém se “adequa”. Não existem as formas “adequa”, “adeqüe”, etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.
102 – Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, substituindo essas formas
por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas “precavejo”, “precavês”, “precavém”, “precavenho”, “precavenha”, “precaveja”, etc.
103 – Governo “reavê” confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem “reavejo”, “reavê”, etc.
104 – Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
105 – O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
106 – A tese “onde”… Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que… / A faixa em que ele canta… / Na entrevista em que…
107 – Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.
108 – Venha “por” a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.
109 – “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflingir”) significa impor: Infligiu séria punição ao réu.
110 – A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
111 – Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso).
112 – O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
113 – Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores. 114 – “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não “foi iniciado” esta noite as obras).
115 – A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram punidas”).
116 – O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
117 – “Haja visto” seu empenho… A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
118 – A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
119 – É hora “dele” chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado… / Depois de esses fatos terem ocorrido…
120 – Vou “consigo”. Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não “para si”).
121 – Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
122 – A festa começa às 8 “hrs.”. As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não “kms.”), 5 m, 10 kg.
123 – “Dado” os índices das pesquisas… A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas… / Dado o resultado… / Dadas as suas idéias…
124 – Ficou “sobre” a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de:
Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.
125 – “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.